Atuação nova,
um novo melhor companheiro nesse grupo mais rodado que a UPI já viu (dessa vez,
tivemos a ilustre presença da Yolanda de Botas), e novas emoções e alegrias
foram vividas.
Logo de cara,
encontramos diversas pessoas disponíveis, uma mãe e seu filho que tinha
aprontado subindo o morro de bicicleta, um quarto de belas damas em que uma
queria comer um ensopado que late (nunca ouvi falar, só pode ser feito a base
de carne de cachorro, bizarro kk), e reencontramos o nosso amigo do rabinho,
que ainda não aceitou que está virando um camaleão e tem um rabo igual a todos
da UPI, e montamos uma grande festa no hospital, mas só iria quem tinha a
pulseirinha.
Estava prestes
a ser o final de mais uma atuação incrível, onde boas risadas foram dadas,
conversas interessantes foram travadas e sentimentos foram compartilhados.
Porém, ao pegarmos nosso trem pra casa, todos os vagões estavam cheios, e
tivemos que voltar pra atuação mais um pouco.
Foi então que
a atuação mudou toda de rumo. Nesse dia, se eu ainda tinha alguma dúvida sobre
a importância da UPI nos hospitais, e como ela pode fazer alguma diferença para
as pessoas, todas elas foram sanadas.
Encontramos no
corredor uma mulher que estava procurando por seu marido que foi levado as
pressas para a sala vermelha. Como ela estava completamente perdida, resolvemos
ajudar e leva-la até a tal sala vermelha para que ficasse mais tranquila.
Descobrimos no caminho que ela estava sem comer desde a manhã daquele dia, e então,
fizemos o combinado de que levaríamos ela lá se ela depois fosse comer. Proposta
aceita.
Ficamos
perdidos naquele momento, pois nunca tínhamos saído do segundo andar, mas
desenrolamos bem a situação. Chegando lá, ela conseguiu as informações sobre
seu marido, que já estava sendo tratado com a melhor equipe médica possível, o
que permitiu que ela ficasse mais tranquila. Porém, concomitante a isso, na
porta da sala vermelha, uma outra mulher estava aos prantos, receosa pelo irmão
que estava também na sala vermelha. Edu Gramado e Yolanda, que estavam mais
perto dela, foram logo abraça-la, e Edu propôs uma roda de oração, envolvendo
nós todos, para pedir o bem daqueles entes queridos.
Foi um
turbilhão de emoção em todos esses momentos, alegria misturada com tristeza,
vontade de chorar, mas ao mesmo tempo se mantendo forte para ser a estrutura de
base para aqueles indivíduos que estavam em um momento sensível. E dessa forma,
após acalmarmos as mulheres, levamos a primeira pra lanchar na cantina.
No final foi
uma sensação de que realmente fizemos a diferença neste dia, e o que fica são
as boas lembranças e o sentimento de que tudo dê certo na vida dessas duas
mulheres! E QUE ATUAÇÃO DO CARVALHO!!!
"A moment, a love
A dream, a laugh
A kiss, a cry
Our rights, our wrongs" Sweet disposition - The Temper Trap
A kiss, a cry
Our rights, our wrongs" Sweet disposition - The Temper Trap
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