quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Tina Gatínea, HUT, 9/02/18

Sabe aquele episódio do Chaves, da ida a Acapulco? Pronto. Sabe aquela sensação que você sente ao vê-lo ali sem ter ido? Pronto. Foi mais ou menos assim que a gente se sentiu, nessa sexta que antecede o feriadão de carnaval. Pela janela do final do corredor a gente sentia que a cidade tava com um clima diferente, que tava bem mais vazia do que o comum. E nós estávamos ali. Eles estavam ali. Como que esquecidos pela vida de também embalá-los pelo clima festivo e contagiante da época. A vida não pára. As enfermidades, não respeitam. Não tem festividade, não tem data especial. Lançamos esse jogo de carnaval e talvez esse foi nosso maior desprazer ou, forçando-nos ao copo meio cheio, prazer. Sim, prazer de mais uma vez estarmos de frente e aprendendo sobre a condição daqueles que ali estão. Talvez tenha sido por isso que demorei tanto para escrever esse diário, porque eu precisava pensar - mais do que normalmente penso-  para conseguir tentar me expressar por palavras o que eu senti quando vi aquele episódio do Chaves quando criança e alguns da vida real e, ainda alguns, que crio na imaginação- o mundo do " e se...". Ainda assim sei que isso que vos falo não traduz o meus pensamentos, angústias e impotências nas suas totalidades. No meio desse jogo, descobrimos - o que já era de se esperar - que o melhor bloco é o de casa e que o maior enfeite não é o glitter mas sim o sorriso de estar indo para a maior folia que eles poderiam ter em meio a tudo. 
Além de tudo isso, conheci uma Sra. com um nome mais lindo, Elisa... ✨

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