É estranho estar aqui do outro lado pela primeira
vez. Hoje, eu, Michel Michelin, me apresento oficialmente a vocês e começo uma
jornada que sinto que será maravilhosa. Afinal, como não ser maravilhosa quando
ela se inicia no dia do abraço? Já
dizia Cazuza, “gosto dessa definição: abraço é o encontro de dois corações”.
A
feira da Areia Branca ficou pequena para tanta palhaçada alegria, quando
uma trupe de clowns eufóricos chegou com os seus mais diferentes cartazes de
distribuição de abraço grátis. Engraçado que em nenhum momento me senti
perdido, mas achado. Achado em meio a tantos olhares de animação, achado em
meio a tantos risos frouxos, achado em meio a companheiros que há pouco sequer
conhecia, achado em meio a tantas crianças e suas expressões sinceras de
felicidade, e, principalmente, achado em meio a tantos abraços que
representavam as mais variadas emoções: tristeza, alegria, animação,
curiosidade, medo, confusão, surpresa... E, como em todos os lugares, atitudes
que representam o lado não tão iluminado da vida: comportamentos hostis,
indiferença, remorso, rancor, machismo, ódio... Mas a isso nossa energia nos
mostra quando dizer SIM e quando dizer NÃO.
Digo
não à arrogância daqueles que menosprezam e desvalorizam o outro; à violência (física
ou não) daqueles que assim foram educados; e ao machismo que muitas vezes reina
e que toma a mulher como objeto de consumo a bel prazer físico e visual.
Digo
sim ao novo pai que encontrei na feira (que surpresa!); à senhora que me tomou
como o filho que estava longe; às crianças que me ofereceram o que de mais
sincero possuíam; às palavras de força que nos mostram que estamos no caminho
certo; e, principalmente, a cada abraço recebido, tendo sido ele com os braços
ou mesmo com o olhar.
Um grande e fofo abraço do Michel.
Até a próxima!
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