segunda-feira, 6 de julho de 2015

Dom Malan, 29 de Junho de 2015.

Atuar sem nossos monitores sempre me deixa mais nervosa, sei que temos mais responsabilidades. Mas tenho aprendido muito nessa vida de clown a não deixar com que os erros pesem tanto, a "fazer da queda um passo de dança". E é assim que a gente segue.
Tudo começou com nossa radiola junina e aquela bendita música de xaxado que não conseguíamos cantar! E dessa queda surgiu o primeiro jogo! Logo ao sairmos do nosso camarim encontramos um coreógrafo mirim especialista em xaxado que nos deu várias dicas para nossa dança de São João! Mas espera aí..logo,logo passou uma moça de verde e os rapazes guardiões dos portões nos mandaram segui-la pois ela era uma coreografa famosa! Não podíamos perder aquela oportunidade, e partimos em busca daquela mulher galega e risonha!
Agora não se tratava mais da coreografia. Encontramos uma mulher que entre "tapas e beijos" nos levou até o quarto em que estava com seu bebê. E quem diria! Lá estava um spa de primeira, com banho de sol artificial para os pequeninos e até pedicure! Depois de muita conversa decidimos ir em busca de uma pedicure mais em conta para indicarmos para as amigas que fizemos ali!
E novamente nosso rumo mudou! De repente estávamos com ingressos para um show junino, mas a enfermeira organizadora da festa insistia em dizer que estávamos atrasadas e que a festa já tinha ocorrido alguns dias atrás! Exigimos falar com os responsáveis..que absurdo! Logo, logo ela nos encaminhou para outro setor chamado "UTI neonatal". Lá encontramos Michele, nosso grande desafio. Cheia de aparelhos e cuidados: mede a temperatura, troca soro, verifica números. E Michele calada. 
- Michele, me ajuda a fazer um penteado bem bonito pra eu arrasar na festa? Queria uma toca dessa tua!
- Chama a moça - Michele falou
- Tu pede pra mim? Tenho vergonha
- Chama ela que eu peço! 
- Qual é a mais legal?
- Qualquer uma...a Zezé!
- Zezé!! Michele ta te chamando!
E assim consegui minha toca pra festa!! Michele me ajudou a colocar e fiquei linda. Como encerrar aquele jogo se Michele não falava quase nada? Como sairíamos dali? Desafio. Não sei se foi da melhor maneira, mas tivemos que pedir informações pra outras pessoas já que Michele não sabia nos explicar onde era a festa! 
Na mesma UTI, mas em ambiente diferente estava Tay de Uaua e sua colega do lado. Dias ali e nunca tinham conversado, e na primeira prosa já descobriram parentesco! E eu descobri as delícias de umbu de Uaua: umbuzada, doce de umbu, umbu em conserva, vinho de umbu, cerveja de umbu (...) saí de lá com água na boca!!
Entre tropeços e acertos mais uma atuação passou deixando um bocado de encanto no meu dia! 

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