sábado, 15 de outubro de 2011

Tunica Caqui, 07.10.11

Ao som de Shakira nos aquecemos e assim como a musa nos envolvemos na música e o trio saiu  empolgado para desbravar o corredor. Uma touca presa na porta nos indicou o caminho para o céu, cheio de nuvens, como aquela que pela porta queria escapar. Encontramos vários anjos no caminho, um Dr. Curativo que tinha solução pra tudo. No embalo, em um quarto nos foi revelado que o senhor não sabia cantar, aí descobrimos que na verdade, ele só “cantava” a sua esposa e nessa melodia dançamos um forró. Por incrível que pareça no quarto ao lado encontramos em baixo da cama de um senhor o chapéu perdido do Rei do Forró, Luiz Gonzaga! E claro que assim, percebemos o porque de todos ali estarem meio abatidos, era ressaca da festa da noite anterior! :D Conhecemos um mundo cor-de-rosa, tudo da senhora era rosa, demos “Saúde!!!” a quem queria através de um “atchim” e até casa entregamos, flores regamos e entregamos um bouquet!

Um dos casos marcantes do dia foi a interação das pessoas da equipe de limpeza, do plantão... uma senhora da limpeza nos revelou um lugar privado (quarto de “isolamento”) e com um lisonjeio desse, a pedida da vez foi dançar. Naquele momento parecia que não havia ninguém a nos olhar, apesar da platéia que se fazia na porta do quarto. Dançamos loucamente nossa dança pessoal e foi super gratificante ver a chefe da enfermagem adentrar a dança, uns ASG’s também e a vontade dos internos só olhando!

O rabo de cavalo do cabelo se transformou em uma antena que captava informações das pessoas, e em um dos quartos funcionou para captar a mensagem de que a irmã gêmea da Tunica Caqui havia visitado outro dia lá o hospital. A senhora olhava e dizia: “eu lembro de você, eu a conheço...”, chamou o filho para comprovar que ela me conhecia e ao gritar “Roberto, Roberto!!” viramos tietes do Roberto Carlos.

“O importante é que emoções eu vivi”. E uma delas, para fechar a atuação com chave de ouro, foi a de um senhor meio ranzinza, com um olhar desconfiado, que observou toda a atuação no quarto como se houvesse uma parede de vidro que o separava de tudo, e o tornava espectador. Essa parede foi se desmanchando e sem temor fomos em sua direção e dissemos que aquele era o quarto mais animado e ele tinha ganho o passaporte pra lá, e no prêmio ainda havia um desejo a ser concedido. Ele desejou sua casa e lhe demos uma, com direito a entrada pela porta e tudo. E nós ganhamos o que? Um sorriso sem graça que se desmanchava em um sorriso sincero! o//

Tenho os melhores companheiros do mundo, e o jogo é lindo quando se joga com vontade, deixando sair aquilo que nem a gente sabe que existe escondidinho aqui dentro.

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