Depois de tanto treino, tanto aprendizado, tanto choro e riso, chegou a hora da minha primeira atuação. Não fazia ideia de como seria, apenas me joguei no vazio. Subimos nossas máscaras, entramos nos carros e começamos nossa aventura.
Chegando lá, nos dividimos em grupos. Fiquei boa parte do tempo com Elijeans Kibon, Lulu Babalu e Cacau Varapau. Andamos pelas bancas dando bom dia, olhando para as pessoas, reconhecendo aquelas que nos queriam por perto e aquelas que não se sentiam à vontade conosco. Quando a permissão nos era concedida, verbalmente ou com o olhar, nos aproximávamos, conversávamos e, se a pessoa aceitasse, a feira se enchia de abraços.
Encontrei crianças, adultos, idosos. Gente de todo canto, todo jeito e todo abraço. Duas crianças, um menino e uma menina, nos seguiram por toda a manhã. Fiquei emocionada e um pouco triste ao ver a carência nos olhinhos deles, como eles precisavam e queriam nossa atenção e nossas brincadeiras - por mais simples que fossem.
Outra menininha, com brilho nos olhos, nos disse que, quando crescesse, queria ser palhaço. Uma senhora chorou dentro do nosso abraço, porque havia perdido o pai há pouco tempo. Teve também o senhor que insistia em nos fazer beber um café e que disse - petulante! - que Bibi Oteca não era nome.
Foram muitos encontros, muitas histórias, muitos abraços. A troca de energia com cada pessoa que encontrei - até com aquelas que não nos receberam - foi incrível. Também adorei ver como tudo o que vivi na formação me foi extremamente útil na atuação. O olhar, a energia, a conexão com os melhores companheiros do mundo e com as pessoas, a atenção, o jogo acima da minha jogada... foi lindo! E que continue sendo.
Até a próxima atuação,
Bibi Oteca.
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