sábado, 27 de dezembro de 2014

Lupita Toin-oin-oin - Maternidade de Juazeiro - 18/12/2014



O hospital estava diferente cheio de bolinhas... Estávamos quase no natal. Mais uma atuação cheia de sorrisos lindos e belos encontros. Embora tenha havido momentos em que nossa presença não parecia ser bem-vinda, e isso era manifestado em choros... Mas, o mais interessante era passar de costas e ver que nada (choro) acontecia; e isso era muito confuso. Lá encontramos algo que mais parecia com uma maquina do tempo, mas descobrimos que se tratava de um mosquiteiro. Apesar de a mulher ter nos explicado que aquilo era pra proteger a gente dos mosquitos, na verdade encontramos dentro dele um mosquito que estava se protegendo da gente. Continuamos seguindo o caminho pelo corredor, e no final dele nos deparamos com varias crianças que foram para lá nos esperar enquanto as tias iam limpar os quartos. Apesar de termos tentado uma interação entre as crianças, no final elas preferiam estarem brincando sozinhas; sem falar naquele que se recusava a interagir com todos os outros e não largava do seu joguinho eletrônico. Por lá descobrimos um portal, mas não conseguimos achar a chave. Não desistimos, e saímos em busca dela. E até hoje não a encontramos. Se você achar alguma chave especial e diferente, procure-nos, talvez seja a chave que abra aquele portal encantado.

Lupita Toin-oin-oin - Maternidade de Juazeiro - 11/12/2014



Hoje tem atuação? Tem sim, senhor!
Mais uma quinta-feira, o dia que esperamos para estar aqui de novo. Logo na recepção infantil, uma moça ficou lá nos perturbando. Ela adorava fazer caretas pra gente, e às vezes ela era má; mas nos divertimos bastante. Hoje tinha menos criança no hospital. Porém, encontramos uma garotinha que valia por muitas... Ela fala demais, e falava tão rápido que, às vezes, dava nem pra entender. Ela saiu por todos os quartos chamando os coleguinhas para brincar, mas estavam todos com preguiça e ninguém foi. Lá pelo corredor, uma tia leu uma historinha pra gente... Tinha tantas figurinhas... Foi tão legal! Infelizmente nosso horário tinha chegado ao fim, e de mansinho fomos saindo sem despedidas, mas com a certeza de que logo voltaríamos.

Lupita Toin-oin-oin - Maternidade de Juazeiro - 27/11/2014



Hoje ganhei outra companheira, mas não era a nossa primeira atuação juntas. Adoro atuar com ela – Josefa Sukiyaki. Começamos por um corredor onde descobrimos que as mulheres engoliam uma melancia e na hora de tirar, saia um bebê... Olha que confuso! Lá nesse corredor vimos também vários bonequinhos lindos, mas ninguém deixou a gente brincar de boneca com eles. Por lá, o acessório do cabelo de Sukiyaki fez sucesso entre as enfermeiras, queriam até copiar o modelito da meia capilar. Depois fomos para a área dos sorrisos puros e encantadores. Mas o que mais me marcou foi a criancinha que disse que estava lá porque estava cansada; e então perguntei a ela se eu corresse muito e tomasse o que ela estava tomando, eu não cansaria. Ela disse que não e logo nos chamou para brincar. Era uma brincadeira onde ela dava as ordens... E nessa brincadeira das cadeiras, a cada volta, o número de cadeira ia aumentando.  No final, todos ganharam. E saímos todos alegres e satisfeitos. 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Frufruta Doce - Clinefro - 23/12/2014

Nesse dia 23, véspera da véspera de Natal, fui desbravar novos territórios... Fiz uma viagem interestadual e fui parar na Clinefro, em Juazeiro. 
Minha melhor companheira, como melhor companheira que é, tava lá comigo! ou eu com ela, quem que sabe!?!
É no amigo secreto, na sala, nos trabalhos em grupo... A Toquinho e eu estamos um grude só! 
Olha, essa atuação em clima natalino foi uma delícia! Juro, foi mesmo!
Chegamos tão receosas do que nos esperava, mas fomos muitíssimo bem recebidas! Eu diria que nos paparicaram até demais! Kkkkkkkkk
É que tivemos direito a duas fotógrafas e até ofereceram água pra gente no meio da atuação!
Ao chegar conhecemos algumas pessoas que nos contaram um pouco de como as coisas funcionam por lá, e fomos nos trocar em um banheiro "apertadinho", segundo nossa informante, mas que de apertado num tinha nada!
Coube eu, Gere e sua irmã (uma das fotógrafas).
Ainda que já houvesse tido uma atuação por lá há 1 ano, tivemos medo de esperarem de nós toda a fumaça que se "caracteriza" como palhaçada, uma algazarra que não nos pertence. 
Tínhamos muito mais do que fumaça pra oferecer, tinhamos uma fogueira de energia querendo explodir no olhar!
E foi na expectativa do encontro que nos jogamos numa nova fornada de pacientes.
Sim, fornada!
Meio que mais ou menos isso; nesse lugar tem um rodízio pra ser furado. Ai a pessoa fica um tempo lá sendo furado e depois saia com um panetone...
Opa! Panetone? Quero me furar também! 
Mas antes demos uma passada na recepção pra falar com a fornada anterior: tinha gente já furada, e que já tava com seu panetone, só esperando pra falar com Frufruta e Toquinho!
Tiramos muitas fotos, selfies, abraçamos muito e ganhamos vários sorrisos.
Então fomos para sala gelada, onde as pessoas são furadas. Logo na entrada tinha dois seguranças simpaticíssimos e uma piscina de mão! 
Lá dentro foi um balaio de gato só!
   Brincamos pelo vidro com gente que tava dentro de um aquário
   Teve Seu Joinha cortejador
   A Gata do Pedaço chique e paqueradeira
   Luciano Huck deitado
   O homem solteiro que não era casado dormindo de boca aberta
   A novinha que Seu Joinha queria pra noivar
  O Edu que é mestre em comunicação ( -Oi, tudo bem?.....Oi? -Tim! -Vivo!
-Claro! -Msn! -Orkut! -Embratel! ........ No final ele ganhou! )
   A mulher que chupava a fruta que eu gosto até o caroço
   O homem que preferia  morena à loira
  O senhor que todo charmoso que não enxergava, mas que via o segredo de um casamento duradouro: se cuidar! E ele era todo independente.
   O dono de muitas casas, e que tinha ainda mais mulheres
   E ainda a Erika, a segunda fotógrafa e que nos presenteou com seu panetone! *-* 
S2 s2 S2
Todos foram tão abertos e receptivos que pude ter muuuitos encontros.
Encontrei pessoas incriveis e únicas, que me disseram ganhar ali mais do que panetones... Ganhavam vida!
Vida deve ser mesmo uma coisa muito boa, viu?!


Fico devendo fotos, porque tive duas fotógrafas e porque sim...
Meu diário terá fotos!

Jurema das Pamonhas - Hospital Materno Infantil - 20/12/14

Diferente.

Vi e olhei aquele hospital de uma maneira diferente.
Aprendi que estamos ali não só para causar o riso, mas para levar o que for preciso. (rimou)
A sensibilidade tem que estar mais presente. O olhar mais aguçado. A entrega sempre bem-vinda.
[Não vamos pelo caminho mais fácil...]
É sempre bom relembrar o quanto essas coisas são necessárias.

 Posso dizer que o sim está sendo a melhor escolha sempre!

 (Obrigada Miojita por nos relembrar essas coisas e ser nossa nova/velha melhor companheira e obrigada Esperança por continuar sendo o melhor companheiro)

Esse diário poderia se resumir assim:



Que bom é receber visita nova, que pena não poder ficar mais um pouco, que tal se viesse mais vezes?!


quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Esperança Sambacanção - Maternidade de Juazeiro - 20/12/14







Receber visita que a gente é gosta é tão bom. Os corredores da Maternidade entardeceram de um jeito mais colorido no ultimo sábado. Nossa Miojita deu o ar da graça e foi levar um muito dela pra gente. Uma nova melhor companheira, um novo olhar pro hospital, uma nova forma de abordar, novidade criada pelo tempo, velhice que vem pra acrescentar e uma disposição enorme de aprender, pra trocar, pra subir o nariz e se encontrar... Obrigado Ju (Jurema e Júlia) por dizer sim mais uma vez, e Obrigado Mió e Horts pela entrega de sempre.





Esperança Sambacanção - Maternidade de Juazeiro - 12/12/14

Será que posso fazer um diário sobre antes da atuação? Acho que nunca vi por aqui algum assim, mas da minha atuação o que ficou pra mim foi o antes...
Um grupo de técnicas de enfermagem jogaram comigo e com Ju na sexta-feira anterior, e tinham prometido que trariam cuscuz pra gente na próxima sexta, eai que quando chegamos no hospital, quem acabamos encontrando? Elas, animadas do mesmo jeito, abertas do mesmo jeito, vivendo de um jeito tão bunito... e o melhor, nos esperando; elas realmente levaram o cuscuz pra dividir comigo e com Ju e isso  foi tão bunito, tão humanizado, tão confortante.
Nunca tinha me arrumado e me maquiado na frente de tanta gente “desconhecida”, achei que fosse ser estranho, (a gente tem mania de se fechar nesse nosso momento de subida de energia), mas foi muito tranquilo ver virar Esperança na frente delas, ver meu humor mudar ao subir o nariz, encontrar o encontro da semana passada, comer cuscuz e entrar um pouco no mundo delas, me senti parte daquele hospital, me senti equipe... nossa cara, foi lindo.
E Se eu posso dá uma dica pra o resto dos meus companheiros é: Coloquem Maternidade-Juazeiro na opção da escala de atuação semestre que vem, acho que vocês não vão se arrepender. 


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Magali Malagueta - 20/12/14, HDM

Depois de alguns dias sem poder atuar, foi muito bom subir o nariz numa bela tarde de sábado. Dessa vez, no Dom Malan e ao lado da minha melhor companheira, Inês. A energia talvez não tenha sido a a mais alta, mas cada um daqueles olhares vivos de criança, fez a tarde mais doce. E sim, eu queria muito levar uma delas pra casa, mas mesmo com tanto empenho, os pais não estavam muito a fim de entregá-los a nós. Simplicidade, leveza, crianças... e o nariz vermelho revelando o que não se pode esconder.
Aos poucos vou descobrindo as fraquezas e as delícias do setor e como eu/Magali me encontro e perpasso por elas. 

Diário de Bordo - Maternidade de Juazeiro - 20/12/14

Lá se vai o Joaquim Marmiteiro para outra atuação. Mas, dessa vez, quem estava lá não era realmente o o Joaquim, e sim o William. O motivo disso é que foi uma atuação de observação, daí acabei por não acessar a energia dos clowns. Infelizmente. Observei os palhaços do Gledson (Esperança), Hortência (Miojita) e Júlia (Jurema).

A maternidade é totalmente diferente de tudo o que já vivi. Foi a primeira vez que o Joaquim visitou um recinto desses. Diferentemente do hospital, lá as pessoas estavam bem, estavam felizes. Até a energia do local era diferente. Uma energia de renovação, de vida, de descoberta. E pequenos protagonistas que surgiam a todo momento e tinham, além da receptividade dos pais, palhaços. E um fotógrafo. Eu fui o fotógrafo.

Quando começou a atuação, eu até estava feliz em tirar fotos. Contudo, com o desenrolar, foi me dando uma vontade cada vez maior de estar lá com meus companheiros (de nariz e tudo). Tive que me contentar com a distância e com cruz de não poder falar/brincar com os pacientes.

Não sou bom fotógrafo, mas acho que consegui registrar pelo menos uma foto boa de cada clown naquele dia. Dessa vez, não adicionarei foto nenhuma a esse diário. Deixo essa tarefa para os meus companheiros (eles que escolham a foto de preferência deles! Hehe)

Última atuação do ano. Sentimento de natal, festividades, família. Adoro isso. Fechei muito bem o meu ano de UPI. Mais um, aliás.

Joaquim Marmiteiro

domingo, 21 de dezembro de 2014

Dom Malan, 20 de Dezembro. Inês Tamborete

Uma bonita tarde de sábado, na qual fui sorrir com as crianças e seus pais/ suas mães. 
Não sei descrever o quanto este dia me jogou em direção à luz; nem se a luz estava comigo e eu não a deixava "sair". 
Foi um dia difícil, pedregoso, turvo. Mas respirar fundo, se jogar e tentar quebrar a monotonia morna de um hospital foi uma peça essencial no caminho (passo a gostar de bebês cada vez mais).

Sobre estar ou não pronto/a para o jogo: vejo, cada dia mais, como isso devia ser aprendido até os ossos. Até a alma. Até ultrapassar o ego. Até não restar dispersão, até sobrar uma dupla ou um trio de narizes, com a mesma energia.


sábado, 20 de dezembro de 2014

Diário de Bordo - HUT 17/12/2014 - Joaquim Marmiteiro

Diário de Bordo - HUT 17/12/2014 - Joaquim Marmiteiro

Esse diário é especial, porque resolvi dedicá-lo a um amigo, um grande amigo, um dos melhores dos amigos, um dos meus melhores companheiros do mundo: Sancho Pança Fofa. Por trás desse clown, um ser humano incrível.

Resolvi fazer esse diário de forma diferente como prova da minha consideração por esse indivíduo. E porque acho que, dentre todos as pessoas que estavam aquele dia no setor, a que mais brilhou. E também porque nunca fiz isso (e é uma algo bonito pra caramba dedicar um diário a alguém que gostamos...)!

Brilha pela sinceridade, pelo companheirismo, pelo olhar cativante, pela dancinha de pouco movimento, pela pança sedutora, pelo fato de ser alguém para se confiar, por ser um grande amigo, por ser um ser humano lindo. Brilha.

Trago aqui uma letra de música de uma banda que gosto muito e que acho que sintetiza um pouco do que sinto por esse cara. Essa música fala de quando o cantor e seus amigos iam jogar futebol de lama, e como era positivamente despretensioso e natural tal encontro.

Mudfootball - Jack Johnson

Saturday morning and it's time to go 
One day these could be the days but who could have known 
Loading in the back of a pickup truck 
Riding with the boys and pushing the luck 
Singing songs loud on the way to the game 
Wishing all the things could still be the same 
Chinese homeruns over the backstop 
Kakua on the ball and soda pop well... 
We used to laugh a lot 
But only because we thought 
That everything good always would remain 
Nothing's gonna change there's no need to complain

Futebol de Lama

Manhã de sábado e é hora de ir
Um dia desses poderiam ser os dias, mas quem poderia saber?
Sendo carregado na parte de trás de um caminhão
Sendo guiado com os meninos e levando a sorte
Cantando alto músicas pelo caminho
Desejando que todas as coisas continuassem as mesmas
Homeruns* chineses no tampo traseiro 
Kokua** na bola e uma garrafa de refrigerante, bem...
Nós costumávamos rir bastante
Mas só porque pensávamos
Que toda coisa boa sempre renasceria
Nada vai mudar, não tem necessidade de reclamar


*no baseball, o homerun é o nome da corrida em que o batedor pontua com uma só rebatida, ou seja, algo muito bom
**Kokua é uma palavra havaiana que significa assistência mútua/caridade.

Porque toda coisa boa sempre renasce quando nos encontramos.

Sancho, sinceros apreços do seu amigo Joaquim.
Carlos Fábio, sinceros apreços do seu amigo William.



Joaquim Marmiteiro

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Esperança Sambacanção – Maternidade de Juazeiro – 09/12/14







 
Nesse mais ganhar que receber, que Esperança consiga dá um pouco do sabor que ele recebe e que a vontade de fazer o bem chegue sem ver a quem, porque “ninguém perde por dá amor, perde quem não sabe receber...”


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Jurema das Pamonhas - Hospital Materno Infantil - 12/12/14


"Depois da dor, vem o amor". Disse a Esperança sobre os nascimentos naquele lugar com cheiro de limpeza e som de choro, mas que carrega uma áurea mais leve do que a que imaginamos.

Haviam crianças. Sim, aqueles pequenos seres surpreendentes, porém, que evitamos iniciar algum contato. Só que antes que pudéssemos nos dar conta o contato aconteceu e foi mais leve do que imaginamos.

Aquele dia iniciou-se com a melhor das recepções. Conversa, comida, alegria... Nascimentos.

O convite para assistir o processo de preparação do nascimento de uma vida é assustador, mas não havia outra resposta se não o sim.
Após acontecer, depois de pensar muito a respeito, conclui, foi mais leve do que imaginamos.


Parto. Pois deixo metade minha de onde fui. A gente vai se dividindo em pedaços e levando novos para compor a vida.
Mel Fronckowiak



Ju



Catarina Polenta - HUT - 09/12/14

Esse foi mais um daqueles dias para comprovar algo de que eu já desconfiava, e é muito bom quando isso acontece.
Enquanto subíamos as escadas, comentávamos sobre nossos afazeres, sobre quantas coisas tínhamos pra fazer, e cada vez mais eu percebia que não era só eu que estava tendo a urgente necessidade de "férias".
Entramos na sala de descanso do terceiro andar do HU, trocamos de roupa, subimos a energia. Pronto. Foi suficiente para que o foco da nossa atenção mudasse, foi suficiente para parar de pensar um pouco em provas, relatórios, seminários, e pensar um pouco no quanto a nossa presença ali por alguns minutos podia transformar o dia de alguém. 
Alguns quadrados depois, quando voltamos à sala de descanso, eu confirmei a teoria: quando não criamos expectativas, qualquer coisa pode ser surpreendente. Não vem ao caso os detalhes da atuação. Só vale a pena dizer que eu saí de lá mais leve, feliz por, mesmo em meio à correria, descobri que ainda é possível fazer algo pelo próximo e, consequentemente, por nós mesmos.

Catarina Polenta
Ou Stella Bello

(:


Catarina Polenta - HUT - 02/12/14

Agora eu sei porque não se deve esperar tanto para escrever o diário.

Nesse dia eu corri. E só me lembro disso.

Bartolomeu Barbudo - HUT 12/12/2014

Uma atuação em que minha energia subiu devagarzinho, cabeça cheia com as coisas da universidade, mas que com a companhia de Mariqueta Boabunda e Lindonildo Varão, logo se tornou uma noite linda, cheia de sorrisos e encontros.

Lembrei da sabedoria de Toquinho de Geres: atuação é como sorvete.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Diário de Bordo - Jamaisvista de Listras - 02/12/14

O meu brilho você quer, meu perfume você quer, mais você não leva jeito... e foi assim que Jamaisvista e Rosinha chegaram ao HUT numa terça-feira prometida. Aconteceu tanta coisa nesse dia que nem sei se consigo contar.
Como grandes entendedoras da vida fomos aos corredores agregar sabedoria à nossa caixola. Sim... tivemos vários professores: aprendemos que enfermeira também pode ser chique e andar no salto apesar da correria do trabalho, aprendemos a falar Russo SIM, RUSSO!
Gabriel Waroskchovic um argentino de origem polonesa que mora no Brasil a 32 anos (ufa!) nos ensinou a falar o seu sobrenome ... para ele era tão simples falar aquele bando de consoantes seguidas que ele ria da nossa falta de destreza com as palavras. Mas não ficamos por baixo não, Rosinha então ... huum nega esperta, falou o nome direitin antes de Gabriel ensinar o correto, mais Jamaisvista, coitada, tem outros dotes... a arte da sedução. Gabriel era O CARA, ele ensinou a tal da medicina pra gente porque Gabriel Waroskchovic um argentino de origem polonesa que mora no Brasil a 32 anos (ufa!) já fez medicina e largou a vida de universitário pois era vagabundo - segundo o próprio - e ensinou pra gente as partes da coluna, porque seu vizinho de leito estava com uma lesão cervical raquimedular (foi Waroskchovic que disse) e finalizando a visita à Gabriel, quando pensamos que não, Gabriel Waroskchovic um argentino de origem polonesa que mora no Brasil a 32 anos (ufa!) é entendido das histórias de antigamente e foi nos contar como o seu avô cavou um buraco lá na Polônia e chegou ao Brasil, foragido, contou sobre o corredor Polonês e tudo mais. Nunca vi tanta informação junta numa pessoa só...
Continuamos o percurso pelos corredores da vida e quando pensa que não, dona Margarida, uma velha conhecida nossa dos baile funk foi nos levar pra conhecer um quarto cheio de homens sarados só de lençol ..huuum.. mais a graça não foram os homens, foi a própria doma Margarida que de tanto rir do que eu e Rosinha falávamos soltou um PUM daqueles .. cri cri cri cri ... Rosinha achou que tinha sido eu, aff, quando ela percebeu que todo mundo do corredor escutou kkkkkkkkkkkkkkkkkkk caiu na gargalhada, fiquei até preocupada se ia sair mais...

Vivi Manteiguinha -Dom Malan - 13/12/2014




"Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho

Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho

Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu

Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba

Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar"

O Leãozinho, Caetano Veloso


Eu encontro tantos leõezinhos por meu caminho cada sábado,  seus olhares desconfiados, sapecas, curiosos; com seus sorrisinhos que iluminam, e que me fazem querer voltar cada sábado. Que são naquele momento meu raio da manhã, o meu momento de desentristecer. E a minha vontade de ver cada um caminhando ao sol pelo caminho.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Santiago Suado - Hu - 09/11/2014

Voces acreditam em mágica ? Se não, deveriam acreditar, porque se aprendi uma coisa nessa atuação é que existe SIM, e tem muita mágica no HU ! E ela acontece em todos os lugares daquele lugar. Depois de subir a mascara (1º Magica, porque Santigo vem a tona como um coelho saindo da cartola) ao som de Tati quebra barraco  ~SIIIIIM ~ imediatamente após sairmos do quarto eu e Zefinha demos de cara com uma Gata de Botas ( 2º magica da noite), essa gata de botas tinha um super-poder: matar as bacterias  do hospital, além de ser gata e usar botas ~haha ~. Quando entramos no quarto de Seu Argentino aconteceu a Magica Internacional da noite , como pode alguem lhe receber com tanta aspereza em uma semana e em outra visita tomar o seu lugar de clown e guiar o jogo brilhantemente? Isso é Mágica =D
Descobri que existe um feitiço bem simples pra fazer as pessoas rirem  e se sentirem melhor: Lembrar seus nomes e em seguida ver  o olhar de surpresa e a alegria em ser lembrado em meio a tanta gente, é uma mágica simples mas que pode fazer muito mais efeito que um grande número.
Conhecemos também um jogador de futebol que não podia falar, mas que nos contou muito de sua vida apenas com o olhar e com o sorriso ... e ainda dizem que mágica não existe!

e pra não perder o costume a Musica ~ nostalgia ~
Fui clown/mister M, fui o que me coube.E como mágica, mesmo esgotado fisicamente sai da atuação cheio de humanidade, cheio de Santiago e com a JARRA TRANSBORDANDO!

Jurema das Pamonhas - Hospital Materno Infantil - 09/12/2014




Quando as coisas são feitas com verdade elas acontecem. 
Quando todas as metáforas começam a fazer sentido.
Quando as frases ditas incansavelmente são postas em ato.
Quando o sim já não é mais uma opção, é a unica escolha.

Sentimentos sobre uma atuação.




                    Ju

Frufruta Doce - HUT - 10/12/14


Ai ai ai... Minha energia demorou pra subir... Será que isso é um mal sinal?
Que nada!
Torna o jogo ainda mais desafiante! 
Uhm, agora sim. Não estou explodindo por dentro, estou calma. Mas em projeção pra fazer o que me der no nariz!
Conduzir o que me fosse ofertado e retribuir com atenção. 
E lá vamos nós! Minha queridíssima monitora Tempestade e Inês, pequena e forte.
Nossa! Estamos no andar que me acolheu esse semestre, e agora posso transitar com outra energia, outros jogos, e isso é muito bom!
O que não me impede de sentir falta da minha Toquinho S2 S2
Não que eu seja possessiva, mas é que ela ( como minha companheira ) fez comigo um laço abstrato bem lindo! Daí já viu, né? Me cativou...
Então, foi só dobrar a esquina e ver que a pracinha de sempre estava cheia de prosadores. Eles até cutucaram a gente solicitando nossa presença. 
Jogos comprados e uma dona Socorro pra se procurar pra socorrer o que dona Margarida nos fez questão de pedir.
Logo entramos em nosso primeiro quarto e foi mais ou menos assim:
Tinham três homens encostados na parede olhado pela porta pra gente, e com meu histórico de jogos frustrados por uma "masculinidade besta" fiquei com medo de cair nesse impasse.
Por outro lado, não queria bancar a fofinha imaculada e distante.
Queria surfar nesse risco, mas poder jogar de perto e poder encontrar! 
Risos por riso não sedimenta a felicidade...
Saber os anseios de cada um era importante. Dona Socorro foi uma ótima linha pra costurar toda nossa atuação, pra escutar o que cada um desejava, mas escutar a resposta do que a gente tava perguntando não me parecia um encontro...
Então estávamos lá.
As três, entrando sorrateiramente, quase espiãs.
E os três homens, ainda encostados na parede, na expectativa.
Quebramos o gelo, lançamos mais alguns jogos, mas o 4º homem (um moço que tava deitado e que às vezes era chamado de paciente) não parecia comprar o jogo, parecia estar distante e sentado em seus problemas...
Uhm, e como fazê-lo correr sapeca como menino que rouba uma colherada de brigadeiro da panela da mãe? 
Que tal deixar uma proposta tentadora na beira da mesa? Uma brincadeira fácil e irresistível e ainda usado a "masculinidade besta" ao nosso favor... Que tal inverter os papéis? 
Pera....
- O que é isso no seu braço, pai do paciente?
- Num tá vendo não, são bolas! Eu tenho um bocado de bola no meu corpo, e até já tirei algumas.
- E como faz pra ter bolas, pai do paciente? Eu também quero! 
- Ah, eu num sei, só sei que consigo.
- Uhm, e seu filho também consegue? 
- Acho que não...
- Oxente, paciente, você não tem bola não, é?!
(Aí o paciente já não estava resistindo, e soltou:)
- Claro que tenho! Tenho duas, quer ver?
Nem preciso dizer que todos na sala foram abaixo de tanto rir! Uma traquinagem inesperada vira jogo, e a molequice toma de conta do que era tensão...
Só de lembrar dou risada! 
Fomos passear mais e tive que buscar água pro moço do bona (um boné especial) que se apaixonou por Rosinha. Mas o difícil é que ele não sabe qual Rosinha era... Ai ai...
Num outro quarto conhecemos Alessandro, um moço que tava muito fraquinho, mas que ainda sim paquerou com a gente! Ou a gente paquerou com ele?
Não sei... Mas sei que ele era muito fofo e deu um sorrisão muito lindo, e a mãe dele ainda convidou as três pra ir dormir lá com ele... Ai ai de novo...


Daí, não resisti e acabei levando as meninas prum quarto muito especial, onde ocorreu o procedimento no paciente-marido, lembra?
Poizé, e foi muito importante ir lá, principalmente depois dele me contar que no dia anterior as palhacinhas não entraram no quarto dele! Daí ele gostou muuuito de nos ver, ficou até emocionado... E ainda deu parabéns pra gente pelo dia do palhaço! 
Quase explodi de fofura e carinho!
Se bem que quem devia ganhar parabéns era ele, que mesmo não tão bem tava contando piada pra gente e fazendo a gente rir.
Só que ainda não falei da esperteza da mulher dele! Ela cortou os cabelos do sovaco dele, pra ele perder a força e não conseguir pular a cerca da cama... Uhm, esperta, viu?
Mas essa moda de raspar o sovaco é antiga nesse quarto. Acho que eu ainda não tinha dito que tinha um moço que raspa o sovaco nesse quarto, mas que a gente aceita ele como ele é! 
E aí, como eu gosto de cutucar a ferida escondida e correr riscos, brinquei de inverter as coisas e fingir que raspar o sovaco definiria a sexualidade dele... tsc tsc!
Ele, como sempre, riu muito...
Acho que olhar nossas particularidades e esquisitices ajuda a aceitar o outro como ele é! Afinal, que tolice pensar que um comportamento te define ou é exclusivo de um grupo... E espero que ele tenha percebido isso.
Mesmo porque pude colocar ele na berlinda, mas logo logo a bagunça se desfez com um grande: A gente te aceita como você é! Com esquisitices e simpatia! A gente tá aqui com você! 
Siiiim, ainda teve a história do locutor, esse aqui, ó:


E até agora eu não entendi o que era jogo e o que era verdade! Mas tudo bem... eu acho! Kkkkkkkkkk

O pai do paciente (esse é o das bolas), eu, o locutor gatão e Tempestade