sexta-feira, 13 de junho de 2014

09/06/2014 - Hospital Materno-Infantil Juazeiro

Decidimos, Júlia observa hoje.
Ok. Fiquei pensando, uma experiência nova, só tenho que ficar na minha e tirar fotos, ótimo, adoro fotografar. Só que imaginei que seria mais fácil, logo eu que sempre fui quieta e na minha, nunca fui de chamar atenção, tava lá, me sentindo mais vista do que deveria.
Enquanto as lindas clowns andavam pelos corredores espalhando coisas boas, eu me 'esgueirava' pelas paredes, tirando fotos e dúvidas das pessoas. "Você tá com elas?", "O que é isso mesmo?", "Vocês são de onde?". Confesso que achei interessante, só que mais interessante ainda, foi quando um dos funcionários (não sei o cargo dele) me disse, "Vai para a palhaçada também, deixa que eu tiro as fotos". Ri comigo, achei a proposta tentadora..

Mas nem tudo são flores, perto do fim da atuação, houve aquele ocorrido que vocês já sabem, se não sabem vão ler os belos diários das minhas companheiras. Eu estava meio de fora do que foi dito para as meninas, já que me mantive afastada para não atrapalhar o jogo. Porém, ao mesmo tempo que aquela médica falava com elas, uma senhora veio me fazer perguntas, "Você tá com elas? Porque a médica não gostou de tal coisa, porque a médica isso, a médica aquilo. Mas vocês tem autorização para estarem aqui?, e essas fotografias? Olhe bem o que você fotografa...". Além de responder as perguntas da senhora avisei que, aquilo podia não parecer, mas era coisa séria!
 Enquanto a conversa rolava, notei que as meninas já tinham saído, percebi que alguma coisa chata tinha acontecido. Ao encontrá-las vi muita tristeza e decepção. Mas daí penso, talvez isso seja necessário para o nosso crescimento. Queria tê-las ajudado de alguma maneira, mas não pude, detesto a sensação de impotência.


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