sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Tácio Mahal, 3º andar, HU, 19/11/2019


Terça-feira. Sétima atuação. 2019.2. Animação: eufórico e cheio de energia. Companheiro: Uma velha amiga e melhor companheira do semestre anterior Cara Colistra. Maquiagem: PERFEITA, segundo minha companheira.  
Sobe a energia ao som de um funk cabuloso. Baixa o volume do telefone pela ambientação hospitalar. Levanta a máscara e se joga. Os acasos nos acompanham nesse passeio. Let’s bora.  



   Que saudade eu tava de Cara. Nos abraçamos e fomos distribuir simpatia por aí. No primeiro quarto conversamos com um aventureiro senhorzinho que nos deixou sem reação quando nos contou sobre seus 7 filhos que não telefonaram pra saber notícias suas no hospital. Aquele jogo foi baseado em ouvir sobre sua vida e suas aventuras. Partimos para o outro quarto que haviam duas senhoras que se complementam, uma não ouve e outra não enxerga. O que fazer? Dar risada e fazer careta pra uma e bater um bom papo com a outra!! As acompanhantes nos falaram sobre fé (que predomina naquele quarto), sobre religiosidade e que alguém chamadx deus estava feliz por mim e por Cara. Fiquei feliz por ele estar feliz e por elas ficarem felizes com a gente. Só felicidade.  
Em seguida encontrei uma senhorinha muito da esperta. No dia sexto que passeei por ali, ela pediu que eu levasse um recado pra mesma pessoa que ficou feliz com a gente no quarto anterior – o ser de nome deus – a senhoria me chamou por um nome estranho (anjo, ou algo do tipo). Eu falei pra deus que era pra deixá-la melhor (na verdade no mesmo dia eu falei que ele já havia providenciado isso e que ia agilizar esse favor pra ela), pois ela estava MUITO cabisbaixa na ocasião. E pra minha surpresa o recado que levei foi muito válido, pois sua feição estava completamente melhor... sua risada vinha de tempo em tempo em uma frequência e potência topper. Mas ela é meio ingrata mesmo, pois não quis pagar pelo recado que levei. E além disso ela elogiava Cara a cada 2 segundos, enquanto eu tive que perdoar a dívida pra receber um elogio. Mas ainda assim fico feliz demais por ver sua melhora. 

No 309 é sempre uma alegria. Dessa vez Farol tava bem mais acesa. Todo ainda atrás da Jurema que deve ser a maior e mais rechonxuda possível, mas ainda não encontrei nenhuma que fosse à altura da desejada por eles. Mas enquanto isso sigo analisando as possibilidades, vai que encontro alguma por aí ;} hahahah. Queria que alguma vez as meninas não fossem assediadas naqueles quartos. Mas nada que um constrangimento não resolva, não é mexmo? 

Os funcionários do setor interagiram bastante – diria que interagimos até demais. A mulher que come a lasanha e leva só biscoito pras pessoas estava nos seguindo, ela e as moças de branco. Em um quarto um velho conhecido se sentiu incomodado, com razão. Ficou com medo da gente fazer elas aplicarem medicamento errado no povo. Fomos expulsos pela primeira vez na noite. Mas sem resentimento. 
Entramos no último quarto. Conversamos com todas as beldades daquele ambiente de gente bonita. Elogiamos, falamos da vida alheia, tentei roubar uns óculos, perguntei por Mia, pois agrôno Mia, mas ela não estava (aliás, no dia seguinte a mãe de Mia seria despejada, devido atraso de aluguel. Muito feliz por isso, espero não vê-la na proxima ocasião). Conhecemos Renavam, que mora em Bonfim; ele foi simpático, deu risada, mas sua mãe, apesar de deitada, estava mais animada que ele. Deu risada, achou graça do nosso nome; ela até falou queRenavam é bem namorador! ele nos contou sobre os afazeres da semana, que inclui tomar cachaça. Aí a novela começou, e aí nos ordenaram a apagar a luz e fomos expulsos pela segunda vez, mas tudo bem, o porta já estava se fechando e tinhamos que ir mesmo. (Semana final de novela é prioridade, amadas) 



É muito bom ter o prazer de atuar com pessoas diferentes, reencontrar antigos companheiros, fazer novos vínculos e reforçar os já existentes. Cara vc é um clown lindo s2 s2  


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