Maternidade Juazeiro , algum dia de 2016 que não lembro (assim que lembrar coloco)
Mais um dia ensolarado em Juazeiro da Bahia. Chegamos, como de costume, eu, Pedrinho Palito e Suzana Caçarola para mais uma atuação. Mas nesse dia houve algo diferente que mudaria todo o rumo: estava com dor de cabeça, esqueci parte da vestimenta, e como nunca tinha tido a oportunidade de ser observadora decidimos CHIQUINHA HOJE VAI OBSERVAR E REGISTRAR. Empolgada com a experiência de "ver de fora" o nosso trabalho saímos em mais uma aventura.
Sobre a atuação dos meus companheiros: maravilhosa! Foi um dia de muitos encontros, conseguiram circular por diversos setores, interagiram bastante com crianças (nosso calo) e diversos funcionários.
Mas para Rebeca esse dia teve que ser bem digerido antes de ser escrito. Logo no inicio da atuação tive que aguentar xaveco de um maqueiro. Da primeira vez que passou deu uma assobiadinha; da segunda um "Boa tarde, princesa", acompanhado daquele olhar vulgar de assédio que nós mulheres bem conhecemos! Na hora me enchi de revolta, raiva.
"Até no hospital?" Sim, Rebeca. Todos os lugares
"Até quando estamos tentando ajudar?" Sim. Nas diversas situações
"Até quando eu poderia ser uma paciente, uma acompanhante" Sim. Com qualquer um
Mais do que nunca veio a mente que o nosso papel social dentro desses hospitais! Não estamos ali só para fazer gracinhas e arrancar sorrisos. Estamos ali pela Humanização! Pela conquista de direitos, pela revisão de valores! Com essa pequena máscara, a que menos esconde, temos a grande oportunidade de transformar realidades!
No fim das contas, comuniquei a situação a nossa colega do CCIH e tive a oportunidade de conversar com o rapaz pessoalmente.
Enfim, como clown essa atuação deixou boas lembranças dos encontros dos meninos, saudade por ter sido a última atuação com Suzana Caçarola e uma enorme responsabilidade pela situação que passei. Como mulher me deixou um enorme desgosto da sociedade machista em que vivemos! VAMOS Á LUTA!
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