domingo, 31 de maio de 2015

Romeu Cuscuz, HUT, 26/05/2015


Diário,

O que falar desta última atuação?

Fui com Linguita, somente ela e eu..

Somos novinhos neste ramo de clown. E por incrível que pareça, por mais “diferente” ou “estranho” que possa parecer, não estava nervoso. Me sentia mais do que preparado. Aliás, sabia que já estava preparado. Não sei o motivo disto, só sei que estava de pleno coração alí. E o mais incrível. Estava sem o meu nariz. Havia o deixado em casa, na gaveta. Porém, muito diferente dele, meu coração estava exposto e o amor aflorado dele estava me vestindo completamente.

A atuação foi MARAVILHOSA. Conversamos com Paula, uma administradora de papeis administrativos que são administrados por ela. Paula aprendeu o significado de “paulatinamente” comigo e ensinou-me a não esquecer de buscar um significado maior nas situações que ocorrem em nossas vidas, seja na busca de uma divindade ou até mesmo de uma racionalidade.

Assim, após achar que o dia finalmente já tinha valido a pena, me deparo com uma senhora no corredor. Linguita e eu, eu e linguita fomos compenetrados por aquele olhar caridoso, que nos agradeceu a presença e nos proporcionou um amor que há tempos não recebia.

O dia de hoje foi espetacular, me livrei de minha preocupação com a ferramenta que entorna meu braço esquerdo e me mostra as horas, porque esta atuação me fez ganhar mais horas em minha vida.

Agradeço a Linguita dos Queixos por ter sido minha melhor companheira do mundo.

Toda a energia do mundo para quem estiver lendo isso!

Um grande beijo no coração,

Romeu Cuscuz (O eterno corintiano).

Hahahahaha =)

Creusa Carnaval - Maternidade 16.05.2015

Maternidade de Juazeiro- 16/05 (Observadora).

Era mais um sábado!  Daqueles que te enchem os olhos por poder observar a beleza daquilo que você também faz e todos falam. Essa era minha expectativa,  mas elas foram superadas.  Observar talvez seja o verbo mais essencial dessa caminhada, mesmo que até então eu n tivesse enxergado aquilo. Observando enxerguei o brilho de alguns aos nossos encontros e em outros o pedido de deixa-los quetinhos. Além disso, a inocência de outros que tentavam explicar de onde vinham os bebês (kkkkk). Eu vi gente rindo, agradecendo,  pedindo para aquele momento durar mais um pouco; vi tb o sorriso de quem mesmo sem participar estava feliz só em ver aquele movimento com nariz vermelho na maternidade.  É de encher os olhos, o coração e revigorar a vontade.

João Negresco HUT 29/05/2015

As vezes tudo o que precisamos é  de ser escutado. Sem jogos, sem palhaçada, sem grandes expectativas. Apenas ser escutado.
Quando você percebe que ser branco vazio é estar disponível para o outro e acolher a história de vida que esse outro tem para ofertar.

academia - o caminhoneiro 

No quarto geladinho, o srº que escultamos dizer "academia" partilhou com os palhaços toda sua vida, ele precisava apenas ser escutado e desabafar com alguém, a indignação com serviço da equipe de enfermagem, conversar sobre seu trabalho dirigindo em várias estradas do Brasil e sobre suas milhares de fotos (selfies, pôr do sol, estradas esburacadas, floresta amazônica...) além de sua ex-esposa, a única pessoa que ele tinha na vida e que veio acompanhá-lo na estadia do hotel belvedere.

P.S.: "tu se torna eternamente responsável por aquilo que cativas"

sábado, 30 de maio de 2015

Miguel Céu Aberto - Atuação no Traumas em 26/05/2015

Bem, neste dia experimentei um modo de atuação nova, só de duas pessoas. Eu e minha melhor comnheira do mundo, Débora. Para começar, um detalhe muito importante, já estou conseguindo me maquear sozinho. 

Começamos calmamente, conforme a energia suibia, a "zoeira" começava.

Miguel esinou a abraçar, onde primeiro, nos abaixamos para ficar no mesmo nível da da pessoa, depois (muito importante essa parte) estenda a perna para lado. Com o braço direito, execute um movimento circular em direção ao abraçado, depois faço o mesmo com o outro braço. Por fim, agora é só fechar os olhinhos e sentir o abraçado.

Miguel largou seu encanto, encantou e foi encantado. Não demorou muito, e estava até jogando capoeria, tanto que só faltou rolar no chão do hospital, ou melhor, não faltou. Não demerou muito, e pessoas já se aglomeravam nos corredores, quase uma platéia.

Não deixamos ser apenas uma platéia, fomos até eles, e tornamos a platéia parte do "espetáculo". Aos pucos a "zueria" foi baixando, já estava na hora de deixar lembranças e saudades. Saudades de momentos únicos que aconteceram, assim como outros continuaram a acontecer.


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Gina Orangina, HUT, 29.05.2015

Eu não poderia deixar de escrever imediatamente sobre como hoje foi lindo pra mim, porque de certa forma, eu quero guardar uma recordação do quanto esses momentos me tocam. Hoje foi um dia que me fez crescer como humana, me fez enxergar que a vida, apesar de ter o seu lado ruim e o seu lado bom, pra quê que a gente tem que se apegar só com esse lado meio tortinho e manco, essa coisa falha de pôr pessimismo em tudo?(a gente precisa mesmo fazer isso?) A vida é passageira, é um ensinamento diário. Foi isso! Foi justamente isso que o senhor Valdomiro me ensinou! Após passar por 29 choques cardiopulmonares na sala da UTI, colocar um marca-passo, experimentar o lado ruim... Ele me ensinou que o segredo da vida é enxergar as coisas com o coração. Surgiu de mansinho, chamando a mim e aos meus melhores companheiros do mundo: “vamos ao 109, quero que conheçam onde eu resido, moro lá agora”. Ah, como me conquistou! A acompanhante colocou um forró, e o quarto de repente se transformou numa festa junina, uma vaquejada, não sei... Uma festa. Foi tudo um passo de dança. Parece que a musica estava presente em todo o hospital. Cheguei como quem não queria nada e disse: “vamos dançar?” e insisti nisso. Sr. Valdomiro cedeu. Dançamos muito! Sancho e Toquinho também encontraram seus pares. Foi tudo lindo. Subi minha energia (que está alta até agora). Cada dia que passa, tenho um novo ensinamento (obrigada, obrigada por isso UPI). Por fim: “os que passam por nós, não vão sós, deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”, você ficou em mim Sr. Valdomiro. Valeu!

Rosinha dos Retalhos - M. de Juazeiro, 25.05.2015

Hoje decidi que estava na hora da Vanda e Juju aturem sem a “monitora”. Vanda parece que já estava sentido o que ia acontecer e pediu para observar, mas realmente sentia que estava no momento certo para elas e insisti que elas atuações sem mim. Quando dei a notícia houve contestação, lembrei de quando fui eu que recebi essa noticia, da minha monitora Ray, e eu e Karol quase saímos correndo do hospital, morrendo de medo, desse branco vazio sem o auxílio da experiência da monitora.
Mas Vanda e Juju, assim como eu e Jusefina, encararam o medo e se jogaram. E foi lindo!

Não consegui observar a atuação tão de perto como queria, mas percebi pela fala das companheiras o quanto foi bom, e o quanto de confiança elas adquiriram com essa experiência. Para mim, foi o mais importante

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Valentina Fuzuê, Dom Malan, 25/05/2015

Querido diário de bordo, é incrível como as melhores atuações acontecem quando a gente menos cria expectativas. Nessa última segunda eu estava muito cansada, com sono e desanimada, mas ao subir a energia com a Catarina Polenta e a Chiquinha Rosa Choque, tudo mudou. Praticamente atuamos em um único quarto, em uma ala que nunca tínhamos visitado, e foi lindo!
Entre o homem que queria formar um time de futebol de tantos filhos que já tinha e a Avó que nos ofereceu uma polenta com galinha pro almoço do domingo houve muitos encontros.
A senhora que primeiro abordamos no quarto parecia levar aquilo tudo muito a sério, e as frases dela nos davam munição para o jogo, todos riam com as reações dela.
Já o nome que a Chiquinha escolheu para o filho de um casal de adolescentes que super compraram nosso jogo foi  o que mais me fez rir... era uma mistura do nome deles que ficou muito legal.
Ao final, aquela senhora tão áspera finalmente nos deu um sorriso e disse o seu nome de forma menos agressiva. Foi bem difícil pra mim encarar as reações dela, nunca tinha me deparado com alguém assim. Mas, ela me fez perceber que não temos o direito de entrar em um quarto qualquer acreditando que vamos ser bem recebidos e com inúmeros sorrisos. Às vezes, a única coisa que a pessoa tem para nos oferecer naquele momento são algumas pedras e cacos de vidros, cabe a nós saber usá-los para um bom jogo. Afinal, um palhaço deve saber fazer de uma queda um bom passo de dança.

Valentina Fuzuê, amando muito esse nome.

Pituca Varapau - Dom Malan - 28-05-2015




O que dizer dessa tarde, foi feliz ou não foi feliz? Acho que pode ser um pouco dos dois né? Hoje foi o dia que mais adorei no momento da maquiagem, nossa eu estava uma palhacinha mesmo, fazendo palhaçadas com tudo, amei as fotos que tiramos isso fez subir muito minha energia , dando continuidade fomos para a “pediátrica” lá sempre é divertido, as crianças  receptivas, adoráveis , cada criança com suas dificuldades de superação de saúde que mim faz pensar muito na vida, vejo os sofrimentos delas, seguro o choro e sigo em diante para fazê-las felizes naquele momento nem que seja por um olhar. Hoje fomos na oncologia além da Pediatria, foi uma experiência e tanto para mim, vi que ali é mais difícil de se atuar , um pouco da energia cai, é bem tenso, mais deu tudo certo.Enfim, estou adorando atuar no Dom Malan, com Clarita Funil, Magali Malagueta , Lindonildo Varão e eu Pituca Varapau... Lindonildo o casamenteiro dele mesmo kkkkkk, já tentou se casar duas vezes e nada, vamos ver se na próxima semana sai algum casamento.... Adoro meu grupo de atuação e o hospital por ser muito receptivo, braços abertos. Beijos!

Por fim:

Estava lendo uma frase que ju colocou no facebook que é pura verdade: " Cada carequinha que você olha, você tem que sentir orgulho! Porque a pessoa tá lutando pela vida dela. "  


 


Magali Malagueta, HDM, 28/05/15

Olá, querido diário! A atuação de hoje foi intensa. A energia já estava alta antes mesmo de nos prepararmos pra subir o nariz, nada como boas risadas espontâneas ao lado dos melhores companheiros. Partimos pra mais uma aventura, indo em busca do “canto nenhum” pra onde duas mocinhas espertas estavam indo. 
No meio do caminho encontramos bonecas, daquelas que tem botão e choram e que precisam ser carregadas na tomada quando a bateria acaba, com seus donos, crianças grandes que chamam de pais; fomos convidados pra festas de aniversário, com bolo e balões; ganhamos uma viagem pra sobradinho, com direito a sorvete e a nadar no rio; fomos atrás das ex-futuras mulheres do Lindonildo, que não foram encontradas, dentre outras aventuras. 
O que falar do momento de comunicação entre Magali e aquela bonequinha tão pequena e doce nos braços do pai, com os dedinhos envoltos no meu e o olhar atento e vivo, era essa a nossa forma de conexão... Tudo em volta parecia longe, ela me cativou.

Mas não foi só de doçura que se fez a atuação. Já no fim, fomos convidados, quase arrastados para a oncologia por uma senhora que dizia “Ei, palhaços! Venham aqui distrair o bebê enquanto tiram o sangue dele... ele tem leucemia. Venham, distraiam ele.” Nossa, naquele momento a minha energia caiu bruscamente. Tive receio. As minhas experiências anteriores na oncologia não foram tão agradáveis, isso por que lá é um ambiente bastante delicado. Mas fomos mesmo assim, meus companheiros na frente e eu atrás, ainda um pouco relutante. Nosso papel foi mesmo o de distrair, enquanto a criança chorava durante o procedimento. Não me senti a vontade, me senti invadindo o espaço, tanto que saí da sala por uns momentos, peço-os perdão aos meus companheiros por isso. Mas voltei, e vi que aquilo estava, em parte, funcionando e sendo importante para a criança que engolia seu choro as vezes pra olhar atenta e curiosa praquelas quatro pessoas de nariz vermelho na sua frente. Ouvir um “queria vocês aqui todo dia” da enfermeira e um “muito obrigada!” dos pais me deixou um pouco mais tranqüila, e olhar aqueles lindos olhinhos ainda molhados de choro me fez pensar “valeu a pena!”. Foi uma experiência que incomodou e me fez refletir. 
A UPI tem me proporcionado coisas impagáveis. São nesses encontros que me coloco diante do outro disposto a ouvir o que ele tem a dizer, a sentir junto, a respeitar o espaço, a cuidar, a fazer rir, se possível. É a ressignificação do cuidado, é permitir a aproximação e entender que do nada há sempre um recurso e que o menos é mais quando se faz com amor. 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Catarina Polenta - HDM - 25/05/15

A palavra "comum" sai do meu vocabulário ao escrever esses diários. Acho que nunca a utilizei.
Por isso, não faz sentido também dizer que algo foi "incomum", uma vez que não poderia ter sido de outra forma.
Mas dessa vez foi.
Mais incomum do que os incomuns normais.
Basicamente a atuação se deu em apenas um quarto. E sim, foi uma hora de jogos nesse quarto.
Gostaria de chamar a atenção para uma personagem desse jogo. Com algumas atuações de "experiência" (se é que isso existe), nós aprendemos a reconhecer quem está aberto para o jogo, e reconhecemos que nem sempre a pessoa fala o que gostaria de falar. Foi mais ou menos isso. Ela deu alfinetadas, deu cortes, deu respostas curtas e grossas, mas também deu a ousadia de que a gente precisava. 
Minha mãe sempre diz que o contrário de amor é indiferença. Para mim ficou muito claro que essa mulher não era indiferente, ela queria responder, ela queria participar, sendo como fosse. Depois de alguns minutos de tentativas, arrancamos um sorriso seu, e assim foi o resto daquela hora.

Às vezes, tudo o que precisamos no meio de um dia comum, são de momentos incomuns. Estes são os que ficam.

Catarina Polenta
Ou Stella Bello

Suzana Caçarola, Maternidade, 23/05/15




Chegamos na maternidade e descobrimos que hoje eram só as novinhas. Bateu aquele medo, aquela ansiedade e as perguntas: e se a energia não subir? E se não der certo? Estamos realmente preparadas? Eis que minha melhor melhor companheira vem com a ideia: "A gente devia colocar as músicas da formação pra ajudar a subir a energia". E funcionou! Já começamos bem recebidas por algumas funcionárias que estavam se arrumando; depois foram só surpresas, uma atrás da outra, acho que nunca tivemos tantas pessoas disponíveis como nesse dia, pessoas que antes haviam se mostrado tão "fechadas" antes, entraram na nossa vibe, parecia que tinha sido tudo ensaiado, foi mágico, renovador. Pra terminar, obrigada Lilica Amendoim por tá comigo nesse dia incrível e ser a melhor companheira do mundo!!!!!
Beijooo e Até a próxima aventura!!!

Vivi Manteiguinha -Dom Malan - 23/05/2015

“Talvez esse homem seja mesmo um tolo. No entanto, é menos tolo que o rei, que o vaidoso, que o empresário que o beberrão. Seu trabalho ao menos tem um sentido. Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, ou uma flor. Quando o apaga, porém, faz adormecer a estrela ou a flor. É um belo trabalho. E, sendo belo, tem sua utilidade.”

Jambalaia e Bartolomeu naquele momento vocês foram o homem que acendeu o lampião de todo aquele setor. E posso dizer que foi um trabalho maravilhoso, que fez com que eu me sentisse mais orgulhosa do que tudo dos meus companheiros. Queria estar ali com vocês, mesmo com o desafio do nariz, mas que experiência vocês me mostraram, de não deixar a peteca cair, de se jogar, literalmente no vazio, e não deixar em nenhum momento o jogo esfriar; foi mostrar que o palhaço não se esconde atrás da mascara. Ele revela mais que esconde. 

Vivi Manteiguinha - Dom Malan - 16/05/2015

Desculpe a demora melhores companheiros, eu sei o quão importante é saber pela visão do outro como foi a impressão deste sobre a atuação, mas a vida anda um pouco turbulenta.  Só posso dizer que minhas atuações estão sendo cada vez melhores; meus companheiros estão me proporcionando atuações memoráveis e me fazendo crescer como clown. Percebo que cada vez mais estou me permitindo me jogar no vazio, é ser super-herói, encontrar princesas pelo caminho e a me deixar cativar. Foi ver Jambalaia toda empolgada no concurso de dança contra a menininha serelepe que se encontrava no quarto; foi ser convidada a entrar pelo gesto mais sincero que uma criança pode ter; foi a frase “Deixa eu ver”, dirigido ao meu nariz, que me fez ficar um pouco com o pé atrás, mas que era uma curiosidade tão pura, que me fez deixar cair as barreiras que eu criei sobre a mistificação do “objeto nariz”; era um simples eu quero ver. Por fim, foi tudo maravilhoso, só quero que se repita mais e mais.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Isabel Decibel - HUT - 22.05.2015

Você já ficou bêbado de felicidade?
Você já passou por algum momento tão feliz, tão leve que teve dúvidas de se ele realmente existiu?
Você já sorriu pro vento?
Você já se surpreendeu com o quão bom é fazer o bem?
Você já amou alguém que nem o nome sabia?
Você já fez alguém sorrir sem saber nem como fazia aquilo?

Eu já.


Lilica Amendoim- Maternidade- 23 de maio

E a cada atuação uma nova história, novas histórias. Encontros jamais marcados, mas que deixam marca na gente que duram por muito tempo, e nesse vai e vem a gente se pergunta e a marca que a gente deixa? Será que eu melhorei o dia daquelas pessoas tanto quanto elas melhoram o meu? Não se sabe. O que eu sei é que me faz o bem tão danado estar aqui nesse projeto, estar entregue, estar disponível, é daquelas coisas boas que dá vontade de dividir com cada pessoa que você gosta. "Mais disposição, menos oposição". Eu voto!

Vanda Lavanda, M. de Juazeiro, 25.05.2015

Olá querido, hoje estou cheia de novidades.
Ontem eu e a Juju atuamos, pela primeira vez, sem monitores. 
Pensei que iria surtar, mas foi tudo surpreendente e eu amei a experiência. Jogamos com mães, tias, primos e avós. Ouvimos historias de Sobradinho, itaigara e jurubeba.  Conhecemos a mãe de 9 filhos, a avó de 21 netos e a bisa de 1 garotinho que logo depois de jogar de  forma deliciosa comigo e com Juju acabou nos acompanhando pela maternidade até  um corredor cheio de estagiários de enfermagem que estavam ajudando uma mãe em um parto normal. Nossa companheira de corredores jogou mais um pouco conosco e logo depois acabou voltando para o quarto de sua filha,  eu e Juju continuamos com aqueles estagiários e com aquela mãe naquele momento único.
Foi maravilhoso poder esta ali, naquela hora, foi uma experiencia/visão única em minha vida.  Ouvir daqueles estagiários, daquelas mães e avós o quanto o nosso "trabalho" é  bonito foi o maior presente que eu poderia ganhar naquela segunda-feira que possivelmente seria  apenas uma segunda-feira comum, mas não, esta não foi comum. Esta segunda ficou marcada e eu irei carregar sempre comigo as imagens e os sentimentos lindos que eu pude encontrar naquele dia.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Tatá la Bokita - HU - 22/05/2015


Chegou sexta feira, mal podia esperar para mais uma atuação. Como sempre muito ansiosa. E essa ansiedade, junto com o nervosismos que apareceu. Como assim? Vou atuar sem os monitores? Meu Deus, será que eu consigo? Meu companheiro, olhou e o seu olhar dizia, gritava: vamos, nós vamos conseguir. E eu não poderia dizer que não. Então vamos...
E não é que deu certo? Reencontramos pacientes. Tinha, inclusive, pessoas esperando por nós. De repente uma voz: "Estava esperando por vocês. Nunca mais vocês apareceram. Estava com saudade."
Você tem ideia do quanto fiquei emocionada com isso? Dai percebi que estou conseguindo fazer o meu papel. Enquanto eu espero que chegue as sextas feiras, tem gente esperando por mim. 
     
     Malhar, olhar o mar, ver o por do sol, fazer fuxicos no hospital com os acompanhantes na porta do quarto, foi muito engraçado, foi mágico! De repente, estava eu lá, sorrindo e me divertindo com aquilo. Amo o que eu faço! Bjs, diário de bordo!


HUT - 22/05/2015 - Dinho Vitamina C

Quando o que se espera é nada mais nada menos do que o inesperado... parte 6/XYZ

Sabe quando o dia teve tanto coisa doida que o extraordinário se tornou rotina? Então...

Normalmente, antes de se subir aquela bola vermelha a frente de seus olhos e superior a sua consciência, sempre se espera que verá vacas plantando bananeiras, cadeiras jogando xadrez e seringas via wi-fi. E de fato vi um pouco disso, mas tornou-se tão comum que quando saí daquele momento, estranhei a "desordinariedade" da vida cotidiana.

Estávamos nós, Chiquita Furacão, mais travada que youtube em internet de 300kb (problemas lombares, minha gente), Isabel Decibel, com suspeita de hiperatividade, como sempre, e este que vos escreve (pois ninguém está falando aqui, certo?). Começamos com aquela velha música vinda daquele aparelho mágico e viciante chamado telefone celular, em um dia relativamente frio (sim , meus caros, quando chove e venta faz frio) e eu finalmente alegre pelas minhas longas meias brancas abaixo de tanto laranja.

Não sei se tinham dado pó de pirilim pim pim para aquele povo naquele dia, mas parecia que ninguém estava naquele estado dormência típica de um acompanhante ou paciente, daquele andar, naquela hora. Porque assim que pusemos o pé para fora daquela salícula, fomos recebidos pelas criaturas mais loucas e insanas que já vi, como se eu fosse espectador e eles os clowns fazendo a sua esquisitice sem medo de ser feliz. Ás vezes um clown deve ser humilde o suficiente para se admitir espectador de um picadeiro além de seu poder de ação.

Só posso dizer que naquela noite, a ala cirúrgica do Hospital de Urgências e Traumas se transformou em um grande espetáculo, repleto de performances mediadas por três apesentadores de nariz vermelho.


Pituca Varapal, Dom Malan, 21-05-2015





   Boa Noite, colocando atrasada meu diário, era para eu ter colocado até ontem, mais vamos lá. Estava lendo meus diários de bordo e vi uma frase que achei linda: “ O simples mim encanta, o olhar contagia, o sorriso da conforto, o abraço proteção e ser clown não tem descrição, é só sentir aquela magia, felicidade, tranquilidade , alma leve. Amo mesmo atuar como clown, mim sinto tão tão leve!!! 
Pituca Varapal e Lindonildo Varão