Quanto
tempo diário há muito não te escrevia, entre férias, viagem MCA, há muito tempo
não atuava e te relatava meu dia. Pois bem, depois de tanto tempo, deu aquele
velho gelinho na barriga, até porque havia mudado local de atuação e
companheiros de atuação, dessa vez iria com minha companheira San, a qual nunca
tinha tido oportunidade de atuar.
Chegamos
ao Hospital ás 17 horas e encontramos outras companheiras que atuariam no mesmo
horário (Railma e Sossai), nos arrumamos e subimos nosso lindo nariz juntas, a
emoção e a vontade é sempre a mesma e lá vamos nós ao encontro de outros.
Atuamos
no 2º andar, achei pouco o movimento, poucos encontros, algumas procuras,
alguém nos espera e desse jeito é sempre uma responsabilidade, me sinto
pressionada, mas me lembro das palavras de gentileza, não vou necessariamente
fazer o outro rir, mas vou ao encontro desse outro na tentativa de acolhê-lo.
Encontramos Seu João, de tão debilitado mal podia falar, mas nos pediu pra
rezar, vamos nós realizarmos seu desejo, oramos juntos e confesso que por um
momento achei que ele morreria ali mesmo.
Nesse
mesmo quarto encontramos seu Antônio que nos mostrou seu álbum de fotografia,
apresentando toda a sua família, ali naquele quarto também se encontrava uma
jovem muito alegre acompanhando seu jovem esposo. Arrumamos casamento em outro
quarto, com um solteirão (assim dizia a Mãe dele) que lá estava internado, e
por fim num ultimo quarto encontramos um senhor que de tão ranzinza me fazia
rir e aumentar o jogo, ele reclamava que a gente estava ali pra zoar com a cara
dele, que a gente estava aumentando a irritação o fazendo piorar, então pedi
pra que ficasse sentado que faríamos alguns exercícios bioenergéticos, e ele
ate concordou, estava já respirando profundamente como solicitado, mas ai
voltou a achar que estávamos zoando com a cara dele, por fim nos expulsou em
meio a risadas das outras pessoas que estavam no quarto.
Engraçado
como essa situação que deveria ser desagradável, foi muito bem conduzida, até
mesmo aquele senhor com aquele mal humor achava graça com o que estava
acontecendo, esses são momentos que a gente percebe que nossa vaidade vai
ficando de lado e que damos lugar a uma
espontaneidade capaz de driblar situações que poderiam ser desagradáveis.
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