Dona Raimunda. Esse meu relato pode ser sintetizado na figura
de uma pessoa: a Dona Raimunda.
Era uma senhora que me parecia estar um pouco de saco cheio
de estar deitada na cama de um hospital. Sua filha a acompanhava. Foi
justamente sua filha que nos lançou um olhar que nos permitia aproximar um
pouco mais. A Dona Raimunda estava um pouco cabisbaixa e, aos poucos, conseguimos
conquistá-la. Sua filha estava totalmente aberta à melhoria de sua querida mãe.
Gradativamente, a Dona Raimunda começou a sorrir. Não a rir, mas a sorrir.
Nesse instante, não nos contemos e constatamos: “que sorriso lindo esse seu,
Dona Raimunda!”. Ela começou, nesse
momento, a sorrir. Com essa pequena convivência por nós compartilhada, a Dona
Raimunda decidiu falar um pouco e nos disse que não queria estar naquele espaço
chamado hospital. Não fosse por isso: afirmamos que ela não estava em um
hospital, mas, na verdade, num spa. Fomos explicar a ela o que seria um spa, e
toda essa nossa fantasia, na qual englobáva-mos carinhosamente a Dona Raimunda,
tornou-se uma escolha a ser feita e um motivo de perseverar. Uma escolha
totalmente acatada pela Dona Raimunda. Todos juntos deixamos aquele espaço
brilhante. E esse “todos juntos” se refere a paciente, a acompanhante e aos clowns.
Concluo que a Dona Raimunda brilhou
naquele dia e, junto com ela, todos nós brilhamos.
Seu Joaquim Marmiteiro, mas que coisa deliciosa ler esses diários de bordo!
ResponderExcluirCompartilhei a energia desses encontros maravilhosos.
Dos meus olhos vazaram felicidade e saudades.
Se Deca tivesse uma bicicleta iria AGORA pedalando para Petrolina matar a saudade dos melhores companheiros do mundo.
Mas a magrela da bicicletinha tá pra vir a qualquer momento e com ela vou buscar umas marmitas de pão di queju do sinhô!
Inté meu querido!
Ass: Deca Cajuína