sábado, 7 de junho de 2014

Jurema das Pamonhas - Atuação no Hospital Materno Infantil - 02/06/2014

Oi, há quanto tempo!

Eu sempre demoro horas para escrever um diário, e ele sempre sai curto. Nunca sei o que contar, não quero descrever o que aconteceu, porque faz mais sentido para quem estava lá e sabe o porquê de ter acontecido. Também não falo direito as coisas que sinto, porque não sou boa nisso. No fim, nunca gosto dos meus diários. Quando falam, escolhemos diários para serem lidos, sempre torço para não ser o meu!
Porém, é preciso escrever, eu até gosto, mesmo que para mim seja complicado.

Então vamos lá.
Sobre a atuação de segunda: Gostei.
É isso, gostei. Foi boa, foi simples, foi necessária. Foi quando eu vi o menos ser mais, quando a teoria foi linda na prática.




A felicidade de ser quem somos e fazer o que fazemos.














Três coisas me marcaram nessa manhã.
Primeiro, a escolha do nome. Sempre vemos várias crianças muito pequenas que acabaram de dizer 'Oi' ao mundo, as vezes não dá tempo dos seus pais nomeá-las. Vimos uma pessoinha nessa situação, então, sugerimos que cada uma escolheria um nome, depois de várias opções ele foi escolhido. O mais interessante é que os pais pareceram gostar. Foi legal porque não parei de pensar, "Será que realmente há uma possibilidade dela ser batizada assim?". Tá, pode ser ingenuidade minha, mas é bom pensar que fui importante para aqueles pais, vê só que importância, escolher um nome!
Segunda coisa, a receptividade do casal. Nunca vamos a ala do parto natural, por alguns motivos, entre eles a falta de gente. Mas nesse dia estava cheio. Quando estávamos na recepção chegou um homem perguntando sobre o horário de visita, começamos a falar com ele e acabamos sendo convidadas para visitar a sua mulher e o seu filho. O casal foi tão receptivo que fez eu me sentir muito bem. Ele parecia admirar-nos, enquanto eu os admirava de volta.
Terceira, a menininha que falava com os olhos. Na ala pediátrica, havia um quarto com cinco crianças, mas uma foi especialmente marcante para mim, pois ela não falou nada. Ela estava deitada e extremamente séria. A sua acompanhante disse que ela costuma falar muito, mas naquela hora estava bem calada. Nós tentamos muito anima-la, de várias formas, porém ela não quis, simples assim, sem pronunciar nenhuma palavra. Foi duro, mas levei como aprendizado.

Sobre a reunião: foi massa!
O cuidado da massagem, a diversão de ganhar os narizes, e a surpresa de ser o anjo de alguém, muito massa.
Mas depois de receber meu novo nariz, parei para refletir o que e ser clown. Comecei a pensar, como pode eu ter mudado tanto? Me 'formei' para ser assim: uma pessoa que sou eu, mas que veem como uma personagem, só que mostra mais de mim do que eu já consegui me mostrar. Parece confuso, mas faz sentido para mim.
Ultimamente tenho pensado muito nisso. Começou quando certo dia, uma das minhas melhores companheiras me indicou um vídeo, fui vê-lo, fiquei encantada. Preciso compartilhar com vocês também, porque quando eu crescer quero ser igual a ele.

Sempre que paro e penso um pouco, percebo que eu SOU clown. Vocês devem pensar, "isso é obvio", mas pera, as vezes não é. As vezes a gente não percebe o quanto mudou e se transformou, como o que a gente faz nos enriquece a cada semana. Esquecemos também de como somos importantes um para o outro e como somos o que somos por conta disso.
E é com essa escrita chula que digo, eu sou grata a minha formação, eu amo fazer parte disso,  e se eu pudesse faria mil vezes, espero que vocês sintam o mesmo!

     Ju


Nenhum comentário:

Postar um comentário