Pra começar a falar dessa atuação, acho que é necessário
iniciar comentando um pouco sobre como foi o meu dia.
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Era dois de novembro, dia de
finados, e depois de acordar e fazer as coisas típicas que fazemos de manhã,
fui ao cemitério (como é de costume dessa data) e lá visitei o túmulo de uma
parente muito próxima que havia falecido a um tempo e desde então fiquei
bastante reflexiva sobre a vulnerabilidade e a leveza da vida, dessa forma,
algo que automaticamente me veio a cabeça foi uma música que gosto muito e que
acho que fala exatamente sobre o ciclo de mudança das coisas e das pessoas.
“Well, I've been 'fraid
of changin' //Bem, eu tive medo
de mudar
'Cause I've built my life around you //Porque construí minha vida ao seu redor
But time makes you bolder, //Mas o tempo traz coragem,
Even children get older //até mesmo as crianças envelhecem
And I'm gettin' older, too” // E eu estou envelhecendo
também
Depois disso, chegou a tarde e o
momento de atuar, assumo que eu estava um pouco ansiosa por ser a primeira vez
que atuaria apenas com uma companheira, mas mesmo assim parti. Depois de
subirmos as energias, fomos interagindo com os que estavam ali e
percebemos ,muita força de vontade e esperança mesmo em situações difíceis e
imprevisíveis, não foi um dia muito aberto a brincadeiras pois o contexto não
ajudava muito, mas foi de certeza um dia de muito aprendizagem e de renovação
das esperanças que tínhamos em nós mesmas e que só me lembrava mais ainda da
música que me recordei de manhã.
PS: em determinado momento
ocorreu algo bastante surreal e intenso para mim e minha parceira, formos pegas
de surpresa pela fala de uma pessoa que pareceu perceber nossas dores mais
internas como se soubesse exatamente o que se passava em nossas mentes, bom,
não vou me atentar muito aos detalhes por envolver questões pessoais minhas e
da minha companheira, mas assumo que, fiquei tão incrédula com a situação que
não consigo acreditar até agora, mas de certeza digo que desde então duas
frases se repetiram na minha cabeça:
"Nada é por acaso"
"Você nunca sabe o que o outro sente"
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