Outra vez atravesso o São Francisco para me encontrar comigo. Frufruta Doce já tomava conta de mim ao ouvir uma música loucamente feliz! Aquela segunda-feira prometia um Abraço Grátis mais que especial; abraçamos a causa de promover um sistema de saúde mais humanizado e fomos para a Praça da Misericórdia, em Juazeiro, distribuir alegria e amor. Pra quem não sabe esse cuidado é o mais importante de todos, pois melhora a vida, a saúde, a alma... ou seja, melhora tudo, prevenindo e ajudando a sarar qualquer problema de qualquer âmbito (vixe, essa palavra existe mesmo ou eu inventei? O.O) !
Pois bem! Como ia falando, minha querida Frufruta é metade petrolinense, pela sua formação, e metade juazeirense, por seu desabrochamento em flor-fruta. E não é que nasci numa barquinha no meio do meu amigo Velho Chico!! Daí, fui contar minha história pra uns senhorzinhos simpáticos e galantes que estavam sentados, comemorando a amizade de longa data deles e o tempo fresquinho que ainda fazia, pois havia chovido na noite anterior: imagine-se na cena comigo, pois a prosa foi deliciosa! A pracinha estava úmida, cheia de poças rasinhas, as árvores ainda tinham seu tronco escurecido pela chuva que molhou também suas folhas, e estas deixavam escapar uma ou outra gota, nos preocupando muito, porque poderiam molhar nossas fotografias expostas. Esses retratos-batidos-por-gente-que-entende-do-assunto tinham o fantástico propósito de mostrar pros passantes que passavam na praça (e também pra todos que não passaram na praça) que saúde não se melhora só com pírulas que entalam a gente e tem hora marcada pra ter que se entalar! Cuidado, carinho e atenção fazem um bem danado pra nossa saúde e, assim, um bem danado pra gente! E tudo isso é o que a gente quer passar dando abraços apertados e aconchegantes..!
Falando em abraço tem uma lembrança coçando dentro da minha cabeça, tentando me lembrar de algo que esqueci... Pera... uhm, pracinha molhada + fotografias + abraços aconchegantes... Aaah! Eu tava falando do meu nascimento pros senhorzinhos charmosos, um era bombeiro e me ensinou a nadar (poizé, eu que não sabia por peças do destino), outro senhorzinho trabalhava como engenheiro mecânico industrial de uma mineradora (uia! lembrei a profissão toda!) e ele num me ensinou nada porque eu nunca que ia querer entrar num buraco fundíssimo sem ver a luz do sol pra procurar pedra. Lugar de fruta é acima do chão e de preferência sã e salva! Um outro ensinou a Mariqueta Outro-nome-que-não-posso-falar hihihi! a andar de carroça, e por um segundo virei uma jumentinha pra carregar minha companheira. Ganhei muitos abraços deliciosos dos galãs da pracinha! Tão aconchegantes que até repeti! Pronto, acho que agora não me perco mais, porque tinha começado a falar, me empolguei, me perdi, voltei e agora tá tudo certo! Não sei se tá entendível, mas falei tudo...
Pera de novo! Ainda num falei tudo :D
Me agarrei a Zefinha Laranjeira para conquistar sorrisos desconfiados de crianças que que nos buscavam ansiosamente com olhares travessos e meigos. Encontramos supermodelos disfarçadas de gente comum e uma moça que usava um anel no lenço ao invés de usar no dedo, a pobre vinha sendo enganada pelo namorado que ainda tinha derrubado ela de moto... Ah, e não posso me esquecer da melhor água de coco de Juazeiro, do quiosque móvel do piloto de avião com óculos maneiro que só pilotava fogão!
Saí de lá caminhando em nuvens, com a alma leve e minha jarra transbordando porque pude aproveitar meus encontros. Não estive num palco e nem queria estar, me joguei na plateia, pois lá é meu lugar; encontrando e me deixando encontrar. AVISO IMPORTANTÍSSIMO: A rima não foi intencional, mas até que ficou legal! Não....não ficou nada bom....
Pronto, agora terminei.
Eu, Frufruta Doce, me despeço - mas só por enquanto – agradecendo aos melhores companheiros do mundo!
Fico aqui com gosto de quero mais!
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