Quando Mira perguntou se eu podia atuar no lugar dela, nem
pensei muito, pois já estava com o figurino pronto (risos). Então, antes de
encontrar a minha melhor companheira do dia, eis que emerge, novamente, o
problema da chave do cadeado das tintas de embelezamento, que teima em sumir
nos momentos mais indesejados.
Pronto e com Jamais Vista de Lista, partimos à
busca de encontros, na primeira enfermaria encontramos o Seu Teodoro de 96 anos
(tocador de banjo) que estava forte, mas querendo ir pra casa, jogamos um
pouco, estava também, o “Lula” (bom pelo menos parecia com ele), o problema que
enquanto ele jantava jogava com a gente e foi legal, pois ele estava com “um
olho gato e outro no peixe”, mas que era só alegria e por fim, tinha um rapaz,
que nasceu só com um rim, a cara do “Geanecchini”, o problema dele era que
estava doente de “rir” (trocadilho de rim), e deu tanto jogo que o Paputcho que
nasceu com 3 rins, doou um para ele e eu e Jamais Vista de Lista fizemos a
cirurgia, com direito a foto e tudo mais com a equipe de cirurgia.
Entramos em outra enfermaria e só deu um jogo com
uma senhora com o filho filmando a gente, mas foi legal.
Depois fomos ao primeiro quarto, no qual estava a Dona
Valdete, lá de Rui Barbosa-BA, que num estava muito alegre em está por lá, mas
quando chegamos ela fez uma festa com direito a fotos e filmagem para levar e
mostrar aos netinhos, muito divertido.
Depois encontramos a Dona Zildinha, a senhora que
gostava demais da letra “e”, pois tudo respondia “é”, mas ela tinha uma
particularidade, ela não queria ir para casa, apesar de o médico ter dado alta,
mesmo dizendo que estava o dia todo sem se alimentar, e pelo que a acompanhante
e filhas, que estavam por perto, comentaram é que ela não sorria muito, mas
digo-lhes, entretanto e todavia que Dona Zildinha sorriu bastante, dizendo “é”
(risos).
Em outro quarto, encontramos a Camilinha “pé de
goiaba”, uma jovem de Salgueiro-PE, ela é uma garota de 16 anos que sofreu um
acidente seríssimo de carro, sendo a única sobrevivente, aliás, ela e a criança
que ela traz consigo e não sabia até então, ela ganhou esse pseudônimo devido
ao fato de beber suco de goiaba no hospital todos os dias e como ela relatou que ia perder o pé, ai propus um pé de planta caso ela perdesse o pé por ai,
então ela disse que podia ser um de goiaba, devido a história do suco, então
ficou registrado assim, mas no final, meio que fora da máscara, dei um apoio
psicológico em relação a sua situação, ela se mostrou bastante convencida do
que ouviu, ou seja, confiante que num ia ter maiores problemas em relação ao
seu pé direito, fiquei duplamente feliz nesse jogo, pois sorrimos bastante e
sai com uma sensação de fiz aquilo que devia ter feito se tivesse sem máscara
(esse é o caminho que acredito ser o ideal).
Visitamos ainda um casal, juntos a 17 anos, de Belo
Jardim-PE, no qual a esposa estava companhando o esposo, mas já estava indo
embora e fizemos um jogo bem legal.
Definindo, foi um dia de fama, com muitas filmagens
e fotos, mais menino!