Diário de bordo da segunda atuação no HUT.
João Canelão
Logo na segunda atuação já estava ansioso para atuar em um lugar diferente, assim que Manú pensou em sugerir atuarmos na emergência topei logo de cara, estava doido pra atuar na emergência. Contudo, aviso logo de antemão que não foi como eu esperava.
Após todo aquele processo de maquiagem e troca de roupa no primeiro andar descemos em rumo à emergência, sala verde, sala amarela. Nina, Bibelô e eu.
Estar disponível. Estar disponível é uma das premissas mais importantes da palhaço terapia, tanto para o palhaço quanto para o paciente, e foi essa a principal diferença que observei entre e enfermaria e a emergência.
Os pacientes da emergência são bem menos disponíveis e compram menos o jogo. Pode parecer um tanto obvio, mas só estando lá para realmente perceber isso.
Logo no começo da atuação isso ficou bastante evidente, parecia que estávamos todos travados e que não conseguíamos colocar nenhuma carta boa no jogo, muito decepcionante para mim. Acredito que essa dificuldade toda foi por causa da falta de estar disponível dos pacientes. É de se entender. Na sala verde e azul, os lugares onde entramos primeiro, é onde podemos encontrar os pacientes que acabaram de dar entrada na unidade, o que os deixa numa situação, maior ainda, de fragilidade.
Também estarei omitindo se não falar dos ótimos momentos que tivemos na sala amarela, onde descobrimos uma diva e tiramos bastantes fotos com ela. E ainda descobrimos um senho que se chamava 'Ai se' , Ai se eu te pego, kkkkkk.
Trocando em miúdos posso dizer que o saldo foi positivo. Acredito que sempre é positivo.
Outra coisa que queria relatar, nesse diário de bordo, é como nós palhaços podemos inibir um ao outro. Incrível. Nunca tive isso tão claro na minha mente quanto agora. Descobri que a afobação ou insegurança podem dificultar bastante uma atuação e comprometer a relação entre todos os palhaços. Em certos momentos me senti completamente inibido, completamente fora do jogo. Bom, mas isso foi bom. Essa percepção me trouxe algo de importante. Me trouxe a consciência de não fazer isso com meus melhores companheiros do mundo, por mais que às vezes acho que estou fazendo.
João Canelão
Logo na segunda atuação já estava ansioso para atuar em um lugar diferente, assim que Manú pensou em sugerir atuarmos na emergência topei logo de cara, estava doido pra atuar na emergência. Contudo, aviso logo de antemão que não foi como eu esperava.
Após todo aquele processo de maquiagem e troca de roupa no primeiro andar descemos em rumo à emergência, sala verde, sala amarela. Nina, Bibelô e eu.
Estar disponível. Estar disponível é uma das premissas mais importantes da palhaço terapia, tanto para o palhaço quanto para o paciente, e foi essa a principal diferença que observei entre e enfermaria e a emergência.
Os pacientes da emergência são bem menos disponíveis e compram menos o jogo. Pode parecer um tanto obvio, mas só estando lá para realmente perceber isso.
Logo no começo da atuação isso ficou bastante evidente, parecia que estávamos todos travados e que não conseguíamos colocar nenhuma carta boa no jogo, muito decepcionante para mim. Acredito que essa dificuldade toda foi por causa da falta de estar disponível dos pacientes. É de se entender. Na sala verde e azul, os lugares onde entramos primeiro, é onde podemos encontrar os pacientes que acabaram de dar entrada na unidade, o que os deixa numa situação, maior ainda, de fragilidade.
Também estarei omitindo se não falar dos ótimos momentos que tivemos na sala amarela, onde descobrimos uma diva e tiramos bastantes fotos com ela. E ainda descobrimos um senho que se chamava 'Ai se' , Ai se eu te pego, kkkkkk.
Trocando em miúdos posso dizer que o saldo foi positivo. Acredito que sempre é positivo.
Outra coisa que queria relatar, nesse diário de bordo, é como nós palhaços podemos inibir um ao outro. Incrível. Nunca tive isso tão claro na minha mente quanto agora. Descobri que a afobação ou insegurança podem dificultar bastante uma atuação e comprometer a relação entre todos os palhaços. Em certos momentos me senti completamente inibido, completamente fora do jogo. Bom, mas isso foi bom. Essa percepção me trouxe algo de importante. Me trouxe a consciência de não fazer isso com meus melhores companheiros do mundo, por mais que às vezes acho que estou fazendo.
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