Bom,
tínhamos que fazer um vídeo para divulgar as atividades da UPI na universidade.
Nesse processo entra Wagner e uma câmera na história... Ohhhhhhhhhhh.
Depois uma
ideia/vontade muito louca: atuar na sala verde e enfermaria (corredores com
macas, filas de pessoas esperando atendimento e outras esperando que os leitos
fossem desocupados). Quanta sintonia... Manú entra no jogo. Seria um desafio.
Foi uma
troca incrível. Aquelas pessoas ficaram encantadas. Fiquei como espectadora
algum tempo. Não do tipo ficar parada, mas não conseguia criar jogos, melhores
ou maiores, então fui seguindo e fortalecendo os de Nina. Os estímulos foram
nos movimentando e eram muito diversificados.
Ao chegar à
enfermaria, vários cupidos possibilitaram a união de uma atrevida e uma padaria
inteira (nesse momento Zeca entra no jogo) e Tim Maia realiza o casamento. E
agora?? Nina e Zeca vão para a “Lua de Mel”, e eu?? O que faço agora? Pra onde
vou?? As pessoas na enfermaria começam a rir com meu desespero. Fiquei
ENCALHADA! Rapidamente dei início à busca de um noivo para mim. O primeiro cara
que passou me dispensou, disse que não tinha tempo. Fiquei arrasada e as
pessoas na enfermaria, mais uma fez, começaram a rir. Foi aí que avistei um
senhorzinho, fiz a proposta, ele aceitou e Tim realizou outro casamento. Mal
termina a cerimônia, voltam Zeca e Nina “grávidos”, procurando uma parteira. Eu
precisava ajudar, tinha habilidades. Avisei a meu marido que precisava ir. Fui.
Tem uma
frase de Patch Adams que diz que “comprimidos aliviam a dor, mas só o amor
alivia o sofrimento”. Sinto isso em todas as minhas atuações. Em todas as
reações de Lisbela e em como compreender o que realmente significa a
necessidade de humanizar os profissionais, os serviços de saúde e os espaços
onde essa “troca” acontece. Mais do que qualquer livro de relação
médico-paciente ou qualquer outro livro, na prática entendemos e aprendemos o
que professores gastam horas em sala de aula tentando explicar com slides. São
pessoas que precisam de atendimento. São pessoas que pedem ajuda e são essas
pessoas que tornam uma delícia chegar e entrar no hospital.
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