Minha segunda-feira começou logo agitada com uma atuação marcada as 9h da manhã no HUT. Mas, antes disso eu precisava pegar a maquiagem no Dom Malan. Uma voz me dizia: Rayanna, não vá de carro ao HDM. Vá a pé, pegue a maquiagem, volte pra casa, pegue o carro e vá ao Traumas. Mas eu, teimosa como ninguém, não ouvi a voz da sabedoria, contei com a sorte e fui de carro, rezando pra encontrar uma vaga.
Vaga? Que vaga? Não tinha vaga! Dei uma volta ao redor do quarteirão e nada, segunda volta, nada. Depois de muito procurar encontrei uma vaguinha bem escondida e longe do HDM. Ok, tudo bem. Agora vamos comprar a zona azul, porque tenho medo de me multarem. Rodei mais dois quarteirões e nada. Nenhum lugar estava vendendo e, onde tinha pra vender, o sistema estava fora do ar. Ok, saí correndo e peguei a maquiagem no HDM. Resultado: cheguei no HUT atrasada, suada, nervosa e agoniada.
Tudo bem era minha atuação com Juju e Sancho. Eu estava tão ansiosa! Nunca havia atuado com o Sancho e tinha muita vontade de fazê-lo, porque já que aqueles olhos doces me cativam diariamente, imagina o que eles podem fazer quando o Sancho explode o olhar dele em alguém? Quanto a Juju, essa eu já conhecia de outras atuações. Linda, sempre disponível e verdadeira. Atuar com ela é sempre maravilhoso.
Mas, eu não conseguia subir o nariz. Não sei o que foi, só sei que não conseguia. A música tocava e eu não conseguia mexer o meu corpo, não estava bom pra mim. Depois de um tempinho, comecei a ouvir barulhos de passos de dança, pessoas que se movimentavam ao meu redor com mais vontade e eu pensei: p*ta merda, não vou conseguir atuar. Foi me dando um desespero e eu queria sair correndo dali. Não corri, fiquei parada. Juju e Sancho continuavam fazendo barulho ao meu redor, mas Teca ainda brincava de esconde-esconde comigo. Depois disso comecei a ouvir a respiração acelerada da Juju perto de mim. Acho que ela falou alguma palavra mágica, pq aquilo foi me enchendo por dentro e consegui subir o nariz. Sabe, eu adoro isso. Adoro quando as pessoas enchem a gente.
Então vamos ao que interessa: a atuação. Ela foi recheada de momentos bons e outros não tão bons assim. Começamos em alto mar nadando atrás de uma tartaruga, encontramos um pescador que tinha pescado uma linda sereia chorosa. Estar com a sereia foi o momento mais lindo do dia pra mim. Ajudamos no processo de perda de cauda e surgimento de pernas dela, vibramos com os primeiros movimentos dos pés e ensinamos a ela como andar. Legal mesmo foi ter conseguido desviar a atenção dela da moça que furava seu braço, enquanto vibrávamos com os movimentos que ela fazia com os pés.
Ah, também teve um momento complicado. Teca, distraída, entrou num quarto sem perceber que havia uma senhora num momento muito íntimo e, digamos, de muito calor. É, ela estava peladona mesmo, Teca não viu, entrou, viu quando entrou, não saiu, não sabia o que fazer e ficou lá com cara de pateta. Juju acompanhou a Teca e o Sancho ficou lá fora esperando o ônibus passar.
Eh, algumas coisas acontecem e a gente simplesmente não sabe o que fazer na hora. Fiquei pensando nisso depois da atuação e vi as mil possibilidades que eu tinha pra sair daquela situação embaraçosa. Mas a gente vai aprendendo.
Um forte abraço, Teca Lua Cheia.
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