Olá querido diário,
sentiu minha falta? Voltei viu? Hahaha. Dessa vez fui com minhas melhores
companheiras do mundo, Ritinha da Farinha e Anabela do Jardim. Hoje preciso
desabafar um pouco dos bastidores, nesse dia mais do que nunca foi difícil subir
a energia, minutos antes da atuação saíram umas notas e não foi fácil levar
aquele baque, eu e Ritinha estávamos tão abatidos. Mas ao entrar no hospital e
enquanto estávamos nos arrumando, a Anabela sempre tentava nos animar, e não é que
aos poucos foi funcionando? Lembrar que aquelas pessoas estavam nos esperando, e
subir o nariz ao som de uma música animada de fundo fez todo impacto da vida
acadêmica passar.
Logo de cara encontramos umas pessoas que estavam fazendo um campeonato de quem
ficava mais tempo com o braço cruzado de frio, entramos no jogo, claro, e ainda
conseguimos ganhar da moça risonha que descruzou o braço rindo da Ritinha hahaha. O corredor estava cheio de pessoas com roupas estampadas, era um verdadeiro
desfile. Mas dessa vez a maioria dos quartos estavam impossibilitados de
entrar, alguns tinham até homens em escadas abrindo o teto para chegar ao céu,
até tentamos ver o céu de lá, mas nem o homem estava cabendo lá.
E quando tudo estava ficando sem jeito pois estava uma agitação aquele dia,
surge uma luz no fim do corredor, ouvimos uma música tocando a seguimos,
acredita que tinha uma mulher colocando música mas não deixava uma música
acabar? Toda vez que a gente começava a dançar ela tirava a musica. E
nesse quarto muita coisa aconteceu, conhecemos uma menina fotógrafa que só
tirava foto dando língua, e era de uma simpatia que contagiava, sem contar que
ela fez questão de tirar foto de cada um no quarto, colocando vários de nós
dentro de tanto celular que perdi a conta. Sem esquecer da senhora da unha
impecável que chorava por uma dorzinha e que sempre tudo se resolvia, ela
chorava e sofria de medo e acabava piorando as coisas, tinha lição melhor para
quem acabara de receber uma nota ruim em uma matéria?
É impossível não sair renovado daquele ambiente, sempre vou
falar daqueles lindos sorrisos e olhos brilhantes ao nos ver, as pessoas perdem
a vergonha, dançam com a gente e até viram melhores amigos, mesmo que nunca
tenham se visto. Isso tudo vai além de um projeto de extensão, é puro amor com
o próximo. Obrigado UPI por e proporcionar momentos como esse, e muito obrigado
minhas companheiras por tornarem tudo incrível mesmo quando parece que não vai
dar certo.
Até a próxima, louco de ansiedade pela próxima atuação. (:
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