quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Do meu Inefável modo de dizer !

Estaria a buscar um milhão de palavras pra definir cada momento que a UPI me proporcionou! Não! Não iria encontrar!  Poderia dizer que entrar nesse projeto foi uma das melhores coisas que me aconteceram na vida. Um Encontro! Um encontro bom! Um encontro que eleva a minha alma.  Um encontro que me fez aprender mais sobre os meus próprios defeitos e por que não aceitá-los? Ser "clown" é ser isso! Ser "clown" é lançar-se sobre o novo. 
Ser "clown" é ser a danada da "Florentina Tempestade" tão cheia de energia tão cheia de mim. 
E há de ser uma busca contínua pra explicar aqueles olhares cheios de vida em um ambiente tão delicado e banalizado, como o hospital, aqueles sorrisos tão cheios de graça, aqueles nem tanto, tão acanhados, aqueles misturados com a dor, aqueles silenciosos, sabe? 
- Seria esse o cuidado, seria esse o humanizar que a gente pede tanto, que a gente grita tanto? Mas, é tão simples!
 Por que é tão difícil fazer o simples? Por que a gente não se permite mais olhar para o outro, acolher o outro, ouvir o outro? 
Eu estaria a dizer, mesmo sem saber dizer de  quantas vezes, a Florentina e eu fomos cuidadas naquele hospital, de quanto aqueles "siiim's" e até mesmo a ausência deles pelos pacientes, acompanhantes,funcionários, dos meus companheiros de atuação, foram e são enriquecedores, combustível pra me fazer não desistir da luta, não desistir do ser humano, não desistir de mim mesma. 

Eu estaria e estarei a buscar milhões de palavrar pra expressar o meu modo de dizer sobre o que a UPI significa pra mim, mas nessa busca contínua, iria dizer, que não sei dizer, mas, há de ser  "inefável"... E é "inefável". 

Sâmara P. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário