Uma atuação
com uma nova companheira e companheiro: Tatá la Bokita e João Negresco. Fora da
escala, apenas pelo prazer de atuar. No hospital no qual me sinto tão bem, no
qual tive atuações tão marcantes.
Minha energia
subiu muito na presença de clowns que gostei tanto de conhecer.
Cada palhaço
tem uma relação curiosa com seu nariz. E a minha relação com ele está mudando
com o tempo. Depois de duas atuações sem usá-lo, improvisando-o com a
maquiagem, percebo o quanto ele é uma ferramenta. Ele é confortável, ele
protege, dá segurança, mas tudo isso é dispensável na companhia da melhor
companheira e companheiro do mundo. São as pessoas que estão comigo que são
minha fortaleza, e que me dão o suporte que é preciso nas atuações. E assim percebo
que o nariz é como as rodinhas da bicicleta, que nos dão suporte nos primeiros
momentos, como um andajá que nos ajuda a criar força e segurança nos nossos
primeiros passos. E cada passo que a gente dá é uma atuação. Hoje, depois de
vários passos, estou começando a sentir que as rodinhas ajudam, mas que posso
comprar riscos maiores. Posso dar um passo maior, na companhia dos melhores
companheiros e companheiras.
O nariz vermelho
é nossa ferramenta. E é bom quando nossa ferramenta é utilizada, nos permite
encontrar outras pessoas. Tudo isto foi para dizer que nesta atuação teve um
jogo que mexeu comigo, que me fez trouxe essa reflexão: uma criança, um menino
de 3 ou 5 anos, estava um pouco reservado no seu canto, na sala de brinquedos
do hospital. Me aproximei dele, e ele ficou curioso pelo nariz, queria tocá-lo.
Meu primeiro instinto foi de recuar, mas eu quis arriscar, e quis vê-lo se
arriscar também. E ele tocou o nariz, com o dedo esticado, meio receoso, meio
curioso. Assim que ele tocou, eu disse “Tón”. Ele olhou, achou esquisito, e
tocou de novo. “Tón”. E criamos nosso jogo. Tocou. Tón. Tocou-tocou-tocou.
Tón-tón-tón. Aquela risada valeu tudo. Ver a criança que estava quieta gargalhando,
a mãe no canto rindo, e eu rindo bastante também. Esquivando de brincadeira
para desafiar o menino, e ele vindo, comprando o desafio. Até que outra criança
um pouco mais velha veio brincar também. Para mim, foi a parte mais divertida
da atuação.
Foi assim que
eu aprendi mais uma vez que o que vale a pena é o encontro. Usando todos os
elementos à nossa disposição: o figurino, o ambiente, e até o nariz. Principalmente
o nariz.
Ser palhaço é
aprender sempre. Ser palhaço é ser aprendiz do mundo.
ADOREI SEU ESTILO DE ATUAR, TUDO QUE VOCE FAZ E PURO PRAZER E AMOR AS PESSOAS.
ResponderExcluirNão sou estudante da Univasf mas apreciará muito poder ser voluntário nessa grande causa... Tem como??
ResponderExcluirapreciaria*
ResponderExcluirapreciaria*
ResponderExcluirOi Henrique, ficamos muito felizes com o seu interesse no nosso trabalho, mas a UPI é um projeto de extensão da Univasf e por causa de normas da universidade, apenas estudantes podem integrar o projeto.
ResponderExcluirDivulgamos nosso trabalho no facebook também. Um abraço!