“Eu quero Tchuuuuu, eu quero tchaaaa...” Bem, se pudesse resumir nossa atuação de hoje seria com esse trecho de música! É incrível como se encaixava com tantos pacientes, em tantos momentos tão distintos... Não era nada forçado... Simplesmente fluía!! Um dos momentos mais lindos foi quando uma jovem com dificuldade de movimentação dançou conosco essa música; ela não conseguia mexer as pernas, os braços com uma certa dificuldade, mas sua cabeça e seus dedos dançavam... e tenho certeza que todo o corpo dela estava a mil porcento... de uma forma tão bonita que nos contagiava. Viramos até filhas dela, eu, Joaninha e Tunica, as trigêmeas!! Foi um dia bem musical, diga-se de passagem. Encontramos vários talentos escondidos, famosos do anonimato!! O mais triste foi ter que ir embora. Nos despedimos dos amigos que ficaram e fomos embora, porque nosso trem estava prestes a passar...
sábado, 30 de junho de 2012
Formiga Espiroqueta, 22.11.11
Cheguei ao hospital já pensando: Puxa! Foi um dia bem cansativo... Hesitei pensando se seria o melhor dia para atuar; ficava imaginando se realmente eu conseguiria dar o melhor de mim. Dúvidas e mais dúvidas, lá fomos nós, eu e Tonica. Na verdade não era um dia usual de atuação. Atuamos hoje porque não pudemos ir no dia que havia sido marcado. Detalhes burocráticos à parte, subimos nosso nariz. É impressionante como tudo se transforma quando o clown entra em ação. Parece que até mesmo o cansaço, a dor, vão embora. É um outro ser que está ali; não somos mais nós mesmos. Já na hora de descer o nariz, é como se a gente lembrasse que voltamos à vida real! É quando o cansaço reaparece... mas, agora, ele vem junto com a sensação de alívio, de realização, de dever cumprido... Não dá pra mensurar toda essa sensação em palavras! É realmente inexplicável. Cada pessoa que compra o jogo, cada olhar disponível... até mesmo quando nos expulsam da sala, não é mesmo Tonica? Rsrsrsr Mas isso também faz parte do jogo. O importante é não deixar a bola cair. Como diria um grande sábio (hehehe) o importante não é vencer, e sim fazer um jogo bonito. E acho que o fizemos sim...
Formiga Espiroqueta, 24.10.11
Comecei a me preparar para a atuação já beeeeem animada. Sei que meu companheiro é o melhor companheiro do mundo... Mas é válido enfatizar o quanto eu fiquei feliz em atuar com os clowns de Helô e de Je. Tenho um carinho muito especial por elas, talvez por conta da maior convivência... enfim! Hoje as coisas foram fluindo mais naturalmente. É como se cada uma de nós três que estava ali soubesse exatamente o que a outra estava pensando, soubesse exatamente a hora de comprar o jogo ou iniciar um novo. E para intermediar tudo isso bastava um simples (e tão complexo) olhar. Era tudo que precisávamos para saber quando entrar em um quarto, ou quando sair dele, quando passar a bola para a outra, quando falar algo, e até mesmo quando se calar diante de alguma situação. Acho que meu núcleo do dia se resume na palavra intimidade. E foi justamente essa intimidade que permitiu que a atuação fluísse de uma forma tão bela e tão natural...
Formiga Espiroqueta, 07.10.11
Que novidades nos esperam? Estava pensando nisso enquanto me preparava para atuação. O velho friozinho na barriga antes de iniciar não vai embora nunca. Por mais “experiência” que a gente adquira, sempre fica essa sensação de ansiedade, mas uma ansiedade boa, se é que me entendem... E realmente estava certa em pensar que surgiriam novas situações. Na verdade, cada nova atuação mostra coisas inéditas a serem acrescentadas, seja um novo jogo que nunca imaginei que jogaria, um jeito diferente do paciente reagir e interagir (ou se negar a participar... rsrsrs... faz parte), até mesmo um novo olhar de alguma pessoa... uma sensação diferente passada por esse olhar. É um erro imensurável acreditar que há uma formulazinha pronta na palhaçoterapia. Cada nova pessoa é um novo mundo, uma outra maneira de pensar, uma outra maneira de nos estimular... Acho que é justamente nisso que reside a magia de ser um clown!
Mariquita Porcelana, 19.06.12
É maravilhoso a cada nova atuação perceber o quanto esse projeto me faz tão bem, e que a cada nova atuação o medo e o nervosismo é substituído por ansiedade e muita vontade. Hoje, Mariquita, João Canelão e Franchesca Mil por Hora se divertiram muito, dançaram, cantaram, conversaram, procuraram um leão fugitivo e muito mais . A quadrilha não deu muito certo, mas teve até casamento caipira do João Canelão, com padre, daminhas, testemunha e tudo mais. E mais uma vez uma vozinha me emocionou... no último quarto uma senhorinha super debilitada comprou de mais o nosso jogo, se remexia toda na cama cantando músicas antigas de São João. O quarto todo virou uma farra. Foi uma maravilha! A cada nova atuação me lembro do porque entrei nesse projeto e de como é apaixonante. Eu estou completamente apaixonada por ele! Até a próxima! Bjubju
Bibelô Titchely
E atuar pertinho do São João foi assim como querer fazer uma festa! Muito bom atuar com Lalá e Macaxeira! ^^
O hospital tava tranqüilo, e encontramos pessoas dispostas a entrar no jogo com a gente...
Nesse dia cantamos, dançamos, alguns sorriram, outros choraram... Mas foi fantástico cada olhar e poder contar com as melhores companheiras do mundo...
Diário pequenininho, mas até a próxima. =D
Beijos.
João Canelão, segunda atuação
Diário de bordo da segunda atuação no HUT.
João Canelão
Logo na segunda atuação já estava ansioso para atuar em um lugar diferente, assim que Manú pensou em sugerir atuarmos na emergência topei logo de cara, estava doido pra atuar na emergência. Contudo, aviso logo de antemão que não foi como eu esperava.
Após todo aquele processo de maquiagem e troca de roupa no primeiro andar descemos em rumo à emergência, sala verde, sala amarela. Nina, Bibelô e eu.
Estar disponível. Estar disponível é uma das premissas mais importantes da palhaço terapia, tanto para o palhaço quanto para o paciente, e foi essa a principal diferença que observei entre e enfermaria e a emergência.
Os pacientes da emergência são bem menos disponíveis e compram menos o jogo. Pode parecer um tanto obvio, mas só estando lá para realmente perceber isso.
Logo no começo da atuação isso ficou bastante evidente, parecia que estávamos todos travados e que não conseguíamos colocar nenhuma carta boa no jogo, muito decepcionante para mim. Acredito que essa dificuldade toda foi por causa da falta de estar disponível dos pacientes. É de se entender. Na sala verde e azul, os lugares onde entramos primeiro, é onde podemos encontrar os pacientes que acabaram de dar entrada na unidade, o que os deixa numa situação, maior ainda, de fragilidade.
Também estarei omitindo se não falar dos ótimos momentos que tivemos na sala amarela, onde descobrimos uma diva e tiramos bastantes fotos com ela. E ainda descobrimos um senho que se chamava 'Ai se' , Ai se eu te pego, kkkkkk.
Trocando em miúdos posso dizer que o saldo foi positivo. Acredito que sempre é positivo.
Outra coisa que queria relatar, nesse diário de bordo, é como nós palhaços podemos inibir um ao outro. Incrível. Nunca tive isso tão claro na minha mente quanto agora. Descobri que a afobação ou insegurança podem dificultar bastante uma atuação e comprometer a relação entre todos os palhaços. Em certos momentos me senti completamente inibido, completamente fora do jogo. Bom, mas isso foi bom. Essa percepção me trouxe algo de importante. Me trouxe a consciência de não fazer isso com meus melhores companheiros do mundo, por mais que às vezes acho que estou fazendo.
João Canelão
Logo na segunda atuação já estava ansioso para atuar em um lugar diferente, assim que Manú pensou em sugerir atuarmos na emergência topei logo de cara, estava doido pra atuar na emergência. Contudo, aviso logo de antemão que não foi como eu esperava.
Após todo aquele processo de maquiagem e troca de roupa no primeiro andar descemos em rumo à emergência, sala verde, sala amarela. Nina, Bibelô e eu.
Estar disponível. Estar disponível é uma das premissas mais importantes da palhaço terapia, tanto para o palhaço quanto para o paciente, e foi essa a principal diferença que observei entre e enfermaria e a emergência.
Os pacientes da emergência são bem menos disponíveis e compram menos o jogo. Pode parecer um tanto obvio, mas só estando lá para realmente perceber isso.
Logo no começo da atuação isso ficou bastante evidente, parecia que estávamos todos travados e que não conseguíamos colocar nenhuma carta boa no jogo, muito decepcionante para mim. Acredito que essa dificuldade toda foi por causa da falta de estar disponível dos pacientes. É de se entender. Na sala verde e azul, os lugares onde entramos primeiro, é onde podemos encontrar os pacientes que acabaram de dar entrada na unidade, o que os deixa numa situação, maior ainda, de fragilidade.
Também estarei omitindo se não falar dos ótimos momentos que tivemos na sala amarela, onde descobrimos uma diva e tiramos bastantes fotos com ela. E ainda descobrimos um senho que se chamava 'Ai se' , Ai se eu te pego, kkkkkk.
Trocando em miúdos posso dizer que o saldo foi positivo. Acredito que sempre é positivo.
Outra coisa que queria relatar, nesse diário de bordo, é como nós palhaços podemos inibir um ao outro. Incrível. Nunca tive isso tão claro na minha mente quanto agora. Descobri que a afobação ou insegurança podem dificultar bastante uma atuação e comprometer a relação entre todos os palhaços. Em certos momentos me senti completamente inibido, completamente fora do jogo. Bom, mas isso foi bom. Essa percepção me trouxe algo de importante. Me trouxe a consciência de não fazer isso com meus melhores companheiros do mundo, por mais que às vezes acho que estou fazendo.
Teca Lua Cheia, 1ª atuação no DM
“Why do birds
Suddenly appear?
Everytime you are near
Just like me
They long to be
Close to you”
Close to you – The Carpenters
Curiosidade. Nervosismo. Agonia. Medo, muito medo.
E foi em meio a todos esses sentimentos que eu cheguei ao Hospital Dom Malan para minha primeira atuação lá. Cheguei um pouquinho antes e fiquei ali tentando me familiarizar com o local e tentando enfiar na minha cabeça que eu precisava me acalmar que tudo daria certo. É, eu estava uma pilha de nervos. Logo encontrei com meus companheiros Wagner e Júlia. Fizemos nossos crachás e finalmente fomos nos arrumar. Nossa salinha no DM parece um camarim! Adorei o espelho gigante que temos lá. Vestimos nossas roupas e nos maquiamos. Meu coração batia acelerado, mas eu precisava me acalmar. Wagner colocou capim cubano pra tocar no celular dele, mas aquilo estava fraco pra mim... Não estava dando certo. Até cheguei a achar que eu não conseguiria atuar. Comecei então a me alimentar não pela música, mas pela energia que vinha dos meus companheiros, pela vontade de estar com eles. O barulho dos pés deles no chão, a respiração um pouco mais forte, barulhos dos movimentos que eles faziam. Foi aí que percebi a minha respiração ficando também mais forte, minhas risadinhas... Sim, é disso que eu estou falando! Subi meu nariz e vi meus companheiros já se preparando pra fazer o mesmo. Encontrar aqueles olhares, lindos, vivos, disponíveis, foi encantador. O Zeca Manivela tem uma doçura no olhar e a Juju Danoninho uma disposição, uma disponibilidade que são de deixar qualquer um orgulhoso daqueles dois. E é por isso que hoje eu comecei meu diário de bordo com um trecho da música Close to you, porque era assim mesmo que eu me sentia. Eu queria muito estar com eles, estar perto deles.
Bem, Teca tem uma coisa muito, muito estranha. Percebi nessa atuação que Zeca e Juju viram nela algo parecido com uma galinha. Acho que são os braços dela, que ficam parecendo asinhas?!? Bem, não sei... O que eu sei é que eles precisavam encontrar as primas da Teca, as outras galinhas. Partimos então pra procurar minhas queridas primas que estavam perdidas no hospital. Nessa procura nós encontramos de tudo, menos as galinhas. Encontramos a pequena A.. Uma menina linda e doce com o olhar e sorriso mais fofos desse mundo. Ficamos ali conversando, brincando, e descobrimos que ela era prima do Zeca! Acreditam? Pois é.
Ah, ali mesmo, ao lado da A. tinha outra menina que tinha trancado a boca e perdido a chave. Perguntamos a ela como era a chave e descobrimos, através de gestos, que ela era miudinha, amarela de bolinhas brancas. Partimos então numa busca atrás das galinhas e da chave. Ninguém por ali tinha visto nenhum dos dois. Mas, nós não desistimos.
Nessa nossa procura nós acabamos conhecendo uma senhora que, segundo ela, teve um pintinho. Tentamos dar um nome ao pintinho dela, mas nenhum a agradou. Ok, vamos lá que as galinhas estão soltas por aí e nós precisamos encontra-las!
Conhecemos duas mulheres: uma que estava de alta e a outra de baixa. Não consegui entender muito bem o que aquilo significava, mas a mulher de alta estava muito feliz. Acho que a mulher de baixa também queria ficar de alta. Vai entender... Essas pessoas são realmente muito confusas...
Ah, fizemos amizade com um menino, o V.D. e era incrível que ele tinha uma caixa mágica e era por ali que ele tomava o remédio dele! Conhecemos muitas pessoas, pessoas de todos os tamanhos: pequenininhas, maiorzinhas, grandes... E todas elas muito especiais! Achei mágico ter ido lá hoje. Quero voltar mais vezes!
Um abraço, Teca Lua Cheia.
Suddenly appear?
Everytime you are near
Just like me
They long to be
Close to you”
Close to you – The Carpenters
Curiosidade. Nervosismo. Agonia. Medo, muito medo.
E foi em meio a todos esses sentimentos que eu cheguei ao Hospital Dom Malan para minha primeira atuação lá. Cheguei um pouquinho antes e fiquei ali tentando me familiarizar com o local e tentando enfiar na minha cabeça que eu precisava me acalmar que tudo daria certo. É, eu estava uma pilha de nervos. Logo encontrei com meus companheiros Wagner e Júlia. Fizemos nossos crachás e finalmente fomos nos arrumar. Nossa salinha no DM parece um camarim! Adorei o espelho gigante que temos lá. Vestimos nossas roupas e nos maquiamos. Meu coração batia acelerado, mas eu precisava me acalmar. Wagner colocou capim cubano pra tocar no celular dele, mas aquilo estava fraco pra mim... Não estava dando certo. Até cheguei a achar que eu não conseguiria atuar. Comecei então a me alimentar não pela música, mas pela energia que vinha dos meus companheiros, pela vontade de estar com eles. O barulho dos pés deles no chão, a respiração um pouco mais forte, barulhos dos movimentos que eles faziam. Foi aí que percebi a minha respiração ficando também mais forte, minhas risadinhas... Sim, é disso que eu estou falando! Subi meu nariz e vi meus companheiros já se preparando pra fazer o mesmo. Encontrar aqueles olhares, lindos, vivos, disponíveis, foi encantador. O Zeca Manivela tem uma doçura no olhar e a Juju Danoninho uma disposição, uma disponibilidade que são de deixar qualquer um orgulhoso daqueles dois. E é por isso que hoje eu comecei meu diário de bordo com um trecho da música Close to you, porque era assim mesmo que eu me sentia. Eu queria muito estar com eles, estar perto deles.
Bem, Teca tem uma coisa muito, muito estranha. Percebi nessa atuação que Zeca e Juju viram nela algo parecido com uma galinha. Acho que são os braços dela, que ficam parecendo asinhas?!? Bem, não sei... O que eu sei é que eles precisavam encontrar as primas da Teca, as outras galinhas. Partimos então pra procurar minhas queridas primas que estavam perdidas no hospital. Nessa procura nós encontramos de tudo, menos as galinhas. Encontramos a pequena A.. Uma menina linda e doce com o olhar e sorriso mais fofos desse mundo. Ficamos ali conversando, brincando, e descobrimos que ela era prima do Zeca! Acreditam? Pois é.
Ah, ali mesmo, ao lado da A. tinha outra menina que tinha trancado a boca e perdido a chave. Perguntamos a ela como era a chave e descobrimos, através de gestos, que ela era miudinha, amarela de bolinhas brancas. Partimos então numa busca atrás das galinhas e da chave. Ninguém por ali tinha visto nenhum dos dois. Mas, nós não desistimos.
Nessa nossa procura nós acabamos conhecendo uma senhora que, segundo ela, teve um pintinho. Tentamos dar um nome ao pintinho dela, mas nenhum a agradou. Ok, vamos lá que as galinhas estão soltas por aí e nós precisamos encontra-las!
Conhecemos duas mulheres: uma que estava de alta e a outra de baixa. Não consegui entender muito bem o que aquilo significava, mas a mulher de alta estava muito feliz. Acho que a mulher de baixa também queria ficar de alta. Vai entender... Essas pessoas são realmente muito confusas...
Ah, fizemos amizade com um menino, o V.D. e era incrível que ele tinha uma caixa mágica e era por ali que ele tomava o remédio dele! Conhecemos muitas pessoas, pessoas de todos os tamanhos: pequenininhas, maiorzinhas, grandes... E todas elas muito especiais! Achei mágico ter ido lá hoje. Quero voltar mais vezes!
Um abraço, Teca Lua Cheia.
Juju Danoninho, 6º DB
Querido diário, J
Atuação no DM. Com Rayanna e sua Teca. Novamente vimos Victor Daniel. As semelhanças param por aí. Dessa vez estávamos acompanhadas da melhor companheira do mundo, Sofia e sua Amélia, estava ansiosa, nunca tinha atuada com a Sofia, como seria? Cheias de vontade começamos nosso passeio pelos corredores daquele labirinto (que não sabíamos como iríamos lembrar o caminho de volta), logo encontramos Juliana Paes! Fizemos várias visitas, e até apresentamos um programa de televisão no qual dançávamos para nossos pequenos darem suas notas! Durante essa gravação, conhecemos vários pacientes e suas mamães, como Romério, Ana Claudia, Rayana, Caio (fofíssimo) e Arthur, ah, Arthur, protagonista do momento mais angustiante do dia, ela chorava compulsivamente, sua avó e irmã diziam que era reação a vacina, que era como se os seus músculos tivessem travado, como fazer uma criança de 4 anos (se eu não me engano) entender que vai passar, quando nem adultos aguentam dor? Ficamos lá com ele, tentando acalmá-lo, Amélia já estava quase voltando pra Sofia, então chamamos uma enfermeira para cuidar dele e saímos. Mais a frente encontraríamos novamente Victor Daniel, e como foi difícil e doloroso reconhecê-lo! Aquele garoto de poucas palavras e olhos vidrados no gameboy da semana passada estava hoje assustadorosamente debilitado. E aqueles momentos com ele mexeram com todas nós, especialmente eu e Ray, que o vimos antes. Seguimos, nos sugeriram que dançássemos quadrilha, daí para encontrar um casal disposto a casar na nossa quadrilha foi um pulo, encontramos um casal gentil que casou-se – novamente – sobre as benções de Amélia Ventosa, pediram então que fôssemos ver seu filhinho, que ele precisava da nossa energia, no caminho fui recarregando essa energia pra dar a mais brilhante pra ele, Victor, outro victor. Lá, ele estava na UTI neonatal e a responsável não nos deixou entrar, só o vimos da porta... Poxa, entendo a posição dela, mas deu uma raiva na hora, iria fazer bem pra ele, e mais ainda pra seus pais. Daí partimos de volta à nossa salinha, mas não sem antes encontrar um grupo de idosos e rir bastante com eles.
Espero que aquele ambos os Victor’s e todas as outras crianças fiquem bem, mesmo que 100% seja algo impossível.
Tchau!
Teca Lua Cheia – 3ª atuação no HUT
Hoje eu fico
com a palavra fé.
Hoje eu atuei pela primeira vez com Joaninha Geléia e Mariquita Porcelana. E eu
posso dizer que foi um presente. No início nós nos deparamos com pessoas que
não estavam muito animadas e não compraram muitos jogos. Até chamadas de chatas
nós fomos! Acreditam? Pois é, nem eu acreditei. Mas, tudo bem. Primeiro quarto,
segundo quarto e nada. O jogo continua, vamos lá! Mais energia, mais
disposição, vamos brilhar esse olhar Teca, nada de deixar a energia cair!
E finalmente as coisas começaram a acontecer. Encontramos pessoas mais receptivas e que permitiram que nós nos aproximássemos delas. Foi lindo.
Entramos num quarto que tinha tanta gente que parecia uma festa. Perguntamos se a festa era ali e acreditem, era o aniversário do moço que estava internado. Ah, era só disso que nós precisávamos! Fizemos uma festa de aniversário com direito a parabéns, bolo imaginário, velinhas e tudo mais! Fiquei encantada! Ainda nesse quarto nós dançamos o Tchu Tcha pro nosso aniversariante. Até uma das moças que estava ali com ele veio dançar com a gente. Nós nos divertimos muito! Tentamos também cantar a música das empreguetes. Na verdade, nós fizemos uma verdadeira vitrola: a pessoa pedia a música e a gente cantava. Um verdadeiro show : )
Ah, fomos também a um outro quarto e conhecemos uma senhora, a vovó Ana e ela foi o meu presente da noite. Quando chegamos ela estava tomando uma sopinha que, segundo ela, estava uma delícia! Começamos a conversar com ela e ela contou muitas coisas sobre a vida dela. Nós percebemos que ela queria conversar, que ela queria a gente ali e foi isso que fizemos. Ficamos ali conversando com ela. Confesso que em algumas partes eu não entendi muito bem o que ela disse. Lembro que teve um tal de derrame que ela contou, mas até agora eu não sei se o que ela derramou foi leite, sopa ou água. Tudo bem, outro dia eu pergunto. Vovó Ana segurava uma espécie de colar de contas na mão e ao perguntarmos o que era aquilo ela disse ser um rosário. Aí perguntamos o que a gente fazia com o rosário, ela respondeu que a gente reza. Pedimos a ela pra nos ensinar a rezar e foi o que ela fez! Fizemos uma oração linda com ela: ela ditava e nós repetíamos! Lindo, lindo, lindo!
E é por isso que hoje eu fico com a palavra FÉ.
E finalmente as coisas começaram a acontecer. Encontramos pessoas mais receptivas e que permitiram que nós nos aproximássemos delas. Foi lindo.
Entramos num quarto que tinha tanta gente que parecia uma festa. Perguntamos se a festa era ali e acreditem, era o aniversário do moço que estava internado. Ah, era só disso que nós precisávamos! Fizemos uma festa de aniversário com direito a parabéns, bolo imaginário, velinhas e tudo mais! Fiquei encantada! Ainda nesse quarto nós dançamos o Tchu Tcha pro nosso aniversariante. Até uma das moças que estava ali com ele veio dançar com a gente. Nós nos divertimos muito! Tentamos também cantar a música das empreguetes. Na verdade, nós fizemos uma verdadeira vitrola: a pessoa pedia a música e a gente cantava. Um verdadeiro show : )
Ah, fomos também a um outro quarto e conhecemos uma senhora, a vovó Ana e ela foi o meu presente da noite. Quando chegamos ela estava tomando uma sopinha que, segundo ela, estava uma delícia! Começamos a conversar com ela e ela contou muitas coisas sobre a vida dela. Nós percebemos que ela queria conversar, que ela queria a gente ali e foi isso que fizemos. Ficamos ali conversando com ela. Confesso que em algumas partes eu não entendi muito bem o que ela disse. Lembro que teve um tal de derrame que ela contou, mas até agora eu não sei se o que ela derramou foi leite, sopa ou água. Tudo bem, outro dia eu pergunto. Vovó Ana segurava uma espécie de colar de contas na mão e ao perguntarmos o que era aquilo ela disse ser um rosário. Aí perguntamos o que a gente fazia com o rosário, ela respondeu que a gente reza. Pedimos a ela pra nos ensinar a rezar e foi o que ela fez! Fizemos uma oração linda com ela: ela ditava e nós repetíamos! Lindo, lindo, lindo!
E é por isso que hoje eu fico com a palavra FÉ.
Juvenal Gardenal, Quinta Atuação
Lá estávamos nós, Likita Ratatouille, Franchesca Mil por hora e eu, Juvenal. Ansiosos pela primeira atuação sem o que chamamos de "monitores" - clowns mais experientes. Foi impressionante como, apesar de uma certa dificuldade em lançar jogos, a intervenção atingiu o resultado esperado. Tenho refletido ultimamente e fica cada vez mais óbvio, pelo menos para mim, a importância da alegria como parte do processo terapêutico como um todo. É importante perceber que o acompanhante do paciente faz parte do processo e muitas vezes, nossas atuações tem a função não exatamente de repercurtir no paciente de forma direta, mas de dar um sopro de alívio também nas pessoas que estão lá, acompanhando na convalescença seus parentes e amigos. Percebemos alguns deslizes pontuais. Embora seja fascinante e enriquecedor, é bastante difícil manter o jogo alto e trabalhar constantemente com a criatividade e o improviso. Já perto do fim da atuação desse dia, tivemos a incrível surpresa de nos deparamos com uma sala cheia de velhinhos loucos e sorridentes. Havia um deles lá, conhecido como "foguinho" que certamente eu lembrarei por muito tempo. No mais, tô pronto pra outra.
Juvenal Gardenal
Juvenal Gardenal
Juju Danoninho, Diário 5
Diário de bordo,
Quanto tempo que não me sento para escrever um... Essa pausa nas minhas atuações, somada à estreia no DM e à companhia de excelentes companheiros, Wagner e Ray, me deixou nervosa, será que eu daria conta? Tentei pensar menos e ir, e fui. Andando pelos corredores daquele labirinto fomos encontrado todos os tamanhos de gente, de RN, passando por crianças de todos os tamanhos, até as mamães, recentes e experientes. Algumas foram mais marcantes, assim como minha pisada escorregadia no cocô do corredor. Mas enfim, Eisheila (desconheço a ortografia desse nome) me encantou lindamente, não consigo tirar seus olhinhos brilhantes e seu sorriso sapeca da minha mente, se pudesse teria levado ela pra casa e adotado, hahaha. Mas Amanda e Victor Daniel também foram inesquecíveis, ela com seu jeito doce e animado e ele e aquela fixação no gameboy (me corrijam nerds), que ele e sua mãe dizia ser a cura pra cabeça enquanto ele ficava no hospital. Hoje procuramos galinhas, pintos, chaves amarelas com bolinhas, mas principalmente dar atenção e carinho a todos ali. Foi incrível gente! Obrigada!
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Teca Lua Cheia – 2ª atuação no HUT
Hoje a
atuação foi bem diferente. Diferente em muitos aspectos: alguns bons e outros
não tão bons assim. Estávamos eu, Chiquita Furacão, Lisbela Duracell, Xena
Macaxeira e Franchesca Mil por Hora. Fomos para o repouso juntas e começamos a
nos arrumar. Fomos embaladas pelas enfermeiras super fofas que cantaram um TCHU
TCHÁ mega animado pra gente! O clima estava ótimo!
Eu confesso que estava um pouco tensa, pois seria a primeira vez que eu atuaria sem monitor e seria também a primeira vez que atuaria só com a Chiquita Furacão. Como sempre, nos instantes antes da magia começar eu tenho que dar um chega pra lá na Rayanna pra evitar que ela atrapalhe a Teca Lua Cheia. E foi o que eu fiz. Me concentrei, fiquei atenta e me entreguei ao jogo. Chiquita estava linda e ela foi sim a minha melhor companheira do mundo. No início nós estávamos um pouco retraídas e inseguras, mas o jogo foi surgindo lindamente e quando eu vi nós já estávamos com uma sintonia incrível.
No início nós pegamos a nossa nave espacial e chegamos num planeta totalmente desconhecido: o planeta cama! Cama? Sim, o nome do planeta era esse mesmo, porque ali todo mundo só fazia dormir. Lembro que visitamos também os planetas Cadeira/Ar e o planeta (pera, esqueci o nome, vou colar da minha querida companheira Chiquita Furacão, que já fez o diário dela :D. Voltando...) como eu disse, o planeta Que-Um. Depois de muito explorar no planeta Cadeira/Ar nós encontramos com o Caetano Veloso e fizemos uma apresentação de primeira: eu no vocal e Chiquita e um habitante “camáquio” como dançarinos. Nós fomos tão bem que até o Caetano aprovou! Ficamos tão animadas com a ideia do sucesso que precisávamos de um produtor musical e de um assistente de luz para o nosso próximo show e foi assim que fomos ao outro planeta procurar por eles. Chegando lá nós, infelizmente, não conseguimos nossos produtores. Bem, eles que perderam, pois se nós tivéssemos a chance que precisávamos eu e Chiquita estaríamos bombando nas paradas do sucesso nesse exato momento.
Como eu disse no início do post, alguns momentos não foram tão bons assim. Eu explico. Chegamos ao último planeta e conhecemos a Daiane dos Santos e estávamos super empolgadas com ela, que dava umas risadinhas tímidas. Mas, o pai da Daiane tinha saído da UTI naquele dia e tinha que ficar de repouso, deitado. Só que ele ficou agitado, nervoso e eu e Chiquita tentamos acalmá-lo, mas nada dava certo. Percebemos que Daiane foi ficando aflita e foi aí que nós descemos os nossos narizes, porque já não éramos mais Teca e Chiquita, éramos Rayanna e Talita super preocupadas. Talita ficou tentando acalmar o senhor e eu fui atrás da enfermeira, que foi olhá-lo e conversar com ele. Quando percebemos que ele se acalmou nós saímos de lá. Mas, caramba, eu estava muito muito triste. Isso nunca tinha acontecido antes. Quando chegamos ao repouso nós encontramos nossas companheiras que estavam com uma energia altíssima e com um jogo lindo. A energia delas acabou passando pra gente e VOILA, lá estávamos de novo: Chiquita e Teca! Foi muito bom porque eu tive a oportunidade de atuar com Xena e Franchesca. Entramos num quarto e conhecemos o Luiz Gonzaga. Arrumamos um forrozinho delícia ali e o Luiz Gonzaga cantou que era uma beleza! Foi nesse quarto também que conheci o seu F. e jogamos assim, quietinhos, com olhos abertos – olhos fechados. E ele se escondendo embaixo do lençol. Foi lindo demais!
Nesse dia eu percebi que tudo é questão de entrega. É o quanto você se dá, o quanto você fica disponível que define como será o seu jogo. Obrigada minhas companheiras por terem sido as melhores do mundo!
Eu confesso que estava um pouco tensa, pois seria a primeira vez que eu atuaria sem monitor e seria também a primeira vez que atuaria só com a Chiquita Furacão. Como sempre, nos instantes antes da magia começar eu tenho que dar um chega pra lá na Rayanna pra evitar que ela atrapalhe a Teca Lua Cheia. E foi o que eu fiz. Me concentrei, fiquei atenta e me entreguei ao jogo. Chiquita estava linda e ela foi sim a minha melhor companheira do mundo. No início nós estávamos um pouco retraídas e inseguras, mas o jogo foi surgindo lindamente e quando eu vi nós já estávamos com uma sintonia incrível.
No início nós pegamos a nossa nave espacial e chegamos num planeta totalmente desconhecido: o planeta cama! Cama? Sim, o nome do planeta era esse mesmo, porque ali todo mundo só fazia dormir. Lembro que visitamos também os planetas Cadeira/Ar e o planeta (pera, esqueci o nome, vou colar da minha querida companheira Chiquita Furacão, que já fez o diário dela :D. Voltando...) como eu disse, o planeta Que-Um. Depois de muito explorar no planeta Cadeira/Ar nós encontramos com o Caetano Veloso e fizemos uma apresentação de primeira: eu no vocal e Chiquita e um habitante “camáquio” como dançarinos. Nós fomos tão bem que até o Caetano aprovou! Ficamos tão animadas com a ideia do sucesso que precisávamos de um produtor musical e de um assistente de luz para o nosso próximo show e foi assim que fomos ao outro planeta procurar por eles. Chegando lá nós, infelizmente, não conseguimos nossos produtores. Bem, eles que perderam, pois se nós tivéssemos a chance que precisávamos eu e Chiquita estaríamos bombando nas paradas do sucesso nesse exato momento.
Como eu disse no início do post, alguns momentos não foram tão bons assim. Eu explico. Chegamos ao último planeta e conhecemos a Daiane dos Santos e estávamos super empolgadas com ela, que dava umas risadinhas tímidas. Mas, o pai da Daiane tinha saído da UTI naquele dia e tinha que ficar de repouso, deitado. Só que ele ficou agitado, nervoso e eu e Chiquita tentamos acalmá-lo, mas nada dava certo. Percebemos que Daiane foi ficando aflita e foi aí que nós descemos os nossos narizes, porque já não éramos mais Teca e Chiquita, éramos Rayanna e Talita super preocupadas. Talita ficou tentando acalmar o senhor e eu fui atrás da enfermeira, que foi olhá-lo e conversar com ele. Quando percebemos que ele se acalmou nós saímos de lá. Mas, caramba, eu estava muito muito triste. Isso nunca tinha acontecido antes. Quando chegamos ao repouso nós encontramos nossas companheiras que estavam com uma energia altíssima e com um jogo lindo. A energia delas acabou passando pra gente e VOILA, lá estávamos de novo: Chiquita e Teca! Foi muito bom porque eu tive a oportunidade de atuar com Xena e Franchesca. Entramos num quarto e conhecemos o Luiz Gonzaga. Arrumamos um forrozinho delícia ali e o Luiz Gonzaga cantou que era uma beleza! Foi nesse quarto também que conheci o seu F. e jogamos assim, quietinhos, com olhos abertos – olhos fechados. E ele se escondendo embaixo do lençol. Foi lindo demais!
Nesse dia eu percebi que tudo é questão de entrega. É o quanto você se dá, o quanto você fica disponível que define como será o seu jogo. Obrigada minhas companheiras por terem sido as melhores do mundo!
sábado, 9 de junho de 2012
Lisbela Duracell, 22-05-2012
Bom, foi o jeito juntar todo mundo. E nem som tínhamos. Foi o jeito pedir ajuda as meninas que estavam no quarto, umas enfermeiras e técnicas. Começaram com “eu quero tchu, eu quero tcha”, mas como só lembravam-se dessa parte, repetiram várias vezes, muito solidárias ao nosso jogo. Umas fofuras!!
Dividimos as equipes: Lisbela, Xena e Franchesca para a direita e Teca e Chiquita para a esquerda e no segundo andar, massssssss as meninas estavam descendo e nos convidaram... Fomos, feito sardinhas... chegamos ao primeiro andar, dividimo-nos, e fomos seguindo os estímulos. Umas pessoas sentadas no corredor, de quartos diferentes, observando o tempo passar, uma senhorinha que contava carneirinhos para dormir, e na porta de um dos quartos, uma menina observando o “movimento”. Chegamos para conversar com ela. Ela era de uma tribo muito distante e já tinha uns três filhos de nomes interessantes. Na tribo “isolada” estava a chefe da tribo, a mãe dela. De repente entrou lá uma enfermeira e logo perguntei se também podíamos entrar. A enfermeira apontou para o acessório que nos faltava: uma máscara!! Ahhhh, FÁCIL!... fomos em outro setor e pedimos três máscaras e ENTRAMOS NA SALA. Que delícia!! A menina da tribo entrou com a gente e encontramos uma senhorinha linda com dificuldades para “cagar”. Tivemos a oportunidade de conhecer várias receitas que prendem e outras que soltam e como fazer e o que ela estava tomando e que dia ela iria ao banheiro... isto mesmo, muita intimidade.
Saímos de lá quase fedendo.
E não sei como, chegamos ao segundo andar... Fomos entrando na sala, mas, de repente, sai daquela porta maravilhosa, carregando uma senhorinha, um artista de cinema. Só podia ser artista. Menina, que menino bonito. Fui entrando na sala e encontrei com Rayanna e Talita(não lembro se Lorena e Priscila, porque elas tinham acabado de chegar comigo), massss, ohhhhhhhhhhhhhhhhhh, tão bonito, ohhhhhhhhh, vamos lá, vamos, ohhhhhhhhhhh, todo mundo quer ver a gente, ohhhhhhhhhhhh, vamos, vamos... Ia e voltava várias vezes, coletando impressões do “corredor”, seguindo aquele homem bonito e voltava para ver no quarto a situação. Voltaram! Teca e Chiquita, de volta. Massa!! Muito bom!! Dessa vez a equipe se dividiu de forma diferente. E não lembro muito do que aconteceu. Não entramos em muitos quartos. Mas em um dos que entrei encontrei um senhor que já tinha conhecido em outra situação. Um homem de pouquíssimas palavras, mas apaixonado por elas em espanhol. Ele não estava melhor. (Impressões de Ana). Quando percebi que isso estava acontecendo (Ana “atrapalhando” ou “influenciando” Lisbela), o transporte ia saindo e fomos embora...
Agradeci as meninas por terem voltado. Ainda não tinha experimentado voltar depois de fechar o trabalho dentro de uma atuação e elas, companheiras lindas, contagiaram-se com minha vontade e fizeram jogos belíssimos. Muito solidárias.
Obrigada! Obrigada! Obrigada! Obrigada!
Lisbela Duracell, 12-05-2012
Hoje o dia não estava fácil. Meus pais chegaram à cidade e geralmente evito sair “agradecendo” a vinda deles. Mas eles tinham vindo sem aviso prévio e eu tinha marcado alguns compromissos. Uma reunião do mov. Estudantil às 15 e atuação da palhaço às 13h( por ordem de marcação). À manhã passei com meu pai em uma clínica de ortopedia. Não estava super feliz. E acabei chegando ao hospital levemente atrasada, levando comigo as maquiagens. Bom, a participação de Zeca não tinha sido previamente planejada, mas agradeci por ele estar lá. Ele lá, eu não precisaria atuar. Masssssssssss, Pinik não me deixou sair. Muito fofinhaaa, minha companheira linda.
Foi uma de minhas melhores atuações junto com Pinik. Acontecia cada coisa que nem acreditávamos nas coisas feitas, em como foram feitas ou de como foram ditas... ríamos, simplesmente. Muitas vezes. Seguíamos todos os estímulos e eles iam crescendo, ficando enormes. Linda, linda, linda minha companheira. Encontrar com Zeca e/ou Zé era um presente.
E uma das maiores delícias foi atuar com o pessoal da limpeza. Envolver as pessoas. Encontrar lá a “de menor” e tantos outros em momentos íntimos com a privada. Ao ponto de eles oferecem suco para facilitar o processo...
Foi difícil ir embora.
Lisbela Duracell, 10-05-2012
Tínhamos que enfrentar algumas armadilhas da imperfeição: Amélia precisava voltar cedo para casa e Xena estava começando a enfrentar um senhor vírus. Massssss, estávamos lá e prontas. Lembro de dois quartos de forma especial... o primeiro era o quarto do Seu ET(pela intimidade)... e a melhor parte é a boa recepção: “Vocês de novo?? Vão embora!!”. Um fofinho. A gente responde: “É claro que não... soubemos que você não se alimentou direito hoje”. Xena Macaxeira era a novidade. Eles estavam encantados com a beleza dela.
Outra novidade super doce: o vizinho de seu ET, o cara da ópera que tínhamos tentado acalmar outro dia, estava tranquilo, sem amarras, falando e disse que lembrava da gente, que lembrava de quando estávamos cantando pra ele. E tinha outro vizinho, um senhorzinho agora fazia companhia para Seu ET. Uma fofura. Reclamava de dores em todo canto. Não tinha um dente na boca. Conversei durante um tempo com ele. Depois Xena foi conversar com ele. Menina, quase choro de rir quando ela me contou o que aconteceu. Ela começou um jogo de beijos postais e mandava beijinhos para o senhor e ele mandava de volta. Só que numa dessas cartas ele mandou uma surpresinha... Sabe aquelas mulheres das arábias que ficam cantando uma musica, movendo a língua, mas escondendo isso com a mão?? O senhorzinho mandou um desses pra ela, sem a mão na frente... Que safadeza... Que orgulho também... ela se saiu direitinho, ou seja, criou um jogo e se afastou.
Bom, depois desse tem o último quarto. O cheiro estava bastante “forte”. Tinha três leitos ocupados. Um senhor estava na porta e nos recepcionou pedindo que víssemos o filho dele na cama. O menino não respondia a muitos estímulos. O pai precisava mais. E foi pra ele a atenção. O rapaz do lado tinha o mesmo nome do menino na cama, então era o mesmo pai... “pedimos” que trocassem uns “eu te amo, pai” e um “eu te amo, filho”...
Na frente um outro rapaz, um gênio em informática. Monstrinho. Parente de Carmem Miranda, mas nas queria demonstrar a veia artística e nem deu o endereço da loja dele para levar meu PC para consertar, mas um gênio em consertos...
Nesse último quarto, um problema... Sofia começou a atrapalhar Amélia e Xena sem conseguir respirar direito. Fiquei um pouco só. Era hora do ônibus passar. Aliás, já tinha passado muito da hora...
Lisbela Duracell, 05-05-2012
Sabemos: muitas pessoas, muitos estímulos, mas Miojita se esqueceu de dividir o grupo e me pediu uma ajudinha... de boa!! Lisbela e Flavoca e Miojita, Valesca e Nana e nos corredores, alimentação do olhar do grupo inteiro... lado direito e lado esquerdo: começamos: conhecemos muitas pessoas lindas e no corredor a equipe se reuniu em torno da causa de um dos viajantes do lado esquerdo.
Um dos senhores queria uma manga. Não comia direito a 11 dias e queria muito, muito, muito uma manga madura. Era o que ele mais queria. Encontrei Miojita sensibilizada conversando com uma das enfermeiras. Elas estavam consultando o prontuário para saber se ele podia comer manga. Ohhh, ele não podia. Mas ela disse que ele podia comer laranja. Miojita e Valesca foram correndo saber se ele queria laranja. Bom, não era uma manga, mas dava, ele aceitava. A enfermeira escreveu uma carta para o pessoal da distribuição de laranjas e o grupo inteiro assumiu a missão... fomos a cantina procurar laranjas em pleno horário do almoço. Não comentando todos os estímulos respondidos, pegamos a fila, um prato, uma faca, entregamos o bilhetinho, e pegamos três laranjas. Reunimos o grupo e voltamos para o quarto. Advinha quem queria havia pedido a manga e iria receber as laranjas... SEU ETVALDO...
Eu estava emocionada. Uma das mais lindas atuações. Tive oportunidades antes e de várias formas respondi, mas pela primeira vez, de forma visível, fomos contrários à inércia das situações, a comodidade da rotina. No outro dia ele recebeu a visita de uma nutricionista do hospital.
Lisbela Duracell, 12-03-2012
Nina, nem sei se lembra mais dessa atuação. Muitas pessoas lindas.
E o grande presente de atuar com você ou tê-la por perto organizando ou sonhando com alguma coisa.
Mas, de vez em quando, por algum motivo, pessoas que gostamos muito tem que ir embora. E pegar aquele velho ônibus, ou avião, ou trem, ou disco voador ou algum outro meio clownesco tão verdadeiro quanto um olhar.
Espero nos reencontrarmos muito em breve e continuarmos construindo muitas coisas juntas. Admiro muito você e aprendi muito.
Beijo Gigante
Abraço Gigante
Saudade Gigante
Boa Sorte, minha querida.
Lisbela Duracell
Ana Vitória Medeiros
Lisbela Duracell, 03-05-2012
Eu confesso que estava nervosa. Com um medo retado de Ana atrapalhar Lisbela. As meninas tinham criado uma expectativa enorme para a “primeira vez” no hospital e eu como “monitora”. E apesar de contabilizar todas as variáveis que podem influenciar nesse momento, como a falta de receptividade, a falta de abertura, a possível não disponibilidade delas ou minha ou do pessoal nos leitos e corredores e enfermaria, eu tinha tomado para mim a responsabilidade de ser muito bom, de segurar o jogo, de ser o melhor possível para que elas soubessem o quanto são boas, lindonas. E elas me impressionaram. Eu era a mãe orgulhosa. Acho que assumi isso fora do clown também, com todos eles. Assumi um cuidado com essa “primeira vez” de vários grupos e compartilhando dessa preocupação com outros monitores.
Foi uma noite de poucos quartos. Foi uma noite de muita dedicação. No primeiro, encontramos uma mulher que queria doces, outra que tinha doces, outra que queria frango assado e muitas marmitas com sopa. Nesse dia o hotel estava com um péssimo atendimento. Colhemos as queixas e nos comprometemos a falar com o pessoal do cardápio.
Nessa procura continuou no outro quarto. Encontramos um cara muito massa. Comprava e fazia muitos jogos. Se não me engano eram três “leitos”: no primeiro tinha um senhor com as pernas muito, muito, ABERTAS, coberto com um lençol branco fino. Estava ao lado da esposa. Lógico que comentamos sobre esse sistema de ventilação das partes. Ainda chegou lá o médico falando com ele. Tirei onda sobre o sistema com o médico que entrou no jogo. Menina, pintei. Ainda subi numa escadinha que tinha do lado, e fiquei falando sobre isso de lá de cima. Muito bom. [Gente, aos que não sabem, tenho miopia e astigmatismo, ou seja, não enxergo muito bem de longe, ou seja de novo, não tenho a menor ideia se a pessoa esta dormindo ou acordada. Conto sempre com minhas companheiras(os) ou tenho que ir bem perto – invento um jogo para essa aproximação também. Por que explicar tudo isso?? Bom, o senhor das pernas abertas estava nu por baixo do lençol e de acordo com minhas companheiras que comentaram sobre isso depois, dava pra ver tudo... EU NÃO VI NADAAAAA!! Imagine minha gente, estou falando para todos os companheiros, tem que salvar o amiguinho numa situação dessas. Claro que não aconteceu nada de grave e possivelmente inventaríamos um jogo caso houvesse, mas temos que ter cuidado...] O vizinho dele estava de turbante e era o cara de vários jogos. Muitas risadas, mas tive que engravidar de uma criança quadrada e minhas amigas lindas encararam a realidade da pouca beleza (brincadeirinha dele). Os jogos nos levaram para o terceiro vizinho, numa noite não muito boa. Me mandou ver se ele estava na esquina. Eu fui para a esquina, mas ele não estava lá. Eu avise, mas ele não acreditou. De boa, muito pouca fé.
Fomos para o quarto da ópera. Foi lindo. Tinha uma mulher sentadinha de costas para a porta, fazendo a unha do marido que estava deitadão lá, na maior. Cheguei quietinha, silenciosamente e fiquei paradinha. Quando ela olhou para o lado e viu meu rosto tão perto, levou um susto e caiu na risada. Eu confesso, eu também não resisti. Olhamos para o lado e tinha uma menina deitada em um colchão no chão, lendo... Responsável pela manutenção da produção cultural do quarto. Do lado, um rapaz amarrado e falando com ele o acompanhante. O rapaz estava angustiado e gritava muito. Para acalmá-lo começamos a cantar canções de ninar:
- “Boi, boi, boi, boi da cara preta...”
- “NÃO”
- Beleza. “Durma medo meu [...]”
- “NÃO”
- Beleza. Lançamos um pagodão no ritmo de canção de ninar... a galera deu muita risada.
Ele se acalmou um pouco e fomos conhecer o outro do quarto. Quando entramos ele estava se escondeu com um paninho no rosto. Só que muitas pessoas no quarto sinalizavam que ele é que estava precisando. Fantástico! Foi um presente, literalmente. Seu Etvaldo (estou divulgando com autorização dele) comprou muito os jogos e de forma muito bela. Até Lorena que estava paradinha na porta entrou no jogo. Um doce. Tínhamos excedido no horário e entrou no quarto Pinic, Likita e Zé avisando que o ônibus estava de saída... tínhamos que ir, só tínhamos um passe naquela noite. Massssssssssssssss, no meio do caminho de volta, encontrei um carrinho daqueles que carregam alimentos ou que apoia um suporte que apoia os alimentos ou lençóis e um rapaz do lado dele. Olhei para o rapaz, olhei para o carrinho, olhei para o rapaz. Ele olhou para o carrinho, olhou para mim, olhou para o carrinho e olhou pra mim e fez um “sim” com a cabeça. Não acreditei: ele permitiu que eu subisse no carrinho e começou a puxar o carrinho e me carregar pelo corredor. Meus companheiros vinham atrás... o rapaz fez uma curva lá na ponta e voltou na intenção de entrar no elevador. Perguntei se podia. Ele: pode!!. Continuei no carrinho e o rapaz, eu e meus companheiros descemos para o primeiro andar. FANTÁSTICOOOOOOO!!!
Sai preenchida. Muito injusto isso: recebi muito mais do que dei. Mas como foi belo estar com vocês meninas e estar com todos eles, nos mais diversos estados de disponibilidade.
Acho que, missão cumprida.
Lisbela Duracell, 28-04-2012
Conversei com minha mãe uma semana antes. Avisei que o grupo iria atuar no centro de Petrolina, no sábado, e que tinha oferecido o apartamento para a organização. Coisa simples, mãe: o pessoal chega, toma um leve café da manhã, troca de roupa, prepara a maquiagem, o nariz e toma as ruas. Minha mãe: “tudo bem”. Fui dormir por volta de 4h da manhã na sexta. Lembrei que tinha avisado a quem tivesse dúvida em relação ao figurino que poderia chegar mais cedo e tal, às 7h. JESUS!!! Acordei 7h da manhã torcendo pra que ninguém tivesse dúvida. Às 8h o pessoal começou a chegar, a conta gotas, risos e conversas pela sala. Uma média de 30 pessoas entre clowns e fotógrafos e amigos e família. Menina, a sala, o quarto, a cozinha, o banheiro pequenininhos ficaram ENOOOOOOOOOOOOOOOOOORMES, GIGANTESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSCOS, UMAS VALAS. Até dei uma olhadinha pra ver se enxergava o OOOCUSPORCU-US por lá. E a graça é que a síndica mora no apartamento de cima e não fizemos questão de limitar sons. Sem sincronia ou ensaio, o pessoal ia se distribuindo entre as atividades. Adorei tanta gente no apartamento. Adorei tanta gente que gosto tanto em minha casa. Estava muuuito feliz. Pouco a pouco foram subindo a máscara e encontrando o outro, alimentando-se no olhar do outro. Foi dada a largada. Lindos, coloridos, fantásticos. Desceram as escadas e encontraram Seu Zé, o porteiro. Como abraçaram Seu Zé... E tantos outros Zés que iam encontrando, conquistados de formas diferentes. E com abraços diferentes. Abraço com os olhos, abraços com os braços, abraços com as mãos, abraços com as palavras, abraços com os sorrisos, abraços com o silêncio. Pouco a pouco fomos relembrando aos novos a importância do caminho e de estar próximo ao melhor companheiro do mundo. A importância da verdade e a beleza, o encantamento do encontro. Pouco a pouco as ruas foram ficando bem pequenas.
E sabe uma coisa interessante ou intrigante: pessoas agradecendo por compartilharem um abraço ou ressaltando a importância de um projeto que promove esse tipo de “ação”. Continuem fazendo isso e tal. Continuem humanizando os espaços, sensibilizando as pessoas. É triste reconhecer que durante o dia-a-dia corremos tanto que não temos tempo para ver as pessoas, as que estudam com a gente, as que trabalham com a gente, as que vivem com a gente, as que passam na rua, as que moram na rua. Corremos tanto a ponto de não perceber o quanto elas são importantes ou estão precisando de ajuda. Tem um texto de Fernando Sabino em que ele diz o seguinte: “Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo. Um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar (...). Passam e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.” Acho que com todas essas “possibilidades” de encontro, o “ABRAÇO GRÁTIS” serve-se de muito mais simbolismo, de um alerta geral para a cegueira pública, humana, desumana, que pouco a pouco, com justificativas superficiais, ignoram o que realmente é importante na vida, o que vale a pena.
Lisbela Duracell, 24-04-2012
Um dia emocionante... na tentativa de aplicar o que tínhamos aprendido na última oficina e no mesmo nervosismo e ansiedade de sempre. Estavam lá, jarras cheias e completo vazio, minhas companheiras lindas. Nem lembro a ordem dos quartos. Nem sei direito como descrever a senhora “pato”. Quando chegamos ela estava sentadinha na cama e segurando uma máscara de oxigênio. Ela começou a tentar falar e Pinik disse que parecia um pato... Menina, para quê?? Miojita se agarrou àquilo e começou a se comunicar com a senhorinha na linguagem dela. Mio falava “Quên” e a senhorinha respondia “quên”, arriscamos um “quên, quên”, a senhorinha respondia “quên, quên”. ‘Quên, quên, quên, quên, qua, quên?”, ela: “aí não dá não”... Meu irmão, RISOS, encontramos o riso e continuamos o “quênquên” com outras pessoas do quarto que também compraram o jogo. Uma Delícia!!
Nesse mesmo ambiente conhecemos a dona de uma discoteca inteira: o celular dela, quando tocava, acendia um milhão de luzes... O que tínhamos que fazer?? Ligar para o celular!! Começamos a campanha para que ligassem para o celular para que acendessem as luzes e para que todos dançassem com a música. Numa dessas, me preparei demais e exagerei na dose... dei um grito quando o celular começou a tocar. Foi mal. Queria tanto, tanto, tanto que ele tocasse que quando tocou “fui a 1000%”. Infelizmente uma das senhorinhas do quarto se incomodou e pediu que voltássemos depois. Foi triste” Tudo bem, minhas companheiras seguraram a onda.
Já em outro ambiente, conhecemos o cara mais culto daquele lugar, com um livro em punho e uma plateia. Era também um homem de pouquíssimas palavras. Seu vizinho de quarto era um mágico. Fascinante. De truques interessantíssimos. Ele simplesmente colocava um líquido dentro de um recipiente (uma seringa) e o fazia sumir pelo canudinho. Simplesmente fascinante!
Logo depois, senhores que grandes conhecimentos na área de danças... Nem lembro mais o nome daqueles ritmos e gestos, mas nós nos tornamos especialistas.
De repente Miojita encontra uma carta de amor, em várias línguas. A dona era muito bonita e o amor dela um rapaz muuuuuuuito apaixonado. Nem a mulher das arábias conseguiu ler determinados trechos da carta. Coisa linda.
Foi nessa que encontramos uma dupla de cantores mudos. Maravilhosos... Tinhas pulseiras lindas, da última moda. Eu, Miojita e Pinic começamos a dançar por toda a sala. Impressionante: e naquele passo de dança mais MAIS o sapato APREGA no chão. Bonito! Coisa bonita! O que a gente faz? Descola o pé, cola novamente, descola e cola e escuta a música... MASSA.
Nesse clima entramos no quarto da frente e imediatamente fomos expulsas... De boa, respeitamos também, ela queria o silêncio...
Outro quarto, a menina da “playboy”, quanto potencial. Mas a melhor parte, a boate... O que é preciso: um amigo, um interruptor de luz, uma lâmpada no bocal, um ou dois melhores companheiros do mundo inteiro e muita vontade... UM SHOW!!!
E advinha quem pede pra gente voltar: a menina que tinha mandado a gente sair do quarto... muito fofinha... Voltamos, afinal, pra amor, carinho, atenção, somos fáceis, vamos fácil...
E lembra daquela coisa que apregou no sapato e fizemos música?? Era vômito!!! Tão legal...
Queria agradecer muitão a Rayanna e Dayane que nos acompanharam nesse lindo dia. Obrigada meninas. Vocês foram super gentis.
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