Muito tenso... Ser a primeira a encarar o HDM e sem nem ao
menos ter conhecido o local antes não foi nada fácil!!! Muito doido isso!
Confesso que chegou a dar um “parafuso” em minha cabeça. Que sofrido, que
angustiante!!! Não sabia se iria dar para as crianças desse hospital o que elas
mais estão precisando – um pouco de alegria e descontração desse ambiente que
é, muitas vezes, pesado e sacrificante para elas...
Na hora de nos arrumar fomos tomadas por uma sensação de MEU
DEUS E AGORA? QUANTO TEMPO IREMOS ATUAR? E AS EXPECTATIVAS DO PESSOAL?
Por fim nos arrumamos e vamos que vamos. A chave foi um
impasse porque tivemos que atravessar o corredor sem o nariz para ir deixá-la
na sala da pessoa que ficou responsável. Chato isso... porque não podemos
entrar no clown naquela situação!!! Mas seguindo assim... fomos tomando
aquele espaço pouco a pouco e
descobrindo-o e também nos descobrindo ali... Cada passo dado era um passo de
conquista!!!
Tivemos que entrar no clown muito rápido porque o pessoal do
hospital queria nos conhecer e nos ver atuando. Confesso que isso não foi
agradável. Mas continuamos...
De quarto a quarto os nossos clowns entravam e conquistavam
as crianças... algumas um pouco mais tímidas outras um pouco mais dadas às nossas
provocações. Foi legal e ao mesmo tempo diferente! O primeiro porque foi a
maioria delas que jogou conosco e o segundo porque a sinceridade da criança
transparecia em cada quarto... Se gostou
pronto, mas se não gostou era nítido no rostinho delas...
Sinceramente, essa atuação ao lado de minha amiga Jeanne Aiko
foi sensacional e foi graças a nossa cumplicidade que conseguimos juntas levar
o projeto a frente e dar o primeiro passo nas atuações no HDM.
É isso que precisamos fazer a cada dia, nos unir como pessoas
físicas e como clowns com o propósito brilhante de poder contribuir pelo menos
por um momento nos momentos difíceis que aquelas crianças passam.
É esse o nosso objetivo principal.
É isso que temos que ir em busca sempre. Não deixando morrer
essa força de vontade e de desejo ardente de ajudar.
É isso que também faz parte do processo de salubridade.
Resumindo... foi difícil, mas também satisfatório!
Bem... é isso!!!
Continuemos, pois, dando continuidade ao nosso projeto com
toda simplicidade que lhe cabe, de forma que alcancemos os corações dos adultos
e crianças do jeito mais singelo e puro possível. Procuremos, também, nos
concentrar e nos dar por inteiro à ele, porque só assim alcançaremos sucesso no
projeto e no lado pessoal também.
Prossigamos, então!!!
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