segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Frida Tequila, HUT, 22/11/2016


Então, hoje serei aquela tia sua que fica falando por horas sem parar (eu sei que você tem uma tia assim, todo mundo tem; não nega que fica feio), porque a história é grande. Então, já pega aquela almofadinha gostosinha e se joga em algum lugar aí. Se estiver lendo isso no meio do seu cruzeiro chique e paradisíaco no Atlântico, por favor, esqueça o que eu disse e vá curtir mesmo sua vida (lê depois quando não tiver nada pra fazer né, pelo amor de Deus!). Do contrário, o resto dos leitores não tá livre, ou seja, peguem a almofadinha sim.

Dona Chiquinha, a Adoção e o Biscoito de Arroz

Tudo começou quando o quarteto fantástico, formado por exatamente quatro pessoas (Eu, Frida Tequila, João Negresco, Michel Michelin e a fofinha da Branca de Leg) resolveu bater um papo com uma senhorinha engraçada demais da conta. Como todos sabem, eu e Jõao estávamos noivos (agora tá sabendo, leitor/a desinformado/a) e a dona Chiquinha (nome fictício) resolveu dar umas dicas de casamento pra gente. Ela disse que para que dê certo eu precisava cuidar do João, mas como assim? Cuidar lavando a roupinha dele e fazendo comida pra quando ele chegasse do trabalho. Mas fiquei cabreira. Eu disse que eu queria que fosse o contrário, que João lavasse minha roupinha e fizesse minha comida. Pois já viu, João não aceitou a proposta e não quis mais se casar. Ora! Então decidimos que Michel lavaria nossa roupinha e faria nossa comida; assim, adotamos o Michel.

Ele é dócil, não se preocupem. 

Ainda, dona Chiquinha ficou sabendo que eu compro biscoito de arroz no sinal. Embora todos menos dona Chiquinha tenham duvidado, eu trouxe a prova real de que ele existe sim!


Diferente de mim, Michel não poderá comprovar o que disse sobre comprar também papel higiênico no mesmo sinal. Ou será que pode?





O Caba do Forró, uma Pomba e o Câncer de Mama

Alguém me explica como uma pessoa que acabou de cair de uma moto, quebrou um braço e parte da bacia consegue usar o celular com a outra mão, através de um pau de selfie, para botar forró pra animar o quarto e ainda conseguir se remexer deitado? Lembrando que esse senhorito remexeu a bacia, senhores, A BACIA! É impossível descrever, só quem esteve lá pra ver sabe a doideira que foi. E pior que ele dança com a bacia quebrada melhor que eu (Michel não estava brincando quando disse no seu blog que eu dançava mal pacas). 

Ao lado, estava esse outro senhorito, vítima de acidente de moto também, com essa tal de Pomba. pelos relatos, tudo aconteceu porque essa Pomba vinha na frente, na rua, sem saber pra onde ia; se ia pra esquerda, se ia pra direita...uma Pomba avoada mesmo. Tinha que ser parente de pombo né; já viu como eles são desengonçados? Já viu alguma vez um pombo aparecendo no comercial da Chanel ou da Vivara? Tirem suas conclusões. O resultado foi que a Pomba e o senhorito se encontraram de uma forma não muito delicada, como podem imaginar, e a Pomba acabou indo também para o mesmo hospital, mas estava em outro andar. Confesso que quase tive uma crise de riso na hora.

Logo depois, João encontrou na cabeceira da cama do senhorito um papel com a logo do câncer de mama, e não perdeu a oportunidade para perguntar o que diabos aquele papel estava fazendo em um quarto de machos. Foi aí que disseram que havia morrido uma senhora recentemente e que havia ocupado justamente aquela cama do senhorito. Momento constrangedor = João, por ficar embaraçado, começa a rir loucamente como se não houvesse amanhã.


 O Francês e Laisa Lasanha

Havia esse garoto e sua mãe, que diziam que vivem na França e só passam uns tempinhos aqui no Brrrésil só pra matar a saudade, sabe? O menino estudava lá, dormia lá, fazia tudo lá, aí do nada dava a doida e resolvia aparecer aqui, em Pétrrrroline. Pois eu se fosse ele ficava por lá mesmo, comendo uns escarrrrrrgot délicieux. Ao invés disso, o boy francês vinha pra cá pra tomar suco de manga, pae, pode isso? Cada um com seu gosto né? 

Ao lado dele, com aquela cara de "aperte-me", estava uma garotinha de 9 anos que não parava de nos fitar. Problema 1: ela não queria comer. Então alguém do grupo teve a "brilhante" ideia de ficarmos agachados com a perna em quase 90 graus (tipo aquele exercício de academia que mata qualquer um, esse mesmo) até que a bonequinha comesse sua papinha/seiláoqueeraaquilo. Nossa, como ela comia devagar senhor! Hospital também é uma ótima fonte de exercícios pelo jeito. Conversa vai, conversa vem, nós já sem pernas para andar direito, a menina pediu, com a maior simplicidade do mundo, nada mais nada menos que uma bolinha vermelha igual à nossa para que ela pudesse botar no nariz também. Ficamos tipo :"E aí, vamos tirar aqui no palito pra ver quem vai sacrificar o seu nariz. E Branca de Leg, você não é café com leite, sua fofinha!". Porque, sério, não era uma menina comum que achou legal a galera da palhaçoterapia ter aparecido. Pelo que percebemos no olhar dela, foi mais tipo: "Meu Deus, mãe, pega uma cadeira de rodas já que eu vou embora com eles". Foi aí que João lembrou que havia trazido um nariz extra consigo. ADIVINHA O QUE FIZEMOS????? PEGAMOS O NARIZ CORREEEEEEEEENDO, daquele jeito bem discreto que sabemos fazer. Chegamos como quem não quer nada no quarto dela, aí dissemos : "OHH, temos uma surpresa pra você!". Bem discreto também, tudo muito discreto. Rufamos os tambores (paredes do quarto, no caso), fechamos seus olhos e deixamos em sua mãozinha. Ela não conseguia responder, mas existiam tantos obrigadas naqueles olhos que o nosso de nada também foi só no olhar mesmo, porque voz mais ninguém tinha. Mas uma coisa ainda havia de ser feita: BATIZÁ-LA. Foi o que fizemos. Deixamos o nariz pendurado em seu pescoço, perguntamos do que ela gostava. Lasanha, ela disse. Michel sugeriu então Laisa. Pois ficou Laisa Lasanha, com o consentimento da bonequinha e de sua mãe, que não parava de chorar e ligar pra alguém dizendo umas coisas muito doidas que eu não tava entendendo porque ela estava realmente afogada no choro. O ritual todo terminou quando jogamos um pouquinho de água em sua cabeça (pouquinho, gente!) e subimos seu nariz. God, eu me sentia a própria Nanny McPhee de orgulho. Nem preciso dizer que saímos de lá como bebês chorões né? Mas o importante é que afetamos aquela bonequinha de um jeito nunca visto por ela, da mesma forma que ficamos  seriamente e desestruturadamente afetados por ela.


͢↝THE END↜









Agora, podem tirar as almofadinhas e ir assoar o nariz. Mentira, quem vai fazer isso sou eu, de novo, porque essa história da Laisa me deixa toda acabada.











Beijo pra vocês.












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