terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Pablito Cabeção, HDM, 24/02/2017

Em busca de inspiração para o meu diário encontrei esse texto na internet que simboliza exatamente o sentimento sobre atuar. É um texto longo, mas vale o tempo!

FLOQUINHOS DE CARINHO, Samuel Buttler


Havia uma pequena aldeia onde o dinheiro não entrava.
Tudo o que as pessoas compravam, tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado.
A coisa mais importante, a mais valiosa, era o amor.
Quem nada produzia, quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos, ou utensílios, dava seu carinho. O carinho era simbolizado por um floquinho de algodão.
Muitas vezes, era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. Elas davam seu carinho pois sabiam que receberiam outros num outro momento ou outro dia.
Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia, convenceu um pequeno garoto à não mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse.
Iludido pelas palavras da malvada,  o menino, que era uma das pessoas
mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar carinhos e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela.
Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos, as pessoas começaram a guardar o pouco carinho que tinham e toda a harmonia da cidade desapareceu.
Surgiram a ganância, a desconfiança, o primeiro roubo, o ódio, a discórdia, as pessoas se xingaram pela primeira vez e passaram a ignorar-se pelas ruas.
Como era o mais querido da cidade, o garoto foi o primeiro a
sentir-se triste e sozinho, o que o fez procurar a velha para perguntar-lhe e dizer-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia. Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão.
Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu carinho. A todos que dava carinho, apenas dizia:
- Obrigado por receber meu carinho.
Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu todos os seus carinhos sem receber um só de volta.
Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente, alguém caminhou até ele e lhe deu carinho. Um outro fez o mesmo... Mais outro... e outro... até que definitivamente a aldeia voltou ao normal.
Entenda que:
Nunca devemos fazer as coisas pensando em receber em troca, mas devemos fazer sempre.
Lembrar que os outros existem é muito importante, mais importante do que cobrar dos outros que se lembrem de você pois, o sentimento sincero nos é oferecido espontaneamente, e assim sabemos quem realmente nos ama.
Aqueles que te quiserem bem se lembrarão de você. Receber sem cobrar é mais verdadeiro.
Receber carinho é muito bom. E o simples gesto de lembrar que alguém existe é a forma mais simples de fazê-lo. Estes são os meus floquinhos para você!!
Não acumule seus floquinhos ... distribua-os a todos ... alguns voltarão para você...

PS: Diário dedicado ao quarto com a temperatura mais fria e que mesmo assim consegue aquecer meu coração de uma forma inexplicável! 

Bjos no coração, do Pablito Cabeção!

Um comentário:

  1. Adriano, que diário lindo!
    Já contei essa história dos floquinhos para todo mundo que eu conheço.

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