terça-feira, 4 de outubro de 2011

Formiga Espiroqueta, 26.09.11

Cheguei ao hospital impaciente, não nego. Talvez mais preocupada do que impaciente. Estava com a semana corrida, milhões de atividades, provas e trabalhos. Cheguei até a pensar que meu clown talvez não conseguiria dar o melhor, pensei que não conseguiria me concentrar nos jogos e nos meus companheiros que, aliás, sempre são os melhores. Alguns desencontros fizeram com que eu atuasse apenas com Nina. Começamos um pouco atrasadas, diga-se de passagem. 
É surpreendente perceber o quanto a palhaçoterapia é, de fato, uma terapia. :) Terapia esta não apenas voltada ao paciente, mas que inclui o próprio clown. O modo como cheguei ao hospital e o modo como saí: duas pessoas totalmente diferentes! As atuações me ajudam a perceber o que vale a pena, de verdade, na vida. Coisas que as tarefas do dia-a-dia fazem questão de abafar. Parafraseando Lenine:

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara, tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei a vida não pára
A vida não pára

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