quarta-feira, 21 de setembro de 2011

De volta ao começo, 21.09.2011

Nina Chorumela

Primeira atuação com meus outros melhores companheiros do mundo, e o que eu posso dizer? Hum, foi bom. Sinceramente, hoje não foi um dos meus melhores dias. Começamos com o aquecimento normal, aquela velha e boa música ao fundo, olhos fechados, sentir a hora chegar (que agora chega sempre mais rápido) e subir o nariz. Eu sei que Gents diz que não é uma entidade, mas eu acesso uma parte de mim que muitas vezes, na correria do dia-a-dia, está adormecida... esperando a hora de acordar. Enfim, começamos a atuação. Muitas coisas legais, jogos legais e tudo o mais. Uma das coisas que mais me chamou atenção no dia de hoje foi o senhor P. Que perdeu a esposa em um acidente, e daí ele começou a falar que tudo ficaria muito ruim agora, porque ele a amava e já não poderia estar com ela. E aí, Nina diz: “não vai ser ruim, vai ser diferente... e às vezes pode levar tempo para se acostumar com o diferente”. Eu me assustei em, de certa forma, me ouvir dizer isso, porque é algo que eu mesma, Manú, não aplico no meu dia-a-dia. Depois de andar pelos corredores, jogar com quem tava a fim, um senhor me surpreende quando entra completamente no jogo.
Chego no quarto onde está Pinica acompanhada de Rosinha e Chiquita, e me deparo com a cena do senhor sentado na beira da cama com a mão cobrindo o rosto. Os pacientes começam a explicar que ele está chorando porque viu que estávamos indo embora. Nina vai lá falar com ele, ele tira a mão do rosto e começa a dizer, em meio a risos, que está triste porque Pinica vai embora e ele está apaixonado por ela. Então, vamos fazer o casamento! Celebrar o enlace que os fará ficar juntos para sempre, em alguma dimensão ou seja lá onde for. E foi lindo! (haha) A enfermeira-chefe veio para oficializar, Nina, Chiquita e Rosinha cantavam na cerimônia e os convidados riam. Casaram-se.
Era hora de ir embora. No fim, houve um dissabor: duas enfermeiras ou técnicas ou sei lá, quase me irritaram. Enquanto pedíamos por favor para que passassem as nossas bolsas para que prosseguíssemos viagem, elas nos distrataram sendo extremamente mal educadas e grossas (Nossa senhora, como eu odeio falta de educação!). E quando dizem que a máscara do clown é a que mais revela não é por acaso, ela viu que Nina ficou extremamente chateada e ela pode perceber. Digo isso, porque vi o jeito que ela me olhou... aquela sem noção e mal educada. 
Eu entendo que as pessoas não têm obrigação de jogar com a gente, mas também entendo que não estou ali pra ser tratada com falta de educação, nem Nina! :p
Minha maior dificuldade hoje foi que em determinados momentos eu sentia como se perdesse a voz de Nina, desaprendia o jeito de falar e me confundia. Nessas horas queria gritar! (haha)
No mais, eu agradeço às minhas companheiras que foram sensacionais!
Até a próxima aventura de Nina Chorumela!

Por Manú

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