sexta-feira, 8 de junho de 2012

12-11-2011 – Lisbela, Miojita e Joaninha




Hoje, sem câmaras e com as companheiras mais lindas do mundo, saímos para procurar um tesouro. O dia foi tranquilo e emocionante. Saímos do quarto. Uma profissional de enfermagem muito doce nos guiou ao quarto de um rapaz de pouquíssimas palavras. Devido ao aviso, antes de encontrar o rapaz, fomos procurar uma pílula falante para facilitar o diálogo. Nesse processo encontramos um casal muito generoso que cedeu uma cartela inteira. Partimos então ao encontro do garoto. Surpresa: o garoto se comunica muito bem com a perna direita e com o dedo indicador. Um pouco tímido, mas bastante estimulado pela mãe. Em poucos instantes, entram no quarto e no jogo, Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson e Tarcísio Chiquinho Tiago. Agilizamos uma conversa só de meninos e, eu com as garotas, uma de meninas... Resultado: Miojita comprometida. O noivo era sério e tal, mas nosso pai só iria conversar sobre o assunto depois que “as filhas” encontrassem o tesouro. Saímos à procura do tesouro seguindo uma dica de Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson, que disse que possivelmente o mapa estaria no quarto dele. Chegamos ao quarto e começamos a interagir com o pessoal e adivinhem: Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson achou o mapa do tesouro!!!!

Minha gente, o garoto chegou ao quarto, pegou uma folha de caderno, rabiscou alguns traços e nos entregou dizendo que era o mapa. Tem noção da extensão de uma coisa dessas? Tenham certeza da emoção e da expressão de incredibilidade, minha e de minhas companheiras.  Perguntamos a Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson e a Tarcísio Chiquinho Tiago se eles sabiam o que era o tesouro, mas eles gesticularam que não faziam a menor ideia.

Interpretamos o mapa e junto com os meninos fomos seguindo as pistas. Dez passos à frente e chegamos ao outro quarto. Começamos a perguntar ao pessoal se sabiam onde estava o tesouro e o que era, mas também não sabiam.  Ai começa uma situação bem delicada e digdindigdindigdin e lá vai: deitado na cama um rapaz de lindos olhos azuis que não se lembrava do nome. O acompanhante do rapaz começou a “gesticular” avisando que o rapaz era LOUCO, que não devíamos jogar com ele. Bom, mas não podíamos deixar o cara lá sem nome. Realizamos um batizado e dentre os nomes citados, o rapaz escolheu Rafael. Começamos a nos apresentar pegando na mão de Rafael (que estava levemente imobilizado, com os punhos presos por ataduras à cama). O rapaz segurou firmemente a mão de Joaninha até segundos antes de um possível constrangimento. Miojita se apressou em também se apresentar e afastou a mão de Joaninha. Mas Rafael insistiu e dessa vez levantou o corpo pedindo um beijo. TENSOO!!! A ousadia do rapaz em demonstrar sua vontade gerou riso no restante das pessoas que estavam na enfermaria. Aí, contornamos a situação relembrando o recado do pai sobre possíveis compromissos só depois de encontrar o tesouro.

Antes de continuar gostaria de expressar a importância de tentar se comunicar com as pessoas, independente de como elas sejam apresentadas. Apesar da situação, foi uma experiência interessante e como conseguimos continuar o jogo.

Bom, seguindo as dicas do mapa continuamos a busca do tesouro. Nesse trajeto encontramos a profissional do início e esta nos revelou o que era aquele tesouro que estávamos procurando: SAÚDE!!! (FANTÁSTICOOOOOOOOOOOOO... ela comprou muito o jogo e deu a resposta mais sensata e que não tínhamos imaginado) E agora tínhamos que encontrar e distribuírem todas as enfermarias o tesouro.

Voltamos à busca, agora com + energia, + vontade. ENCONTRAMOS O LUGAR DESCRITO NO MAPA!!!! Aí, precisávamos de uma pá para desenterrar o tesouro. Entramos em outro quarto mas lá não tinha nenhuma pá. Fomos ao quarto da frente: encontramos várias modelos de revista de cabelo, de unhas, de tudo. Rolou um clima, mas não foi correspondido, o cara era casado, colega, já era... Ainda assim, depois da rejeição, eleita no concurso “modelo de pé”, cedeu o pé para cavarmos o terreno.

Seguimos para o local indicado no mapa, cavamos, recolhemos o tesouro e juntas, eu Miojita e Joaninha, começamos a regar todos em todas as enfermarias. Uma coisa linda: a “saúde” traz muita felicidade!!!

Antes de ir embora àquela profissional nos indicou a necessidade de mais uma “visita”, um senhor que não queria tomar os medicamentos e que também verbalizava com dificuldade. Iniciamos uma conversa muito sincera/carinhosa em relação aos medicamentos. Depois ele disse que queria dormir. Para ajudar, começamos a cantar uma canção de ninar (“durma medo meu”) e nesse clima, lentamente e falando bem baixinho, deixamos o espaço.




Nenhum comentário:

Postar um comentário