segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Célia Groselha, Dom Malan, 09/09/2017

Querido A, 
Nesse sábado fiz minha primeira atuação sem os velhinhos, nervosa, mas fiz. Atuei com a Sara que, aliás, me acompanhou durante todo o caminho. Para diminuir o nervosismo ficamos o tempo todo falando a respeito das nossas antigas atuações, e como que por um pressentimento, começamos a pensar como reagiríamos caso nos deparássemos com uma situação muito emocionante. Na duvida, ela disse, a gente só abraça.
Sabe aquelas peças que só o destino sabe nos pregar? Caímos em uma delas. Nos primeiros 5 minutos de atuação ouvir de uma avó desolada que ela estava ali parada, esperando o corpo da sua netinha. Naquele momento eu não conseguia pensar , muito menos respirar. O que eu deveria dizer para aquela mulher na minha frente, que fosse suficiente para minimizar a sua dor?

" Quando um indivíduo consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar "

         Enquanto estava sendo consumida por essa duvida, escutei a Sara oferecendo o seu abraço para a avó e quando vi o seu sincero olhar de agradecimento eu conseguir entender. O que devemos fazer é muito mais simples do que qualquer palavra basta nos fazermos presente, ter empatia.
Com amor, Angela. 

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