segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Sayajin Braçassim, 30/08/2017, 2º Andar do HU

Atuação nova, um novo melhor companheiro nesse grupo mais rodado que a UPI já viu (dessa vez, tivemos a ilustre presença da Yolanda de Botas), e novas emoções e alegrias foram vividas.
Logo de cara, encontramos diversas pessoas disponíveis, uma mãe e seu filho que tinha aprontado subindo o morro de bicicleta, um quarto de belas damas em que uma queria comer um ensopado que late (nunca ouvi falar, só pode ser feito a base de carne de cachorro, bizarro kk), e reencontramos o nosso amigo do rabinho, que ainda não aceitou que está virando um camaleão e tem um rabo igual a todos da UPI, e montamos uma grande festa no hospital, mas só iria quem tinha a pulseirinha.
Estava prestes a ser o final de mais uma atuação incrível, onde boas risadas foram dadas, conversas interessantes foram travadas e sentimentos foram compartilhados. Porém, ao pegarmos nosso trem pra casa, todos os vagões estavam cheios, e tivemos que voltar pra atuação mais um pouco.
Foi então que a atuação mudou toda de rumo. Nesse dia, se eu ainda tinha alguma dúvida sobre a importância da UPI nos hospitais, e como ela pode fazer alguma diferença para as pessoas, todas elas foram sanadas.
Encontramos no corredor uma mulher que estava procurando por seu marido que foi levado as pressas para a sala vermelha. Como ela estava completamente perdida, resolvemos ajudar e leva-la até a tal sala vermelha para que ficasse mais tranquila. Descobrimos no caminho que ela estava sem comer desde a manhã daquele dia, e então, fizemos o combinado de que levaríamos ela lá se ela depois fosse comer. Proposta aceita.
Ficamos perdidos naquele momento, pois nunca tínhamos saído do segundo andar, mas desenrolamos bem a situação. Chegando lá, ela conseguiu as informações sobre seu marido, que já estava sendo tratado com a melhor equipe médica possível, o que permitiu que ela ficasse mais tranquila. Porém, concomitante a isso, na porta da sala vermelha, uma outra mulher estava aos prantos, receosa pelo irmão que estava também na sala vermelha. Edu Gramado e Yolanda, que estavam mais perto dela, foram logo abraça-la, e Edu propôs uma roda de oração, envolvendo nós todos, para pedir o bem daqueles entes queridos.
Foi um turbilhão de emoção em todos esses momentos, alegria misturada com tristeza, vontade de chorar, mas ao mesmo tempo se mantendo forte para ser a estrutura de base para aqueles indivíduos que estavam em um momento sensível. E dessa forma, após acalmarmos as mulheres, levamos a primeira pra lanchar na cantina.
No final foi uma sensação de que realmente fizemos a diferença neste dia, e o que fica são as boas lembranças e o sentimento de que tudo dê certo na vida dessas duas mulheres! E QUE ATUAÇÃO DO CARVALHO!!!

"A moment, a love
A dream, a laugh
A kiss, a cry
Our rights, our wrongs" Sweet disposition - The Temper Trap




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