Depois de uma longa jornada de recesso escolar imaginário, a
volta ao HDM foi noutro horário, até isso o recesso consegui mudar, pois nem
havíamos começado o “batente” e já mexeram no nosso queijo, ainda bem que o
queijo estava lá, o problema foram as cores faltando, quer dizer faltando
alguns “panqueiques”, o nome é parecido com esse (riso), mas como “palhaço
pronto é palhaço morto”, de acordo com o Sgt Gentileza, nós mandamos ver e
usamos todo nosso conhecimento "maquiadorístico" e transformamos em cores de
aquarela a alegria que não poderia cessar devido a um par de cores (vermelho e
branco), então fomos de azul e preto, dentro da lógica espectral do espaço
cosmético, essas cores são parentes de um quarto de grau latitude leste e
longitude nordeste, pois as bichinhas estavam bem sequinhas também (riso).
Homi! Saindo dessa introdução esculhambística, vamos ao por
meios, ou seja, o percurso do desfiladeiro da abertura ao devir, nesse espaço "barruamos" em muita gente, extintores e portas de vidro, que do outro lado dava
pra ver um monte de gente bonita, sorrindo da nossa cara, a minha mesmo parecia
uma arara desbotada de fome.
Logo na entrada, que também era a saída, da ala das mulheres
paridas, demos de cara com um cara que tinha a cara dele mesmo, ao deparar com
a barriguinha com umas protuberanças, assim, como quem tá grávido como pai,
perguntei logo se ele estava esperando... Ele num deixou nem terminar e foi
logo se desmanchando nos risos, mas dizendo logo que estava esperando a mulher
dele que tinha ido fazer cirúrgia.
Brincamos um "bucado" com as mulheres na sala de oncologia, mas
no meio da brincadeira uma senhora deu um conselho num tem bem sério, dizendo “meu
filho aceite Jesus, deixe esse negócio pra lá, ficar por aí fazendo essas
palhaçadas”, mas "óia" só! (riso). No fim das contas até Nabucodonosor entrou na
conversa e virou trava língua (riso).
No outro quarto, encontramos duas senhoras com falta de ar e
suas duas filhas acompanhando elas, cada um com um celular na mão (riso), mas
depois que entramos a conversa foi no “tete a tete”, e descobri que dona
Terezinha teve tantos meninos que precisa de todos os dedos (mãos e pés) para
fechar a conta, mas que depois que ela cortou um dedo da mão quando tava
cortando mocotó na feira, ai já num dava pra fechar a conta dos meninos (riso).
Para encerrar a prosa, voltamos pela enfermaria das mulheres
paridas, encontramos meninos tomando banho de sol, cada um tinha o seu sol, com
uma mãe que foi logo dizendo que num podia sorrir que tava operada, então essa
a gente proibiu de sorrir e tudo ficou resolvido. Porém, foi justamente ela que
tava com o bebê mais fofinho do dia, pois a Izadorinha nasceu de 7 meses e
estava com apenas 6 dias de nascida, mas num é que ela sorriu bastante quando
eu ficava defronte a ela, quando eu saia ela fechava os olhos ou ficava
procurando, foi incrível (principalmente, para eu que estudo psicologia e
sabemos quanto isso não é um processo tão simples nessa idade) até pedi para
tirar um foto com ela, é pena que minha melhor companheira do mundo num captou
o momento do sorrisinho, mas ela saiu olhando para mim (riso).
Mas uma vez fomos bem recebidos pelos funcionários e
colaboradores do HDM, tirando uma pessoa (o monstrinho malvado mais querido do
meu coração) que só quer ver a gente, pobres palhacinhos, em apuros, no mais a
interrelação vai muito bem (riso).
Como o Dr. Marcelo autorizou, estaremos nós de novo e mais
uma vez nas paradas de sucesso do próximo domingo de manhã do HDM.
Aguardem!!!!!
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