sábado, 26 de novembro de 2022

Tati Abacate, 26/11/2022 - HU 1° Andar

 


Querido diário,


Hoje foi dia de passear com minhas primas Agatcha Tcha, Ana Cigana e Jana Khana. Então pegamos o trem e descemos num lugar que tinha uma placa escrita: CLÍNICA MÉDICA. Logo deduzimos que esse devia ser o nome da dona daquele andar e decidimos procurá-la, já que o sétimo andar estava muito cheio para nos acomodar.


Para procurar a tal da Clínica Médica decidimos entrar nas casas que haviam ali. Primeiramente entramos na casa de Tiago, mas descobrimos que a clínica não estava lá. Então entramos no quarto de um cara do Ceará e de uma mulher que devia se chamar Iron Maiden (já que estava usando uma blusa com esses dizeres). Lá o Cearense nos disse que estava acompanhando seu filho, que já havia sido palhaço e que era nosso irmão (por parte de Adão e Eva). Também, nos disse que quem vinha do Ceará era engraçado (será que não somos cearenses também?). Já a Iron Maiden ficou o tempo todo mexendo no celular com o fone nos ouvidos (devia estar ouvindo um rock pesado). Até perguntamos pro cearense se ele deixava a gente ficar ali, mas ele disse que pra isso teríamos que trazer algumas redes e arrumar os ganchos para pendurá-las.


Então fomos procurar vagas em outras casas e acabamos entrando na de Aparecida, que nos prometeu que poderíamos assistir o próximo jogo do Brasil em sua casa num tal de Juazeiro, garantindo-nos que lá haveria espaço para toda a nossa família. Perguntei se a caixa azul pendurada próxima a ela era um rádio, mas ela me disse que aquilo servia para injetar soro. Além do mais, aquele rádio não era de Aparecida, mas sim de clínica médica. Logo começamos a suspeitar que essa mulher devia ser bem rica já que, aparentemente, ela era dona de tudo que tinha ali.


Depois disso, fomos rapidamente acolhidas no quarto de uma senhora que disse adorar ficar ali, já que o local parecia um spa. Ela pediu para tirar uma foto com a gente dizendo que era pra mostrar pros netos, já que sua família vivia dentro do celular de seu filho, comentando:


- Nós somos muito fuleiro - Disse a 109A

- Fuleiro, o que é isso? - Perguntou Agatcha Tcha

- Deve ser o sobrenome deles, é a família dos Fuleiro! - respondi

- Então, é isso o nome dela é 109A Fuleira - disse Agatcha

- E ele - disse Ana Cigana, apontando para o filho - É o Fuleiro Júnior - complementou



Além da 109A Fuleira, também havia ali duas senhoras. Uma delas era de uma cidade chamada Lagoa Grande, e tinha uma gatinha branca muito inteligente chamada Nina. Enquanto a outra se chamava Margareth e coincidentemente tinha várias parentes as quais o nome terminava com o sufixo -ete. Margareth disse que também já teve uma gatinha, mas que ela era muda e tinha que botar a pata na sua perna para pedir comida.


Dali seguimos para uma casa que descobrimos ter uma cama vazia, mas faltaria cobertor para Jana Khana dormir, então ela tentou pedir o de alguém ali. Entretanto, ainda que algumas pessoas tivessem mais de um, ninguém quis emprestar um para ela, nem mesmo a moça de Ouricuri, que estava com edredom. Perguntamos o que era Ouricuri e descobrimos que ali havia uma gringa que morava em uma cidade chamada Filadélfia, que nos explicou que Ouricuri era uma planta com coquinhos comestíveis e nos prometeu trazer alguns para comermos enquanto assistimos o jogo do Brasil. E ainda conseguimos outras dicas sobre a identidade clínica médica: “uma mulher baixinha, moreninha e que ficava espetando as pessoas”.


Por último, entramos na casa de um rapaz que dizia conhecer a família de Ana Cigana. E então descobrimos que ela tinha parentes riquíssimos que tinham fazendas e carros de luxo, logo pedimos para que ela nos arrumasse uma SW para assistirmos ao jogo no N5. Mas o tempo passou e o trem foi chegando e depois de pegarmos o semáforo, partimos. Ainda que não tivéssemos conseguido encontrar clínica médica, garantimos um rolê para assistir a copa, e quem sabe até um local mais espaçoso e confortável para morar :).




Nenhum comentário:

Postar um comentário