quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Michel Michelin - HU - 22/11/2016


Hoje eu vim para contar o quão maravilhoso foi esse dia (posso dizer que foi uma das melhores atuações da minha vida).
Começamos com uma discussão (ainda no quarto) sobre biscoitos de arroz vendidos no sinal (WHAT?) e não fomos só nós a desacreditar a coitada da Frida sobre o fato de ela fazer suas compras mensais enquanto está circulando de carro pela avenida. Inclusive eu tive que afirmar já ter comprado papel higiênico no sinal durante um momento de emergência (não me pergunte o qual).
No final do corredor, um casal nos alertou. Tem uma menina no quarto ao lado, ela pegou uma arma que tinha em casa e atirou no próprio pé. Receosos, entramos no quarto e nos deparamos com um momento de fofura extremo. Ela nos olhou, feliz. Não queria sentar para tomar seu suco, então precisamos resolver isso: sentamos todos em bancos invisíveis até que ela tomasse todo o suco (aaaaaai que dor nas pernas), ela ria. Com ela, um pobre ursinho de pelúcia acidentado e todo enfaixado.
Na cama ao lado, um adolescente parisiense mexia no celular. Sua mãe? Podre de rica, ao ponto de ir e voltar de Paris sempre que quisesse e dona da PORcaria toda, mas trocava o croissant (é assim que se escreve?) por um belo cuscuz e um bode assado (hum, que delícia!) e champanhe por suco de manga natural.
Agora, relatarei um momento mítico da TV brasileira, quando Eu, Frida, João e Branca adentramos o misterioso mundo do quarto dos homens. Em uma das camas, uma TV tecnologicamente improvisada sobre um pau de selfie tocava um arrocha e nós entramos no clima. Quando falei que era baiano e gostava da swingera, o digníssimo meteu o loko e botou a lata pra bater (eu me senti no carnaval de Salvador). Ele também dançava, deitado na cama, como se não houvesse amanhã, até que eu percebi que... ELE ESTAVA COM A BACIA QUEBRADA! Tá, foi surpreendente perceber que ainda assim ele estava dançando melhor que a Frida (brincadeira, amiguinha linda). Quando nos contou a história de como aquilo aconteceu, soubemos que ele estava carente, foi pra festa atrás de um xamego, mandou descer vários e vários baldinhos e no fim acabou esbaldeado na BR depois de um acidente de moto. Nossa surpresa? Ele disse que quem tava cuidando dele era a sua mulher - Ah, safado! Você é casado e foi atrás de xamego? - Não, a gente tava separado. Ah, o amor e os reencontros...
Não satisfeito em contar a própria história, contou a do vizinho de cama tímido e como ele enfiou sua moto na moto da Pomba, que ganhou esse apelido após voar vários metros no acidente e estar passando férias no andar de baixo do hospital...
Ei! Ela quer pedir uma coisa a vocês.
Era a mãe da menina nos chamando quando saímos do quarto. Eu fui, todo pimpão, falar com a menina.
O que você quer pedir?
Eu quero um nariz igual ao de vocês.
Que dor no coração... eu não tinha como dar um nariz a ela e aquilo me partiu de uma forma tão grande. Mas João me salvou!
Eu tenho um nariz reserva na mochila. Vamos pegar!
Corremos ao quarto, pegamos o nariz e voltamos. Ela já estava cabisbaixa quando entramos e lhe pedimos que fechasse os olhos. Em sua mão surgiu então o poderoso NARIZ! Que brilho maravilhoso aquele no seu olhar. Precisávamos aproveitar. Então, nos preparamos pra subir a energia e avisamos a ela que subisse o nariz quando contássemos até 10. E ela subiu. Estava linda e precisávamos batizá-la. Perguntei-lhe do que ela gostava e ela disse "de lasanha". Já era um bom começo. Botei minha imaginação à prova e disse: LUISA LASANHA! SIIIIIIIIM...

Pelos poderes a mim investidos pelos ancestrais clowns, eu te batizo, Luisa Lasanha!

"Como um olhar de criança.
Como é difícil por em palavras isentas os pensamentos.
Os pensamentos voam, loucamente, a mão é lenta demais para conseguir acompanhar o ritmo.
Sentir a intensidade do sentimento do outro junto ao seu. Passar o seu sentimento para que ele sinta junto ao dele."



Um grande e fofo abraço do Michel.
Até a próxima!

Nenhum comentário:

Postar um comentário