sexta-feira, 11 de abril de 2014

Magali Malagueta. Terça-feira, 8 de abril de 2014. Semana de Humanização do SUS

HumanizaSus. Humanizar a saúde.
A semana de humanização do SUS estava no seu segundo dia e para lá íamos eu e Magali para a nossa segunda atuação. Aquele estava sendo um dia corrido, a tarde, quente e cansativa. Mas ganhou ares e cores diferentes ao chegar à praça onde estava sendo realizada a exposição de fotos, pois pude me deparar com sorrisos cativantes e olhares sinceros, tanto os dos melhores companheiros do mundo que nos esperavam, quanto daqueles eternizados e pendurados nas mais doces fotografias, que embelezavam e coloriam a praça com abraços e narizes vermelhos. Ótimo estímulo! Coloquei meu cansaço numa sacola e a deixei no canto. Ali me interessava estar cheia de energia, energia essa que foi se achegando ao me deparar de novo com a Magali no espelho, aqueles traços e detalhes tão seus, e ao subir o nariz (essa máscara que toda vez que é colocada traz consigo sensações diversas).
Sinceramente, acho que a praça ficou pequena pra tanta empolgação por parte da Magali e de seus companheiros da tarde: Mariqueta Boabunda, Zefinha Laranjeira, Lupita Toin-oin-oin, Hércules do Encanto e Rosinha das Alturas. Tive o prazer de ter a Rosinha como melhor companheira do mundo, formamos uma duplinha dinâmica e juntas tivemos encontros fascinantes. Papeamos e desfilamos com as estilosas “primas arco-íris”, duas adoráveis e sorridentes senhoras; interrogamos um sujeito que carregava uma grande caixa até ele nos confessar que lá dentro tinha uma pessoa que ele havia sequestrado pra levar para a máquina da felicidade... bom, como a causa era nobre, nós deixamos ele seguir seu caminho. Descobri mais uma vez que o clown é especialista em tudo: lá estava Magali mostrando todo seu talento artístico fazendo caricaturas dos visitantes da praça por um preço baratinho (apenas dois abraços), contando com o apoio do melhor tripé que qualquer desenhista já teve: minha cara companheira Rosinha das Alturas. Fui (auto) batizada como Magali DaTrinta, porque DaVinci é pros fracos. Peguei carona com Rosinha numa bike que tinha um motor estranho atrás, que segundo o dono fazia dela uma moto, mas tenho a leve impressão de que ele estava tentando nos enganar. Caí fora depois de andarmos cerca de dois metros, muita aventura pra o coraçãozinho de Magali.

Corre pra lá, corre pra cá. Os jogos foram fluindo, sorrisos foram sendo abertos, alguns abraços dados e outros recebidos. Em meio ao corre-corre da vida cotidiana, pessoas apressadas passavam. Algumas delas se permitiram uns instantes para brincar, sorrir e olhar, nem que fosse de relance, para as fotografias expostas. Recadinhos sobre o que é a Humanização também foram entregues. É gratificante imaginar que pudemos proporcionar algo diferente em pelo menos uma pequena parcela do dia de cada uma das pessoas com quem encontramos, e é evidente que cada um desses encontros foi marcante para nós, pois somos os primeiros a serem afetados. Um convite à brincadeira que se mostra séria ao nos fazer refletir sobre a simplicidade das coisas e sobre a necessidade que o humano tem de acessá-la para se sentir bem. Um momento de cuidado, de acolhimento e promoção de bem estar que tem tudo a ver com saúde.

A Magali estava radiante e enchendo ainda mais sua jarra, a Dalila estava grata e com a sensação de que vale a pena doar um pouco de si pro outro. Fica a lição de que é preciso estar sempre pronto a ouvir e ser tardio e cuidadoso no falar, e “nunca deixar de ouvir com outros olhos.”  

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