Sempre tive um
pouco de necessidade de saber se estava sendo feliz no que eu me propunha a
fazer. E pra ficar mais tranquilo quanto a isso, criei uma espécie de escala
pessoal de felicidade. Agora toda vez que um dia, um evento, uma festa, uma saideira
ou coisas do tipo, terminam, eu sempre me pergunto se, se o tempo voltasse, eu
faria aquilo de novo, e a resposta varia entre: “com certeza”, “até faria”, “acho
que não” e “não mesmo”. Dai a partir disso eu vou percebendo o que me faz bem, o
que eu mais curto fazer, o que eu preciso mudar, e vou vendo principalmente pra
onde caminhar, ou como caminhar...
Eu acho que faço
isso na tentativa de seguir um caminho onde a mistura de obrigação e prazer
andem juntas, pra que nenhuma se sobressaia demais, e pra que eu consiga
equilibrá-las, porque são necessárias.
Hoje, será um único
diário, pras minhas duas ultimas atuações, isso por vários motivos, porque
foram um tanto parecidas, porque foram mais por obrigação do que por prazer,
porque não foram completas, não foram altas, e principalmente porque eu não sei
se eu faria de novo; “acho que não” seria a alternativa escolhida. Ando no anseio
por mais encontros, por novidade nos corredores, me encontro limitado dentro do
hospital, entende? Acho que o meu maior medo nas atuações era que elas ficassem
iguais, que elas virassem rotina, que a monotonia chegasse, e sinto em dizer
esse medo agora é real, e ele ta batendo na minha porta...
Núcleo do dia: Esperança no
aprofundamento. (em ambos os sentidos.)