Hoje, sem
câmaras e com as companheiras mais lindas do mundo, saímos para procurar um
tesouro. O dia foi tranquilo e emocionante. Saímos do quarto. Uma profissional
de enfermagem muito doce nos guiou ao quarto de um rapaz de pouquíssimas
palavras. Devido ao aviso, antes de encontrar o rapaz, fomos procurar uma
pílula falante para facilitar o diálogo. Nesse processo encontramos um casal
muito generoso que cedeu uma cartela inteira. Partimos então ao encontro do
garoto. Surpresa: o garoto se comunica muito bem com a perna direita e com o
dedo indicador. Um pouco tímido, mas bastante estimulado pela mãe. Em poucos
instantes, entram no quarto e no jogo, Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson e Tarcísio
Chiquinho Tiago. Agilizamos uma conversa só de meninos e, eu com as garotas,
uma de meninas... Resultado: Miojita comprometida. O noivo era sério e tal, mas
nosso pai só iria conversar sobre o assunto depois que “as filhas” encontrassem
o tesouro. Saímos à procura do tesouro seguindo uma dica de
Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson, que disse que possivelmente o mapa estaria no quarto
dele. Chegamos ao quarto e começamos a interagir com o pessoal e adivinhem:
Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson achou o mapa do tesouro!!!!
Minha gente,
o garoto chegou ao quarto, pegou uma folha de caderno, rabiscou alguns traços e
nos entregou dizendo que era o mapa. Tem noção da extensão de uma coisa dessas?
Tenham certeza da emoção e da expressão de incredibilidade, minha e de minhas
companheiras. Perguntamos a
Uuuuuuuuuuuuuuuuânderson e a Tarcísio Chiquinho Tiago se eles sabiam o que era
o tesouro, mas eles gesticularam que não faziam a menor ideia.
Interpretamos
o mapa e junto com os meninos fomos seguindo as pistas. Dez passos à frente e
chegamos ao outro quarto. Começamos a perguntar ao pessoal se sabiam onde
estava o tesouro e o que era, mas também não sabiam. Ai começa uma situação bem delicada e
digdindigdindigdin e lá vai: deitado na cama um rapaz de lindos olhos azuis que
não se lembrava do nome. O acompanhante do rapaz começou a “gesticular”
avisando que o rapaz era LOUCO, que não devíamos jogar com ele. Bom, mas não
podíamos deixar o cara lá sem nome. Realizamos um batizado e dentre os nomes
citados, o rapaz escolheu Rafael. Começamos a nos apresentar pegando na mão de
Rafael (que estava levemente imobilizado, com os punhos presos por ataduras à
cama). O rapaz segurou firmemente a mão de Joaninha até segundos antes de um
possível constrangimento. Miojita se apressou em também se apresentar e afastou
a mão de Joaninha. Mas Rafael insistiu e dessa vez levantou o corpo pedindo um
beijo. TENSOO!!! A ousadia do rapaz em demonstrar sua vontade gerou riso no
restante das pessoas que estavam na enfermaria. Aí, contornamos a situação
relembrando o recado do pai sobre possíveis compromissos só depois de encontrar
o tesouro.
Antes de
continuar gostaria de expressar a importância de tentar se comunicar com as
pessoas, independente de como elas sejam apresentadas. Apesar da situação, foi
uma experiência interessante e como conseguimos continuar o jogo.
Bom,
seguindo as dicas do mapa continuamos a busca do tesouro. Nesse trajeto
encontramos a profissional do início e esta nos revelou o que era aquele
tesouro que estávamos procurando: SAÚDE!!! (FANTÁSTICOOOOOOOOOOOOO... ela
comprou muito o jogo e deu a resposta mais sensata e que não tínhamos
imaginado) E agora tínhamos que encontrar e distribuírem todas as enfermarias o
tesouro.
Voltamos à
busca, agora com + energia, + vontade. ENCONTRAMOS O LUGAR DESCRITO NO MAPA!!!!
Aí, precisávamos de uma pá para desenterrar o tesouro. Entramos em outro quarto
mas lá não tinha nenhuma pá. Fomos ao quarto da frente: encontramos várias
modelos de revista de cabelo, de unhas, de tudo. Rolou um clima, mas não foi
correspondido, o cara era casado, colega, já era... Ainda assim, depois da
rejeição, eleita no concurso “modelo de pé”, cedeu o pé para cavarmos o
terreno.
Seguimos
para o local indicado no mapa, cavamos, recolhemos o tesouro e juntas, eu
Miojita e Joaninha, começamos a regar todos em todas as enfermarias. Uma coisa
linda: a “saúde” traz muita felicidade!!!
Antes de ir
embora àquela profissional nos indicou a necessidade de mais uma “visita”, um
senhor que não queria tomar os medicamentos e que também verbalizava com
dificuldade. Iniciamos uma conversa muito sincera/carinhosa em relação aos
medicamentos. Depois ele disse que queria dormir. Para ajudar, começamos a
cantar uma canção de ninar (“durma medo meu”) e nesse clima, lentamente e
falando bem baixinho, deixamos o espaço.
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