quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Ellen Fantin, HUT 3º andar, 23-01-19



Hoje me peguei pensando sobre todas as experiências que a UPI me proporciona.

Primeiro aprendi a me libertar das amarras colocadas sobre mim. Percebi que o ridículo não existe, o que exista é nossa necessidade de sermos felizes, do nosso jeito, sem nos prender ao que a sociedade considera aceitável. A UPI nos deixa leve, mais vivos que nunca, prontos pra nos jogar no vazio e curtir o caminho desconhecido com DISPONIBILIDADE, VERDADE e CUIDADO.

Depois aprendi a olhar de uma forma diferente. Passei a olhar o outro, sentir o outro, jogar com o outro.  Passei a enxergar os pacientes de uma forma completamente diferente. Comecei a ter um olhar mais apurado para as reais necessidades daquelas pessoas, para seus medos e seus desejos, muitas vezes negligenciados por profissionais que querem apenas curar doenças.

E além de tudo isso, ainda fiz grandes amizades. Pessoas que eu amo imensamente e quero ter ao meu lado sempre, afinal amigos são os maiores tesouros que encontramos ao longo da vida.

Sobre a atuação de Hoje, tive o privilegio de reencontrar Clarck pochete e pinguim biruta. Juntos conhecemos uma história incrivelmente motivadora. Nossa mais nova amiga estava internada no hospital há 24 dias devido a um acidente de moto que levou a vida do seu companheiro. Ela estava internada, com a perna quebrada, longe da família e dos 2 filhos pequenos, sem a possibilidade de ver a luz do sol por dias seguidos, sem ideia de quando poderá voltar pra casa... Mas mesmo assim ela estava feliz. Tinha um sorriso estampado no rosto e sempre tentava ver o lado bom da vida. Nos lembrava o tempo todo como era privilegiada por estar viva e poder voltar para os filhos em breve.

Enfim... que a força e a garra dessa mulher nos ensine que não existem obstáculos que não possam ser superados.



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