sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

HU, 12 de Fevereiro. Inês Tamborete

Performance de Mercredi.


Fechamos o semestre do jeito que entramos. Dalila e eu, eu e Dalila, serelepeando HU adentro.
Foi um fim de tarde gostoso, pude aproveitar o não saber das histórias dos pacientes para colocar mais de mim. 

Amo meu nariz e amo atuar. Porque atuar é um desafio grande, ainda. Porque atuar sempre me traz um palco semi vazio pra me jogar e tentar acertar. Porque é onde eu erro, vejo que erro e continuo sendo gente, erro e deixo o jogo/ a vida seguir. Porque o momento em que sai o riso pode não ser tão gostoso quanto o caminho, mas é um "pós orgasmo" que te marca. 

Gosto de registrar algum paciente marcante, se ocorre de haver algum. Mas o que me deixou melhor neste dia foi receber alguns "obrigados"- e perguntar ""obrigada de que?", do fundo do coração. Eu saio de lá carregando mais e mais na minha jarra, mas ainda não estou acostumada a ter noção de que deixo também. É como a "lei natural dos encontros" dos Novos Baianos.



"Só eu sei
As esquinas por que passei
Só eu sei, só eu sei
Sabe lá o que é não ter
E ter que ter pra dar"

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