segunda-feira, 6 de março de 2017

Zé Pajé, HUT, 01/03/2017

 E aí diário, beleza?

              Já tava com um tempinho que eu não atuava e meu Deus que saudade! Veio tudo à tona de novo. Encontrar meus companheiros (os melhores) e subir energia juntos é demais. Além disso, perceber uma alegria tão contagiante nesse mundo doido que a gente vive parece um oásis num imenso deserto de baixo astral. E assim fomos. Logo no primeiro quarto, uma senhora e sua filha. Mas que era também sua empresária, estilista e cabeleireira. Mostrava em sua expressão estar exausta, mas deu umas boas risadas conosco.

            No corredor, encontramos uma mulher recolhida num canto. Só ela e suas lágrimas. Ao percebermos sua aproximação, recebemo-la com um abraço. Isso mesmo, só. E era o que ela precisava. Nada de piadas, nem gracinhas, nem risadas. Ela se desfez em nossos braços como quem viu ali seu único apoio no momento que estava passando. Após palavras de afeto ~e mais abraços~ ela nos prometeu que ficaria bem e que faria a comida preferida do filho quando ele melhorasse. Não vejo a hora dessa panela ir logo ao fogo!

            Tivemos outros encontros muito interessantes. Teve um caso de justiça, que os quatro melhores advogados do mundo (e eu era um deles) se propuseram a resolver. Como assim a mulher queria processar todo mundo, até o hospital! Tudo isso por uma visita sem permissão. Até quem estava dormindo acordou para saber direito dessa história. Fomos tão eficientes na resolução dos casos que até recebemos um elogio. “Muito bonito esse trabalho de vocês, estão de parabéns!”. Prontamente agradecemos, somos ótimos advogados mesmo.

            Ainda fomos em um quarto que só tinha atletas. Umas surfistas patrocinadas por uma marca esportiva famosa, um skatista e um atleta de um esporte meio louco: a sobrevivência. Esse último, apesar de fácil, já que bastava ser assaltado, ninguém resolveu arriscar praticar. Nem eu, nem Lala, nem Moema, nem Cora. Achamos radical demais pra gente. Também teve o quarto das tatuagens, onde resolvemos tatuar animais híbridos. Porém, como só tinha tatuador na cadeia, minha tatuagem de leão com garça vai ter que esperar um pouco.

            Foi um dia bem diferente pra mim. Tive contato com experiências novas e tive que me virar para reagir a elas. Mas é assim que funciona, não é mesmo?! Já me disseram um dia que palhaço pronto é palhaço morto. E que venham as próximas!

Abração do Zé Pajé!

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