Bom, sábado foi um dia de
estreias, a primeira vez que eu e Mari Mari atuaríamos sozinhas e a primeira
vez que usaria meu nariz. Nos
encontramos desde cedo e fomos nos enturmando, criando uma ligação que foi
muito necessária durante toda nossa atuação, já que só contávamos com nós
mesmas e os pacientes para que o jogo fosse criado. Nossos monitores dessa vez
não estariam ali presentes para nos dar uma mão caso nosso jogo desse errado.
Primeiro encontramos com o
garotinho que semana passada estava tão retraído no inicio e nesse sábado já
estava todo solto. Encontramos também com I que jogou tanto com a gente e
prometeu que quando ficasse bom, aprenderia vários passos de dança, e assim
conquistaria Vivi Manteiguinha. Retornamos ao quarto da mulher que falava em
libras; dessa vez foi mais difícil manter o jogo, pois não tinha mais Zeca
Aventureiro para traduzir o que ela falava, mas como clown é especialista em
tudo, eu e Cassandra demos nosso jeito. Cassandra então já estava quase expert
na língua.
E o que mais me tocou nessa
atuação, foi uma idosa que não falava, mas que nos seguia com seus olhos vivos.
Encostei nela e segurei sua mão, e ela me presenteou com o sorriso mais bonito
que eu poderia ganhar; esse gesto me ensinou que nossa atuação não precisa de
palavras e me relembrou do nosso maior presente como clown, o sorriso. Nesse
momento o meu dia e o de Vivi Manteiguinha se completou, me senti uma das
pessoas mais felizes do mundo. Me mostrou o quão revigorante um sorriso pode
ser, mesmo em situações tão adversas como a que ela estava.
“E ao sorrir, que luz
Seu riso tem uma luz
Que ninguém mais traduz
Só o luar
Chegou pra ficar, pra iluminar”
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