Ás vezes, nós chegamos com um ânimo para atuação, mas temos
que lembrar que nem todos estarão na mesma sintonia que nós. Hoje
com Cacau foi exatamente assim! Nós chegamos prontas para uma
atuação animada..
Mas os quartos estavam silenciosos, as luzes de muitos
apagados e poucos olhares estavam dispostos a cruzar com os nossos. Mesmo
assim, não deixamos a energia baixar e ficamos ali para os poucos que quiseram
conversar ou precisassem conversar. Conhecemos uma senhora e seu marido, ela
nos deixou conversando com ele e descobrimos que ele tem muito filhos em todo
canto do país e a intenção dele era povoar o Brasil.
Conhecemos um menino que parecia cansado e angustiado,
infelizmente ele não quis conversar ou passear com a gente como sua mãe
sugeriu. Mas ele ainda sorriu e nos ofereceu o sapato diferente dele com uma
tira no meio, explicamos que não podíamos usar porque nossos pés não tinham
aquelas aberturas como os dele.
Então, encontramos um senhor disposto a fazer uma cirurgia
em nós para que tivéssemos os pés com aberturas e pudéssemos usar aquele sapato
diferente. Cacau e eu achamos melhor não.
Terminamos a noite conversando e levando para o corredor um
menino que acompanhava seu pai. Conversamos bastante com ele, estava muito
cansado e triste ali, então interagimos com ele para que pudesse se distrair um
pouco da sua situação.
Nessa noite, o segundo andar do HUT estava quieto e
aparentemente pouco receptivo. Mas acredito que seja só mais um daqueles
momentos que temos que aprender a respeitar o espaço e vontade de cada um, nem
sempre receberemos sorrisos e olhares dispostos a encontrar com o nosso e
nesses momentos temos que aprender a controlar nossa energia e nos despedir
mesmo antes de começar.
Até
logo!
Beijos
e sorvetes,
Elijeans
Kibon :)
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