Mais uma atuação, mais uma nova
emoção. E lá fomos nós... Lupita e Frufruta em busca de novas aventuras.
Inicialmente fomos ao quarto de uma moça, moça que sempre vemos e
conversamos... olha que alegria: lá estava cheio de balões (era o niver
dela)... e olha que tristeza: ela nem guardou refrigerante pra gente... a gente
até perdoou, mas só porque era o dia dela! No quarto ao lado, uma senhora um
tanto reservada que apenas nos oferecia tímidos sorrisos... conversa vai,
conversa vem, até quando perguntamos se ela dançava, e veio a surpresa
resposta: -“Sou evangélica!” Ficamos sem entender, mas não estávamos ali para
discordar e entrar em conflitos e então ensinamos pra ela a “dança da terra quente”...
essa dança inusitada surge quando de repente saímos no sol de Petrolina em
dezembro, descalços, e começamos a levantar os pés em reação a terra quente que
está a nos aquecer... um pé levanta, outro levanta respectivamente e assim
esses passos sincronizados se embalam na magia de uma dança... dança inocente
que pode ser dançada por qualquer religião... e apesar de todo esforço, ela não
aceitou se entregar aos “embalos dos pés torrados”. No próximo quarto,
encontramos uma senhora que estava com linha e agulha nas mãos e nos disse que
estava fazendo um caminho, logo ficamos curiosas para saber pra onde esse
caminho levava, e ela nos disse que colocava em cima da mesa, logo deduzimos
que o caminho nos levaria a comidas e logo nos empolgamos e começamos a
perguntar a cada o que eles gostavam para ser colocado nessa mesa, e saiu cada
gostosura; nossa mesa será bem farta! Fomos atrás de outras emoções quando nos
deparamos em um quarto onde ficamos sem entender tanta gente ao redor de uma só
pessoa... será que essa pessoa era tão especial assim? O que será que estavam
fazendo com ela? E decidimos não incomodar e ficamos da porta a espiar todo o
movimento quando então saiu um enfermeiro (que sempre nos ignorou) e me deu um
baita de um susto... no começo foi até tenso, mas depois se tornou engraçado.
(ninguém resiste à doçura da Lupita e da Frufruta) :3 Quando passamos para o
quarto em frente, Lupita se incomodou em meio a tantos elogios e cantadas,
fechou-se para o jogo e toda vez que te ofereciam algo ela ia lá e propunha
algo com a melhor companheira dela (a Frufruta). Ela não se sentiu a vontade
para interagir tão de perto com aqueles caras tarados e o jogo foi todo de
longe, cheio de indagações, de propostas sobrepostas e apenas entre olhares e
conversas. No último quarto conhecemos uma doçura de criança, que falava muito,
perguntava muito, sorria muito, queria brincar muito, corajoso muito e tudo
muito. Foi brincar com um pitbull, que não sabia brincar e quis brincar de
lutou e jogou baixo quando foi logo mordendo ele; mas sua irmã que era muito
corajosa, entrou na luta e derrotou o pitbull. E ele nos pediu a música do
“pintinho amarelinho” em que dançamos muito e o mais encantador foi ver o
gavião interpretado pelo senhor ao lado, foi uma lindeza! Foi um encanto estar
com aquele pequeno ser, que apesar do soro, apesar das feridas, estava lá super
contente com a nossa presença. =D E a vida é assim, apesar de tudo de ruim que
nos possa acontecer, com um sorriso podemos enfrentar melhor essas
adversidades. Foi tudo muito lindo!
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