Ouvimos que fazemos bem as pessoas que estão ali, presenciamos um quarto todinho interagir numa brincadeira, acalmamos alguém em desespero, vimos o brilho sincero nos olhos de uma criança, tocamos e cuidamos e até mesmo ouvimos que somos "o diabo". Uma tarde assim provavelmente teve os seus "que penas", mas não consegui enxergá-los. Pra mim, foi uma atuação muito cheia: cheia de sorrisos, cheia de olhares, cheia de sentimentos, cheia de brincadeiras, cheia de encontros. E eu me senti cheia quando acabou. Parece que a gente sai catando as coisas boas que as pessoas nos oferecem e vai guardando na gente. Eu estava gorda.
Saindo do hospital me senti capaz e amada. Isso tudo por que estou ali pelo outro e não por mim. Quem diria que pra se sentir bem consigo, o melhor é cuidar do próximo? A gente até diz, mas esquece de praticar; ou tem preguiça. Enfim, saí dali feliz. Tanto que depois daquela tarde de sábado, o dia não precisou de mais nada pra me fazer dormir satisfeita. Tinha sido perfeito e já poderia acabar ali. Será que foi pedacinho de plenitude que a upi me proporciona? Ou só o cansaço mesmo? Eu diria que os dois.
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