Definitivamente não foi um dia bom. Apesar, de verdade, das minhas companheiras Ana Vits e Ana Karla estarem fabulosas. Então, falando por mim, odiei minha atuação. Já era pertinho do almoço quando fomos (não é um horário bom para se atuar – a maioria das pessoas estava dormindo ou sem saco pra fazer a social (haha)). Pois é, começamos o aquecimente, breve porque acabamos demorando para nos vestirmos e conversando com os enfermeiros, e saímos para atuar nos quartos.
Terrível. De verdade! Ninguém comprava o jogo e foi assim nos três primeiros quartos. Tedioso! A gente tentou, mas não dá pra jogar sem eles. A verdade é que nós, palhaços, não fazemos a festa, os pacientes fazem e a gente só aproveita.
Somente um quarto entrou no jogo. Um certo rapaz, tinha um soluço que não parava e após um susto, o soluço foi embora ... por alguns minutos, mas foi embora!
Já perto de irmos embora, passei mal. E como foi terrível a sensação de estar realmente mal, vendo tudo girar no meio da atuação. Fiquei pensando nos pacientes ali, nas camas, me vendo caída e desfalecida. Não dava para deixar a peteca cair naquele momento. Não dava mesmo. Então. Estragando a brincadeira das meninas, inventei outro jogo para que a gente saisse dali e pudéssemos descer os narizes sem maiores complicações.
E foi isso. Um dia péssimo, uma atuação péssima, jogos mornos. Mas, palhaço que é palhaço não desiste nunca. E outros dias, melhores e mais coloridos e enfeitados de sorrisos virão. Por esses dias, me ponho novamente de pé e vou à luta com meu nariz, com meu laço e, mais que tudo, com a esperança de algo maravilhoso acontecer. Porque sempre acontece, mas hoje, não fui capaz de perceber o pequeno milagre diante de mim.
Nina/Manú
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