domingo, 3 de fevereiro de 2013

Fefê Xogás - 29/01/2013

Querido Diário de Bordo

Meu querido! É sempre bom vê-lo! Gostaria de compartilhar com você uma história belíssima que tocou meu coração e estou certa que vai tocar o seu. Tive um minuto?
Ontem estive no HUT com Priscila e Fabinho. Tivemos um pouco de dificuldade no local da atuação, que pela escala seria na sala verde, mas encontramos os pacientes dormindo por lá. Alternativas? Fomos para o 1° andar e lá ficamos. A princípio, eu fui uma má jogadora, derrubando as cartas dos meus companheiros com cartas ruins e deixando os problemas da Camila interferir na Fefê. Que bom que eu tinha companheiros maravilhosos que subiram o meu jogo e e me lembraram que o importante é o jogo e não a minha jogada.
Um fato em especial me marcou muito, e vai ser lembrado nã importa quanto tempo passe, eu vou me lembrar de um senhor chamado Antônio. Primeiro que seu jeito engraçado e espontanêo me lembrou muito do meu avô que morreu a dois anos e de quem eu sinto muito falta. Esse senhor é cego e teve uma das pernas amputadas decorrente de uma doença degenerativa agravada pela diabetes. Mas a forma como ele riu conosco, fazendo adivinhações e declamando lindas poesias tipicamente nordestinas, era simplesmente contagiante.
Em um determinado momento, esse senhor pediu que eu me aproximasse dele, e segurando uma de minhas mãos ele contou sua história de vida. Todos no quarto pararam pra ouvir sobre sua vida simples, seu casamento jovem e sua falecida esposa. Num impulso, eu perguntei se sua amada estava bonita em seu casamento, e eçe me respondeu: "Ela era bonita como você."
Como assim, seu João? rs, Quero dizer, seu Antônio? Como um homem cego pode enxergar uma beleza que eu, com uma visão perfeita, não consigo enxergar? E eis que o que era história virou exemplo e uma marca eterna no meu coração,

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."

Até a próxima, meu querido!

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