sexta-feira, 8 de junho de 2012

3-11-2011 – Lisbela, Nina e Rosinha




A manhã foi morna. É como se as pessoas quisessem dormir um pouco mais para “diminuir o dia”. Muitos não compraram os jogos. Amarguei várias vezes, algumas sozinha, outras com minhas companheiras. Em um dos quartos começamos a conversar com uma das meninas, que por indicação da mãe, tinha muito futuro na carreira musical. Começamos a interagir e, enquanto uma das profissionais do hospital realizava algum tipo de procedimento, fui com Nina conversar com a plateia (a menina no leito ao lado). A acompanhante estava fazendo massagem na menina e esta reclamava de dor e enjoo. Chamamos a profissional que estava perto do outro leito e esta pediu a acompanhante da menina uma fralda, já prevendo a “tragédia”. Tarde demais: a menina vomitou em tudo (descobri depois que ela era vítima de um acidente automobilístico e que tinha ficado paraplégica e naquele momento, ainda não tinha feito à cirurgia, portanto, não podia movimentar a coluna). Ficou muuuuuito constrangida, pedindo desculpas por “não ter segurado por mais tempo”. Olhei arrasada para Nina. Não sabíamos o que fazer. Falamos qualquer coisa sobre voltar depois com “o pretexto” de procurar um lençol (já que a menina tinha sujado e hospital não disponibilizava de outro, naquele momento, para substituir).

Foi nessa busca que encontramos o menino que andava empurrando um poste. O Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson foi logo oferecendo o lençol da cama dele (mas sabíamos da questão de infecção hospitalar e agradecemos o belo gesto). Soubemos pela mãe dele que Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson estava com preguiça de fazer os exercícios de fisioterapia. Foi quando chamamos todos do quarto que tinham condições de ficar de pé e começamos os exercícios da fisioterapeuta. Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson fazia e eu, Nina, Rosinha e todos os outros repetíamos. Quando terminamos, indicamos que todos teriam que ajudar Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson nos exercícios no outro dia pela manhã. Foi ótimo.

Partimos para o outro quarto. Encontramos o rapaz que tinha levado uma facada porque era casado, estava bêbado, paquerou uma mulher que achou de ser a “menina dos olhos” de um cara ciumento que por sinal, nunca vi na vida... Entre idas e vinda para “descobrir” a história, Nina encontra um convite para se instalar em um dos quartos do hotel, mas prefere voltar para casa. Eu e Rosinha voltamos com ela.


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