Confesso que assumir hoje a função de “monitora” me deixou um pouco
nervosa hoje, não tava nem com vontade de atuar, mas não podia deixar meus
melhores companheiros do mundo na mão. Já tinha atuado com os novinhos no
abraço grátis, mas foi diferente porque não assumi sozinha essa tarefa. Então o
jeito foi pegar o nervosismo e transformar em energia. Nos arrumamos numa
salinha de consultório, na policlínica em frente a praça, e eu me senti um pouco
chata dando uma tia, “não deixa a bolsa no chão”, “o som tá alto”, “não esquece
que a gente tá no hospital”, “não esqueçam nada”, “não se percam”, “duas horas
de atuação”.
Além dos quatro novinhos também fazia parte da equipe o mais novo
integrante da UPI (que nem precisou passar por seleção nenhuma), Adsson, mais
conhecido como pai da Pietra e fotógrafo da UPI :).
Subi a energia mais rápido do que imaginei, acho que um tiquinho de
nervosismo é fundamental para qualquer atuação, e a disponibilidade dos
novinhos de estar ali me ajudou muito também.
O hospital estava cheio demais e não senti muita abertura para jogos
naquele lugar, então o jeito foi atravessar um rio (poça de água) esperando os
jacarés passarem (carros), para chegar até a praça e encontrar muitos
encontros.
Logo de cara encontramos Maria, que estava com as veias das pernas
estouradas e que mesmo assim parou para falar com a gente elogiando nosso
trabalho, e nada melhor pra começar a atuação do que isso.
Pelo caminho também encontramos duas modelos top model, que deram um
show de desfile na praça, ainda tentei pegar aquele charme mas a Rosinha é
realmente muito desajeitada.
O grupo era grande e a divisão seria necessária, mesmo sem combinarmos
nada ela aconteceu. Passei a maior parte da atuação com Pedrinho, enquanto
Mariqueta, Zefinha e Frufruta seguiram juntas.
Atuar com Pedrinho foi lindo, ver o clown dele que antes era mudo
desembestar a falar foi ótimo, lembrei que a Rosinha no início também não
falava, o que realmente não faz muita diferença, desde que você saiba jogar com
outros elementos a voz pode ser colocada em último num encontro.
Encontramos muitas pessoas com três, quatro pernas; apresentamos dois
moços que estavam sentados um do lado do outro e não conheciam, e que nós
também não conhecíamos; ficamos esperando com a Pró Jay o seu horário de ir pra
fila do banco, a pró tímida que disse que não tinha nada a ensinar pra gente
acabou aprendendo a fazer careta; tentamos ajudar o moço do carrinho de som a
vender algum cd, ele tava trabalhando e parou pra sentar na praça pra ver a
“resenha” (não vendemos nenhum cd, porém ganhamos um picolé, nenhuma lógica
nisso, mas foi assim mesmo); encontramos o Jó, menino de um aninho, cujo sobrenome
deveria ser Buchecha, porque ele tem as buchechas mais lindas do mundo; a
técnica de enfermagem que aferiu nossa pressão e auscultou nossos corações. Foi
lindo.
Lindo encontrar todas essas pessoas. Lindo ver nosso trabalho exposto em bambolês pra lá de coloridos. Lindo ver como as pessoas admiram nosso trabalho. Lindo sair da atuação morta, mas com a energia transbordando.
Lindo encontrar todas essas pessoas. Lindo ver nosso trabalho exposto em bambolês pra lá de coloridos. Lindo ver como as pessoas admiram nosso trabalho. Lindo sair da atuação morta, mas com a energia transbordando.
Lindo.
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