Chuva no sertão (Donaldo Santos Jr.)
Depois que a chuva cai no
meu sertão.
Os pássaros cantam alegres
Que emoção...
Agradecendo ao Criador,
Por trazer esta água abençoada,
Brotando com toda força a invernada...
As árvores agradecem
e presenteiam nos com sua flor
Que vão brotar novos frutos com sabor,
Alimentando a bicharada
Matando a fome no sertão,
Fazendo brotar vida de montão...
Chuva
Cai abençoada,
Molha nossa terra arada,
Faz essa semente
Brotar frutos para a vida,
Faz a nossa gente mais feliz...
Os pássaros cantam alegres
Que emoção...
Agradecendo ao Criador,
Por trazer esta água abençoada,
Brotando com toda força a invernada...
As árvores agradecem
e presenteiam nos com sua flor
Que vão brotar novos frutos com sabor,
Alimentando a bicharada
Matando a fome no sertão,
Fazendo brotar vida de montão...
Chuva
Cai abençoada,
Molha nossa terra arada,
Faz essa semente
Brotar frutos para a vida,
Faz a nossa gente mais feliz...
Nos hospitais da vida, cada um de
nós somos semente...
E foi assim, comandados pela chuva, que acabamos
felizmente mudando nossa rota, não podíamos mais montar a exposição na praça
porque estava tudo molhado, e agora nosso destino seria a maternidade. Preciso
assumir que só me dei conta que seria minha primeira atuação no hospital quando
já estávamos dentro da salinha da diretoria vestindo nossos trajes, demorei pra
digerir a ideia de que, sim, aquela era a minha primeira atuação dentro de um
hospital (por mais podada que fosse, mas era...). Minha cara típica de
desespero já havia se instalado e meus companheiros como sempre me perguntando
se eu estava bem; bom, beeeem, beeeem, beeem, eu não estava não, mas era o que
tinha para aquela manhã, quem inventa de entrar na UPI tem que está preparado
pra tudo que surge, e é preciso dizer sim muito antes de subir o nariz, os
jogos podem começar a qualquer momento, e a gente precisa estar preparado, ou
não, eu não estava, mas pulei no vazio.
Combinamos com nossos monitores que não
entraríamos nas enfermarias, e que nossa atuação se resumiria as recepções e
corredores da maternidade e assim fizemos. Sai na companhia de Mariqueta
Boabunda que como eu procurava se enquadrar naquele novo ambiente, e com
Rosinha das Alturas que com toda a sua leveza esteve conosco em cada
momento, dividindo cada jogo e nos deixando ir por onde podíamos; os jogos
surgiram de forma muito natural, tivemos contatos com inúmeras pessoas, e na
grande maioria elas estavam abertas ao jogo, o que me deixou um tanto aliviado.
Gestantes, médicas, recepcionistas,
enfermeiros, bebês e suas incubadoras, acompanhantes, sorrisos, choros, e sem
dúvida muito aprendizado, posso dizer que o primeiro contato com o hospital foi
positivo sim, e que venham os outros.
Para o núcleo do dia escolhi “Banana da terra”,
uma fruta que as mulheres da maternidade adoram (palavras das próprias) e que
quando comem geram uma espécie de inchaço na barriga, que chega a se assemelhar
a uma melancia presa no abdômen por cerca de nove meses, mas que se você tirar
a semente da banana antes de comê-la, você pode usa-la tranquilamente, sem medo
dos efeitos colaterais, (palavras de uma médica que a gente encontrou nesses
corredores da vida, e que aqui pra nós, valia mais do que todos seus anéis,
sandálias e brincos de ouro.)
“E quando a chuva aparece
Até o pó vira lama
O Galo volta a cantar
O gado come na rama
Tendo chuva, tem fartura
Arroz, feijão e mistura
Toda noite amor na cama
E com chuva no Sertão
A natureza floresce
O sertanejo se alegra
E da mulher não se esquece
Não liga mais pra fraqueza
Nove meses, com certeza,
Menino novo aparece!”
Até o pó vira lama
O Galo volta a cantar
O gado come na rama
Tendo chuva, tem fartura
Arroz, feijão e mistura
Toda noite amor na cama
E com chuva no Sertão
A natureza floresce
O sertanejo se alegra
E da mulher não se esquece
Não liga mais pra fraqueza
Nove meses, com certeza,
Menino novo aparece!”
Paulo
Gondim
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