sexta-feira, 8 de junho de 2012

Diário de Bordo, Terceira Atuação - Petrolina, 17 de maio de 2012


Querido diário de Bordo,

Meu amigo, minha avó estava certa!!!  Eu não disse que ela falava que para cara dia ruim, dois bons virão. Pois se a primeira atuação foi péssima, a passada foi boa e a de hoje foi fenomenal!! Fico mais feliz ainda pelo fato de ser a primeira vez que atuamos sozinhos, digo, sem o Chico para nos salvar. Estava com medo desse dia, estava com medo de não termos alguém mais experiente que soubesse o que fazer. Mas deu tudo maravilhosamente certo. Recebemos muitos estímulos bons, e o povo (ou seria os polvos?!) comprou o jogo! Acredito que o fato de não seguirmos uma história, como fizemos antes, ajudou bastante no nosso estado de disponibilidade. Pense, diário, se tivéssemos bolado uma história mirabolante, o que faríamos quando uma acompanhante nos pedisse para dançar (?), como aconteceu hj! Claro que tivemos que nos esforçar bastante para a galera se soltar, e por isso ficamos muito tempo nos quartos, mas, para mim, o tempo passou rápido. Acabamos não atuando em todo o andar, porque já estava no horário que normalmente terminamos as atuações, mas Marilinha ainda tinha tanta energia!Na verdade, nem sei por que ela não relutou e não se recusou a acompanhar o novo casal para a lua de mel. Acho que ela não teve como rejeitar o convite depois de um casamento tão lindo e com direito a cantor, madrinhas, valsa e aliança. Afe! Esse meu diário está muito técnico, o Pequeno Príncipe diria que eu sou uma adulta. Mas realmente, meu querido, não quero ficar explicando como foram as brincadeiras ou as pessoas lindas que estavam por lá. Quero curtir esse sentimento bom que é viver sabendo que o passado foi lindo. Nunca me senti tão plena e satisfeita depois de uma atuação, tudo bem que não foram muitas, mas contando com o dia do abraço já foram 4! Vou parar de te enrolar amiguinho, pois só estou jogando informações desnecessárias aqui. O que é essencial, o que é invisível aos olhos, o que eu realmente preciso fala para vc, é que eu estou feliz. Sim, feliz. Feliz, feliz, feliz. Feliz como uma gazela correndo e pulando, solta, apenas sentindo a brisa roçando nos pelos (Ok! Essa definição de felicidade pode fazer sentido só na minha cabeça, mas eu gosto muito do exemplo da gazela- hahaha) . Já não tenho mais medo do hospital, já perdi meu medo dos pacientes mais debilitados (porque, finalmente, eu consegui interagir com um). Claro que eu recebi as minhas jornaladas depois, mas são erros em cima dos quais eu já estou trabalhando e estou sentindo progresso. Não consegui fazer o primeiro quarto interagir e acabamos não jogando com um moço que estava super disponível. Isso foi feio, mas não o suficiente para estragar a beleza de hoje. Até porque, no outro quarto, conseguimos mobilizar todas as incríveis 3 pessoas que estavam lá. Enfim, estou pronta, diário, pronta, alerta, disponível e em branco para as próximas atuações.  Um beijo mágico pra você,
             
  Dayane, vulgo Marilinha.


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