segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Pablito Cabeção, HDM 14/10/2017

Lulu e Pablito: cada passo uma vitória
 
 
Oi galeres,
Estávamos eu e Lulu mais uma vez perdidos naquele labirinto tão confuso e ao mesmo tempo tão encantador. A cada curva sem certeza de onde ia chegar, mais encontros e mais olhares. Parecia real que só quem não sabia andar ali era apenas eu e Lulu, porque as pessoas passavam tão tranquilas, tão serenas, como se soubessem onde fossem terminar o seu percurso. E nós? Perdidos no tempo e espaço.
De repente, chegamos. Ebaaaaa. Aquele corredor que às 14:00 está praticamente escuro e lááááá no final vê-se a famosa "luz no fim do túnel" clareado pela pouca luz do Sol, mas que já clareia bastante.
Nos convidamos pra ir na casa de um amiguinho que a gente acabava de conhecer. Infelizmente não tínhamos bicicleta pra chegar até a ksa dele. Segundo ele:seriam 3 dias direto andando de bicicleta até chegar. Eu e Lulu, que não somos fracos, tratamos de bater em porta em porta atrás de uma bicicleta. Pelo menos nós tentaríamos chegar lá. Desistir? Nuncaaa!
Foi nessa de bater de porta em porta que recebemos outro convite. A famosa Cachoeira do Salitre. Ficamos encantados com a descrição que deram pra gente: água geladinha, cristalina, com bares e comidas pra facilitar a nossa vida. Deixamos tudo anotado pra caso resolvessemos viajar de férias.
Psseando pelos corredores encontramos ele o "Muleque Doido", apelidado dessa forma pela mãe (dava pra perceber nos olhos dela que era uma forma de encorajar o menino a fazer coisas que até então ele tava com medo de fazer). Esse menino, o Muleque Doido, estava sem andar há vários dias por conta de alguma coisa. Então dissemos assim : Vamo Muleque Doido, todo mundo aqui do corredor (um total de 6 pessoas, incluindo crianças, pais e enfermeiras) vai andar junto contigo! Um passo de cada vez, bora?
Tentamos uma, duas e o choro do menino imaginando a dor que seria caminhar começava a nos desencorajar. Quando de repente, ele junta todas as forças e começa. Um passo, dois passos, três, quatro, de repente não se sustenta mais no ombro do pai, cinco, seis, sete, os passos vão ficando mais longos, oito, nove, DEZ. Muleque doido esquece da dor e começa a caminhar, devagar, mas caminha sozinho sem apoio de ninguém
Esse momento pra mim me mostrou a importância de estar ali, mostrou a diferença que cada um pode fazer, por mais demorada e difícil de acontecer, ela (a diferença) alguma hora vai chegar!
 
Bjos no coração do Pablito, o Cabeção!

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